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Durante os estudos, trabalho ou até mesmo em projetos pessoais, muitos de nós somos acometidos pela vontade de ‘deixar para depois’. A prática de postergar a execução de uma tarefa não é raridade, ainda mais em tempos de redes sociais, séries, filmes e outras atividades prazerosas ao fácil alcance. Todavia, a ausência de foco dificulta a realização dos objetivos e gera frustração quando a data final chega próxima. Para não ser mais uma vítima e se empenhar ao máximo, leia a seguir como evitar essa prática.

Por que procrastinamos?

De um modo geral, não executamos as obrigações para fazermos outras ações, majoritariamente desnecessárias, no lugar. Ou seja, as urgências são atrasadas e o prazeroso toma conta, como assistir uma série ou jogar algum game, por exemplo. Nesse sentido, esse hábito está diretamente ligado aos sentimentos interpretados pelo cérebro. Nele, existem duas regiões e elas entram em conflito quando ocorre essa situação: o sistema límbico e o córtex pré frontal. Por um lado, o primeiro quer evitar a obrigação considerada chata e, para o outro, alerta sobre o cumprimento da missão.

Em razão desse impasse, o nosso sistema nervoso vira palco de emoções divergentes. Entretanto, na maioria das vezes, os sentimentos negativos advindos das necessidades se sobressaem e, em seguida, decidimos atrasá-las. Como substituímos o tedioso pelo divertido, somos atraídos pela dopamina, conhecida também por hormônio da felicidade, e ocorre até o esquecimento temporário do dever. Ademais, uma das principais fontes dessa alegria é o celular.

O smartphone, em razão do seu fácil alcance e variedade, tira vários da atenção nos estudos e trabalhos para trazer o alívio diante dos afazeres. Consoante a esse fato, uma pesquisa do Nube aponta: 40% dos jovens brasileiros não conseguem ficar 1 dia sem o uso do aparelho. Essa descontração, quando aproveitada de maneira exagerada, acaba virando um vício.  Em um relatório da State of Mobile, a nossa população passa, em média, 5,4 horas por dia na frente das telinhas, evidenciando assim esse hábito excessivo.

Como a procrastinação nos atrapalha?

Inofensiva a curto prazo, essa prática pode ter consequências graves a períodos longos. Quando adiamos realizações fundamentais, perde-se horas valiosas e a privação de oportunidades de crescimento ocorre dentro das esferas pessoal e profissional. Com isso, metas importantes e sucessos na carreira podem ser prejudicados, levando assim a quadros de decepção e desânimo. 

Ademais, o estresse e a ansiedade tendem a aumentar, pois a sensação de ter uma trabalho pendente torna-se pesada com o passar do relógio. Consequentemente, o bem-estar e, principalmente, a saúde mental são impactadas de forma negativa. Tanto a autoestima quanto a autoconfiança são atingidas, pois a crença na incapacidade toma conta e a insegurança passa a prevalecer. Dessa forma, o cumprimento de novas atividades é lesado.

Dicas para evitar esse mal

Essa atitude pode ser considerada como uma mania, em virtude da contínua repetição. Buscando reverter esse cenário, a CEO da rede Sóbrancelhas, Luzia Costa, aconselha: "não deixe para amanhã se você pode fazer hoje”. Apesar de simples, a frase tem um alto impacto na mudança da situação. Seguir realmente a lição contida nessas palavras é a chave de todas as dicas a seguir.

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  • Crie uma lista de tarefas: arrumar as suas obrigações por ordem de prioridade é uma ótima via. Elabore em uma coluna de post-it, lousa ou por meio de um aplicativo a organização desses afazeres e atualize conforme vai os realizando. Além disso, defina datas para finalizar e estabeleça metas a serem cumpridas.
  • Não se distraia: visando focar nos seus estudos e demandas, tire do alcance as possíveis armadilhas. Seja o celular, a TV, ou o videogame, não deixe eles próximos. Desabilite momentaneamente as notificações não relevantes. Outra perda de atenção acontece no computador, com diversos sites e redes sociais disponíveis. Um método está no uso de apps com a função de controlar o tempo de uso nestas dispersões.
  • Realize uma coisa de cada vez: para quem acreditava ser ágil por realizar vários encargos no mesmo instante, saiba agora a mentira disso. Tentar economizar os minutos e não manter a concentração em algo determinado é antônimo de progresso. As chances de retrabalho são grandes, levando assim à corrida contra o relógio. Em razão disso, dedique uma reserva para cada atribuição.
  • Comece pelo melhor: como cada um de nós temos nossas particularidades, a dificuldade é também lidada de forma diferente. Para alguns, aproveitar a energia da manhã e começar com o mais difícil é lei. Já a outros, iniciar pelo fácil é o certo, pois não irá acabar com a motivação restante. Tente cada modo e encontre qual encaixa melhor consigo.
  • Pense no alívio: um estímulo para terminar as pendências está na visualização desse fim. Ter menos afazeres traz descanso e tranquilidade no dia-a-dia. Ao terminar todas as incubências, sobra mais espaço para o relaxamento e outros programas, como academia, cursos, caminhadas, culinária e outros hobbies.

Faça agora!

A procrastinação, ação de demorar na execução de deveres, afeta a todos, especialmente em tempos de smartphones e outras fontes de atividades prazerosas. Esse mal hábito está diretamente conectado ao dilema entre não fazer algo chato e ter a obrigação de terminá-lo. Como preferimos muitas vezes pela primeira opção, a quantidade de pendências aumenta e emoções ruins, a exemplos da incapacidade e baixo humor, acabam afetando. Por consequência, tanto o social quanto a carreira são dificultados. Para evitar isso, elabore listas com os afazeres, pense em prioridades e cuidado com as distrações. Manter a atenção em uma tarefa por vez e vislumbrar a diminuição do peso das obrigações são ótimas medidas caso queira dar fim a esse ciclo.

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