Para superar desafios e atingir a alta performance, uma empresa precisa, essencialmente, de um grande fator: selecionar os melhores profissionais e montar um time de sucesso. Como atrair bons talentos? Esta dúvida permeia a vida de muitos gestores e profissionais do RH, seja na hora de recrutar estagiários, aprendizes ou funcionários efetivos.
A marca empregadora
De acordo com Juliana Calderari, diretora da Universum no Brasil, é muito importante as empresas se preocuparem com a reputação de sua marca empregadora na hora de encontrar novos colaboradores. Para isso, entretanto, é necessário ter atenção a alguns tópicos na hora de posicionar a instituição se busca preencher uma colocação em aberto. Dentre eles, está o cuidado com a comunicação.
A especialista continua: “da mesma forma como as entidades se preocupam com suas imagens na hora de vender um produto ou se posicionar perante acionistas, também é preciso se preocupar em mostrar a corporação e como é atuar nela para o potencial candidato”. Quanto melhor, mais positiva e relevante for essa percepção para o perfil procurado, mais rápido, fácil e barato manter as pessoas certas.
Entendendo a visão de quem está à procura de chances
Para construir sintonia entre os valores corporativos e as visões dos colaboradores, é preciso entender quais aspectos eles mais valorizam. Segundo um levantamento do Nube, quase 70% dos jovens buscam nas organizações possibilidades de aprendizado e desenvolvimento e outros 15% almejam um ambiente capaz de gerar satisfação.
Além disso, também é preciso avaliar quais são as prioridades das novas gerações em relação às suas ocupações e aspirações. Em outro estudo realizado, o Nube constatou como realização profissional e estabilidade financeira são os principais motivos para o futuro.
Alinhamento com perfil e propósito
A dica de Vandson Cunha, especialista em Recursos Humanos, para os empreendimentos obterem maiores destaques quanto a isso, é o autoconhecimento. “Pratique essa ‘terapia’ institucional. Da mesma forma como uma pessoa, para se entender, precisa olhar para dentro e se ouvir, como uma instituição faz isso? Aprendendo a escutar”, comenta.
Ouça seus profissionais, se defina como organização e, então, o posicionamento será muito mais assertivo. “A partir daí, é possível criar o clima e modelo de trabalho ideal para acolher quem tenha personalidade parecida com a da sua entidade, alinhados com o perfil e propósito”.
Novas percepções de mercado
Se antigamente, o papel social e posicionamento das contratantes não era tão relevante, hoje, principalmente por conta da juventude e novas percepções do mercado, essa premissa tem mudado. Justamente por isso, para Rafaela Frankenthal, co-fundadora da SafeSpace, a cultura pode ser um grande diferencial.
“Os millennials, os quais ocupam hoje a maior força do trabalho, juntos da Geração Z, entrando no mercado agora, são muito mais exigentes em relação às anteriores”, destaca a especialista. Isso em relação a vários aspectos, como “responsabilidade social, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, diversidade e inclusão”, explica.
Criteriosos e exigentes
Dada essa característica marcante da juventude, Rafaela ainda reforça como os princípios desempenhando papel tão relevante na vida de muitos tornam esse público mais exigente e criterioso ao escolher onde atuar. “Por isso é muito relevante investir não apenas na construção de uma cultura saudável, mas também na comunicação da marca empregadora”, conta.
Imagine o seguinte cenário: um ativista da pauta verde, ou seja, uma pessoa altamente preocupada com a questão de preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável acaba entrando em uma entidade do ramo de combustíveis fósseis. Talvez a disparidade entre esses dois entre em choque e acabe gerando desconforto para ambas as partes na conclusão de atividades.
Produtividade é fator a ser levado em conta
Esse fator esbarra em diversos outros pontos indispensáveis para obter boas entregas dos grupos. Um deles é a motivação e o engajamento das equipes - quanto mais dispostos os membros estiverem, mais vestirão a camisa com propriedade e se esforçarão para as execuções solicitadas.
Para se ter uma ideia a respeito disso, a consultoria Right Management fez um estudo global. O apontamento contou com a participação de 30 mil indivíduos em diversos países, incluindo o Brasil. O resultado chama a atenção, afinal, quem está mais contente com sua posição chega a ser 50% mais produtivo.
Turnover é menor
Outro grande desafio dentro da gestão é reduzir a quantidade de pedidos de demissão e troca de colaboradores, o famoso turnover. Segundo estatísticas do Novo Caged, a quantidade de pedidos de dispensa cresceu 10,5% nos últimos tempos e um dos fatores pode ser a incompatibilidade de visões.
Portanto, assim como as estratégias de marketing são cruciais para atrair novos públicos e até mesmo reter os clientes já conquistados, construir uma boa employer branding é vital. Seja no recrutamento de estagiários e aprendizes ou de funcionários efetivos, se atentar a isso pode ser a chave para garantir novos resultados e atingir a alta performance!