No cotidiano, seja no trabalho, em casa ou nas instituições de ensino, a interação social está presente e requer a participação de todos. Entretanto, esse tipo de envolvimento pode ser um pesadelo para aqueles com dificuldade em se entrosar. De acordo com pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), mais da metade da população sofre com esse problema. Nesse sentido, quem possui esse sentimento acaba, muitas vezes, tendo outras complicações em decorrência: falta de confiança, incômodo e isolamento são algumas delas.
Todos esses sintomas geram diversos obstáculos, pois a comunicação é imprescindível em qualquer área. Encarar entrevistas, almejar por novas posições, fazer amizades e outros objetivos são distanciados por essa inibição. Além disso, seus valores e gostos estão nessa encruzilhada, pois o receio de atrapalhar ou discordar com o outro gera essa angústia. Para reverter esse quadro, leia a seguir como enfrentar essa situação da melhor forma.
Quais motivos levam alguém a esse patamar?
Essas atitudes podem ser acarretadas e desenvolvidas por diferentes fatores, como traumas, educação, insegurança e até mesmo uma personalidade introspectiva. Algumas experiências negativas no passado, como bullying, rejeição por quem estava ao redor e situações de assédio são principais exemplos desses estigmas. A vivência em um ambiente hostil, como pais rígidos, também afetam nesse quesito. Ademais, a baixa autoestima faz o sujeito duvidar de si e se julgar como incapacitado.
Com frequência, ocorre a comparação da timidez com a personalidade de reservado. Para a CEO da rede Sóbrancelhas, Luiza Costa, os dois conceitos são divergentes: “o primeiro vem junto com a sensação de inferioridade, enquanto o segundo é somente discreto.” O psicólogo Élio Almeida, formado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), acrescenta: “ser introvertido, em certo grau, é saudável. Porém, quando isso é prejudicial, atrapalhando o nosso desempenho social e a nossa qualidade de vida, já não faz bem .”
O impacto no lado profissional
Existe um impacto negativo dessa característica nas carreiras, pois ela impede a conversação do sujeito de forma eficaz. Assim, poderá ter ruídos com os colegas de trabalho, clientes e superiores. Principalmente, em razão da dificuldade em se expressar adequadamente nas reuniões e apresentações. Uma das consequências disso está na imagem profissional prejudicada e na realização de objetivos junto à equipe.
Dessa maneira, ela afeta a capacidade de networking, fundamental para o desenvolvimento e notoriedade no segmento. Pessoas com essa marca podem sentir-se desconfortáveis em eventos sociais, dificultando a construção de relacionamentos importantes dentro do mercado e a identificação de novas oportunidades de emprego. Buscando te auxiliar nessa importante prática, veja a matéria da TV Nube com dicas valiosas para alavancar sua visibilidade.
Logo, o acanhamento pode impedir o indivíduo de enfrentar desafios e alcançar oportunidades de crescimento na área, como a participação em projetos importantes ou a busca por promoções. A falta de confiança leva o indivíduo a se contentar com a posição vigente e não o faz buscar por novas experiências, limitando dessa forma o seu desenvolvimento a longo prazo.
Como contornar essa situação?
O medo de não ser aceito dentro do ambiente, seja o escritório, sala de aula ou até na reunião de família, inibe quem realmente você é. Segundo a diretora Luiza, esse receio “impede de expor suas opiniões e valores”, causando assim incômodo. Por isso, um dos principais modos para se soltar mais é enfrentar esse temor e se impor.
Uma das vias é se aproximar dos sujeitos ao redor por meio de conversas e interações. Gradualmente, pratique as habilidades sociais com colegas e vizinhos, fazendo perguntas e desejando bom dia, por exemplo. Conforme vai se familiarizando, coloque-se em diálogos com outros, estabelecendo contato visual e se atentando ativamente ao bate-papo. Outra medida é trabalhar em conjunto com novas caras, pois o objetivo em comum ajuda a fomentar contato.
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O mal da comparação
Um dos grandes males, principalmente pelo avanço das redes sociais, é a comparação. Esse tipo de atitude, tentando estabelecer uma métrica entre seu perfil e com o dos outros, cria uma ilusão de inferioridade e, por consequência, você se esconde. Todavia, lembre-se da individualidade existente, existindo talentos e esforços únicos. Procure, então, olhar para si e honre seu próprio empenho e atribuições. Acreditar na sua própria competência eleva seu amor-próprio e diminui o retraimento.
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A ‘hora H’ da entrevista
Existe também outro momento onde o nervosismo ataca e o pavor da exposição toma conta: entrevistas. Estar de frente com alguém prestes a ser julgado ou questionado causa certa apreensão, dificultando o compartilhamento do seu repertório com os demais. Em níveis extremos, provavelmente haverá a perda de uma nova vaga ou a chance de ser representante em um assunto. Nesse sentido, treine suas falas, simule perguntas prováveis e dialogue com aqueles de maior afinidade. Praticar a futura interlocução por meio desses ensaios é um passo adiante ao destaque.
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Busque por especialistas
Não esqueça, porém, de procurar ajuda de profissionais em contextos severos. Quando o caso é grave, inviabilizando grande parte da vivência de uma forma normal e saudável, profissionais como conselheiros e terapeutas são indicados para te auxiliar nessa jornada de progresso. A partir da formação e conhecimentos deles, juntamente com a aptidão do paciente, contornar esse obstáculo será satisfatório.
Saia vitorioso dessa!
A falta de confiança, o desconforto e o isolamento são barreiras causadas por diversos fatores, como más experiências passadas e baixa autoestima. Além do impacto na vida social, o período do ofício também sofre. A rede de conexões e a má comunicação levam a uma reputação ruim e atrapalham o crescimento laboral. Para superar essa sensação, deve-se realizar a prática gradual de habilidades referentes à conversação, como o diálogo com diferentes pessoas e trabalho em equipe. Ainda, evitar comparações e cuidar do amor próprio são passos importantes.
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