A insegurança, por definição, é um sentimento fundado no medo intenso de não atender os resultados esperados pelos outros. O acometido tem dificuldade em relatar a situação, com receio de ser rejeitado. Então, a timidez, a baixa autoestima e até a antipatia tornam-se fugas para lidar com o caso. Existe também a normalização dessa sensação pelo indivíduo, por acreditar ser parte da sua personalidade.
Em vista disso, a volta do regime presencial em diversos cargos está sendo motivo de inquietação para várias pessoas. Por conta da transição do emprego remoto ao escritório, os profissionais ficam em dúvida de como enfrentar essa retomada. Entre as hesitações está a incerteza do retorno de atividades e entrega de resultados como antes da pandemia. A pesquisa realizada pela McKinsey traz um retrato disso: aproximadamente 30% dos entrevistados relataram problemas, como estresse e ansiedade, por regressarem ao ambiente de trabalho.
Ademais, de acordo com o estudo, metade ainda não voltou do sistema à distância e já antecipa alguns impactos negativos na saúde mental. Isso se deve ao temor da falta de proteção e ao home-office. No serviço em casa, mudou-se a rotina. Com horários estendidos e maiores demandas, a exaustão foi inevitável.
Para Marcela Brito, mentora de carreiras, essas consequências nocivas são desdobramentos da falta de segurança individual. Dessa maneira, a mentora lista onde ocorre as repercussões e possíveis formas de tratar esse sentimento.
Na voz da especialista
A sensação de desamparo é de grande importância, tendo em vista seu reflexo no bem-estar próprio. Para Marcela, há o impacto direto no seu relacionamento interpessoal e na forma de como essa pessoa se percebe dentro das organizações e da sociedade. Nesse sentido, esse receio atrapalha o autoconhecimento, soft-skill importante para a noção das forças e fraquezas próprias.
Existem alguns indícios comuns de quem apresenta essa desconfortável emoção. A dificuldade em dizer não, a tendência ao perfeccionismo, a demora para entregar tarefas, a falta de tomar iniciativa e, principalmente, o temor de ser rejeitado são certos sinais.
Além do mais, existem várias razões para o desencadeamento da insegurança: um relacionamento com término repentino, a falta de confiança em falar ao público, a grande quantidade de críticas vinda na escola ou nas empresas, entre outras situações para provar suas competências.
Um grande motivo atual para essa sensação é o isolamento, pois o cotidiano conhecido na pré-pandemia mudou radicalmente. A adequação ao trabalho remoto alterou o contato social e a maneira como se produz resultados. Consequência disso, o regresso se transformou em uma aflição, pois gera ansiedade e preocupações.
Portanto, com o fim de auxiliar na luta contra os obstáculos e potencializar a transição de volta para o serviço presencial, Marcela indica duas vias:
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Psicoterapia
Esse tipo de abordagem consiste no tratamento de doenças relacionadas ao psicológico, por meio de diálogos entre o especialista e o paciente. Essa terapia foca na capacidade de entender e enfrentar angústias. Assim, é viável retomar às atividades de forma tranquila e com a confiança restabelecida. Dependendo do problema, o processo pode ser mais demorado ou não.
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Mentoria de Carreira
Nessa variável de tratamento, o foco é no caminho profissional. Durante o processo, o empregado recebe estratégias, atividades e aprendizados específicos para atingir o seu objetivo. Com base nesses fundamentos, é possível facilitar a adaptação ao local e a sensação de conforto. Além disso, tem mais chances de prosperar na carreira desejada.
Como evitar a insegurança
Para começar, é impossível eliminar todas suas inseguranças, até porque o medo é um instinto inviolável. Entretanto, certos desconfortos são prejudiciais ao desenvolvimento pessoal.
Desse modo, existem maneiras de evitá-las com a construção de tarefas e pensamentos positivos: fazer e fortalecer a autoconfiança, não se subestimar, elaborar objetivos e persegui-los, não se culpar por infelicidades e, com destaque, pensar positivamente.
A volta ao presencial e a sua segurança
Parte do temor para o retorno está ligado à exposição ao vírus da Covid-19. Dessa forma, Estêvão Urbano, infectologista e diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), ressalta a maior confiança na atual retomada. Segundo Urbano, se comparado com o segundo trimestre de 2021, o reencontro com os colegas de serviço agora é mais prudente. No cenário anterior, o Brasil atingia o pico na pandemia e estava no começo da vacinação. Hoje, o país se encontra com quase 80% da população totalmente vacinada e com uma queda brusca no número de óbitos.
Todavia, é preciso continuar as medidas de prevenção. Quando estiver em ambientes fechados ou movimentados, mantenha a distância de 1,5m entre as pessoas, higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel e, principalmente, utilize máscara. Logo, é possível regressar com responsabilidade e maior cautela.
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