Apesar do envelhecimento da população, no Brasil, 72% dos gestores de grandes empresas preferiam admitir pessoas com menos de 40 anos. Além disso, 86% dessas instituições não possuíam planos de carreira para profissionais acima dessa idade, conforme levantamento da PwC Brasil e Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Incluir quem já possui uma trajetória ou está em turnover é fundamental para agregar os conhecimentos a atual maioria do mercado de trabalho - os jovens. Portanto, como alinhar os pontos positivos entre todos, sem discriminar os mais velhos?
A Importância da Diversidade Geracional
“A diversidade geracional é sim um catalisador para a inovação, na minha perspectiva, porque ela proporciona o intercâmbio de várias ideias e gerações, as quais, juntas, podem criar coisas excelentes para as organizações do mundo geral. Se junta a experiência com o dinamismo do jovem e isso gera coisas muito positivas”, afirma Viviane Gago, advogada e facilitadora pela Viviane Gago Desenvolvimento Humano. Para 56% dos respondentes da pesquisa, os mais novos teriam um nível de comprometimento abaixo do esperado, pouco ou nenhum. Porém, a autopercepção de quem nasceu entre o final dos anos 90 e 2010, é bem positiva. Para 60%, sua dedicação atende às expectativas da empresa.
“Para construir uma cultura organizacional mais inclusiva e diversa, em termos de idade, é necessário potencializar a voz de cada geração, através de atividades como rodas de conversa, trocas de vivências seguras, formação de líderes, programa de conscientização para toda a companhia e, obviamente, uma seleção bem estruturada, combatendo viés e valorizando a história do candidato, independentemente da idade”, explica Adriana Muniz, head de Pessoas, Cultura e Performance da MakeOne. Dessa forma, ao oferecer oportunidades, seja para buscar colaboradores efetivos ou contratar estagiários, é indispensável manter as opções abertas para candidatos de qualquer faixa etária.
Na prática, o gerente de parcerias estratégicas da MakeOne, Alberto Domingos, conta como é o contato com os colegas iniciantes no dia a dia profissional. “A gente tem uma equipe mesclada, onde a bagagem do mais velho se agrega ao entusiasmo do novo”, complementa. O mercado de trabalho enfrenta o desafio de integrar diferentes gerações, promovendo ambientes inclusivos e colaborativos. Para isso, é indispensável desenvolver táticas para aproveitar o melhor de cada perfil.
Ao unir conhecimento e inovação, é possível tornar as equipes mais produtivas e criativas, atendendo tanto às demandas empresariais quanto de seus funcionários. Assim, criar pontes entre as idades não é apenas tendência, mas uma necessidade para o futuro das corporações.
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