“Mulheres e a construção de um futuro sustentável - do discurso à prática” foi a pauta da 8ª edição do congresso Life - Liderança Feminina em Movimento, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). O evento aconteceu no dia 13 de setembro, em São Paulo, e contou com mais de 500 participantes. Confira agora, nesta matéria da TV Nube.
As sete palestras e painéis foram conduzidos por especialistas das principais corporações do país. O tema visa refletir sobre a saúde emocional no meio empresarial e a inclusão de forma efetiva. Afinal, mesmo com a dedicação dobrada, somos prejudicadas por razões assimétricas em relação aos homens.
Em um levantamento feito pela Think Work ainda neste ano, 87% das profissionais ouvidas já tiveram uma crise psicológica e mais de 1/3 deixaram de ser promovidas, ou até contratadas, por serem mães. Além disso, segundo o portal Empregos.com.br, 56,4% são demitidas após voltarem da licença maternidade. Esses estudos refletem uma desigualdade entre os sexos nos empreendimentos, pauta presente nas discussões do evento.
“Foi extremamente relevante para debatermos questões e aspectos importantes relacionados à liderança feminina, uma construção a diversas mãos. Realizamos um estudo para verificar como poderíamos acelerar essa caminhada em busca da equidade”, afirma Janine Goulart, vice-presidente da ABRH-SP e líder do Comitê Life.
De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2023, estamos há 131 anos da plena igualdade no trabalho. A contratação de diretoras caiu para os níveis de 2021, nas principais economias do mundo, dificultando ainda mais o alcance de uma representatividade consistente.
“Hoje, saindo do discurso para a prática, podemos debater questões muito relevantes sobre saúde mental; nossa relação com a nossa identidade e com o tempo. Seria um portfólio muito interessante para trazer reflexão para as empresas e pessoas”, comenta Luciana Camargo, diretora consultiva da ABRH São Paulo.
“Sempre foi um encontro muito significativo para o mercado. Nós nos questionávamos porque esse formato se mantém relevante depois de oito anos. A conclusão, foi do ‘gap’ de gênero ainda ser muito grande. Existe uma evolução, mas ela não está na velocidade esperada pelas pessoas. Nós o idealizamos pensando como vai ser o nosso futuro”, completa.
Recortes de raça e gênero no mundo corporativo
Além da desvantagem dos critérios analisados na seleção das colaboradoras - nunca levados em consideração para contratar homens - está a jornada invisível de tarefas extra oficiais, como o serviço doméstico. Conforme o último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em comparação a eles, dedicamos 9,6 horas semanais a mais para a realização de atividades não remuneradas.
Esse aspecto deve ser considerado ao analisar a saúde emocional e física no meio trabalhista, para promover uma convivência humanizada, protegendo a integridade delas. O caminho é ainda mais longo quando se analisa questões raciais. De acordo com o Instituto Ethos, apenas 4,7% das direções no Brasil são compostas por pretas.
Glória Vanique, jornalista e palestrante, aponta a importância das ocupantes de cargos do alto escalão inspirarem outras aprendizes. “Quando analisamos as posições de influência em grandes negócios, vemos uma maioria masculina. Se vivemos numa sociedade diversa, a gente precisa ter essa pluralidade não só nos liderados, mas nas diretorias. Elas olham para as outras de uma forma diferente, as priorizam pelo fato de terem mérito e competência para determinada função”, declara.
A influência feminina está no nosso DNA
O Nube esteve presente não só na cobertura do evento, mas como exemplo. Apresentando um case próprio, explicamos como ter mulheres em posições notáveis já é uma característica intrínseca à nossa cultura. Enquanto, no mundo corporativo, ocupamos apenas 38% dos cargos de decisão (Fonte: Grant Thornton), no Nube são 70%.
“Isso aconteceu de forma orgânica, desde a fundação, há 25 anos. Sempre tivemos essa presença muito forte e isso deixa um traço para os negócios, um olhar diferenciado. Boa parte começou como estagiária, no seu primeiro emprego, e foi crescendo. Isso torna tudo mais especial”, comenta Fernanda Dias, gerente comercial do Nube.
Uma pesquisa aponta que 40% a 60% são efetivados, isso mostra o quão benéfica e valiosa é essa chance. O contrato tem duração máxima de dois anos, exceto para pessoas com deficiência, mas a efetivação pode acontecer antes mesmo da finalização.
“O Nube está presente nos principais eventos de RH e de gestão, então não poderia ser diferente. Estarmos aqui hoje é muito importante para confraternizarmos e, claro, reforçar nossa marca, conquistar novos clientes. É muito gratificante participar”, complementa Kelly Querido, supervisora comercial do Nube.
O estágio prepara jovens para liderar
Esse é o momento ideal para traçar um plano de carreira e experimentar várias áreas em um mesmo segmento. Executivas com a experiência de um estágio tiveram a chance de se capacitar desde cedo e conhecem o funcionamento das firmas há mais tempo. Não obstante, já prepara os candidatos para os processos seletivos seguintes.
Se você está passando por um ato escolar supervisionado ou buscando a sua vaga, aproveite para se aproximar dos gestores e absorver todo o conhecimento possível, seja sobre seus ofícios ou sobre as habilidades de coordenar uma equipe. Afinal, CEOs de grandes companhias também começaram pelo ato educativo escolar supervisionado.
“Os cargos de estágio incentivam muito, principalmente dentro do Nube, vindo com essa cultura. É uma porta de entrada gigantesca! Hoje, principalmente, o avanço é enorme”, declara Stefany, gerente comercial da Assine Bem. Pensado para ser conciliado com os estudos, consiste na chance de, além de aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula, conhecer de perto o campo de atuação do curso escolhido. Também facilita a possibilidade de transitar entre as tarefas delegadas, sendo essas relacionadas ao aprendizado acadêmico, como previsto na lei 11.788/2008.
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