O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é um aspecto crítico, mas muitas vezes subestimado, especialmente em uma era de trabalho híbrido e de rápida transformação digital. Para alcançar a estabilidade, é imprescindível estabelecer um ritmo de produção. Saiba como fazer uma boa gestão de tempo neste Conexão Ilimitada.
De acordo com pesquisa da Deputy, 61% dos profissionais gostariam de ser mais produtivos em seus empregos, porém as segundas-feiras são frequentemente consideradas um desafio - 25% das pessoas são menos eficientes e 57% prefeririam esse dia fazendo parte do fim de semana. Além disso, 50% enfrentam níveis mais elevados de estresse nos primeiros dias úteis. Isso evidencia como um alto nível de atribuições e falta de organização podem prejudicar a eficiência, considerando como a grande maioria das cobranças surgem ou retornam nesse dia.
“As pessoas nem sempre nascem procrastinadoras, mas esse comportamento pode se desenvolver por uma variedade de razões. Para impedir o progresso desse mau hábito, é muito importante cultivar técnicas de distribuição do tempo desde muito cedo”, explica Maurício Bitencourt, especialista em treinamento corporativo. Para aprimorar a autogestão, algumas dicas podem contribuir. Comece analisando prioridades entre as tarefas do dia, evitando postergar atribuições de maior demanda, muitas vezes responsáveis por desencadear o problema. O básico funciona: ter lista de afazeres e alternar momentos de alta concentração e descanso.
“Vários problemas levam os empregados a protelar. Primeiro, a sensação de desespero. Quando você se sente disperso, é bombardeado por centenas de coisas para fazer e não as categoriza, você não prioriza. Segundo, falta de clareza. Quando você não tem um objetivo definido e não sabe onde está indo, como pode tomar a direção certa?”, observa Jimmy Naraine, instrutor na Udemy. Não obstante, além da disciplina, é preciso ter autoconhecimento para administrar os maiores desafios. Paralelo a isso, conforme a Page Group, a inteligência emocional é valorizada por 42,9% das empresas.
Controlando a procrastinação na prática
A postura mais comum entre os proteladores é o adiamento de demandas complexas. Portanto, é estratégico enxergar as obrigações macroscopicamente e distribuí-las da melhor forma pela rotina: atente-se aos prazos, urgências e organize um número factível de itens por dia. Se necessário, liste no papel e risque os já cumpridos.
A professora de desenvolvimento humano e organizacional, Bia Nóbrega, indica suas estratégias adotadas para minimizar essa questão. “A primeira delas é o planejamento: saber os compromissos de hoje, amanhã, desta semana, da próxima e assim por diante. A segunda, dividir as grandes atividades em várias ações, afinal, serão pequenos tópicos para executar. A terceira, eliminar distrações. É fundamental desligar o celular ou pelo menos as mídias sociais, o e-mail, as notificações e focar. A quarta e, para mim, a melhor, é a competição comigo mesma. Cada dia mais o ‘planejado versus realizado’ deve aumentar. Dia contra dia, mês a mês, eu quero me superar”, recomenda. Dessa forma, é possível organizar as pendências e definir métricas justas de autocobrança.
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