Nos últimos anos, cada vez mais cargos de decisão têm sido preenchidos por executivas. No entanto, algumas questões se apresentam na ocupação do primeiro cargo da hierarquia nas organizações, como desigualdade salarial, invalidação e outros conflitos. Em paralelo, é preciso evidenciar a potência dos resultados alcançados por elas. Portanto, quais os desafios e benefícios em promover essa liderança?
A ascensão profissional desse grupo no Brasil tem sido notável e reflete uma transformação significativa em todo o cenário empresarial. Consoante ao Panorama Mulheres 2023, realizado pelo Talenses Group, em parceria com o Insper, o número de pessoas do sexo feminino em posições altas aumentou de 13% para 17% entre 2019 e 2022. Esse fenômeno indica uma mudança profunda no mundo corporativo e no comportamento das companhias, a partir da introdução de valores como humanidade, empatia e respeito nas estratégias de negócios.
A representatividade também é um aspecto relevante, podendo motivar futuras líderes. “As empresas apoiam uma sociedade mais inclusiva e igualitária, quando as equipes são um reflexo da população brasileira, atualmente composta por 51% de mulheres. Incentivar isso é muito importante para inspirar quem pode não se enxergar nesses lugares, mas tem esse desejo. Para mim, a referência é determinante”, observa Fernanda Campos, diretora de RH e ESG na BNP Paribas Cardif Brasil.
“De uma vez por todas, a gente deveria treiná-las assim como é feito com os homens. Ao oferecer possibilidades, meritocracia, espaço para falar, uma área ou projeto, criar ocasiões de mentoria, escuta ativa, grupos de afinidade e coisas comuns a qualquer gênero”, aponta Eduarda Camargo, CMO da Portão 3. O relatório TheReady-Now Leaders, da ONG Conference Board, mostra chances 12 vezes maiores de estarem entre as 20% melhores em desempenho financeiro nas corporações com, pelo menos, 30% delas na chefia, demonstrando o impacto em várias instâncias de um negócio.
Como me preparar para ser uma líder?
“Primeiro, começa na sua mente, acreditando no seu potencial. O segundo maior desafio, na minha visão, é a administração do tempo. Deve ser distribuído de forma organizada e disciplinada, para você realmente estabelecer as suas prioridades”, orienta Kátia Silva, fundadora da Águas de Ipanema. Levando em consideração a trajetória profissional e doméstica, os homens trabalham cinco horas a menos, conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com os dados, pessoas do sexo masculino trabalham 43,4 horas por semana fora e 9,5 em casa, enquanto elas possuem uma jornada de 36 horas nas corporações e 22 horas na própria residência.
Essas estatísticas ilustram a disparidade na vivência entre os gêneros e evidenciam as políticas de inclusão a serem elaboradas, sobretudo para igualar as oportunidades e flexibilizar a rotina para as contratadas. Portanto, é imprescindível oferecer chances similares, dar voz e valor ao seu ofício e viabilizar caminhos para a priorização deste quando for de sua escolha.
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Saiba por que promover a liderança feminina nesta matéria. Continue acompanhando a TV Nube e o blog para mais dicas sobre o mercado de trabalho e estágio.
