Cada vez mais valorizadas dentro do mercado de trabalho, as soft skills têm conquistado o olhar das gestões e equipes de recursos humanos. Dentre as competências abarcadas, o autoconhecimento desponta como uma qualidade essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional. Quer saber um pouco mais sobre como aprimorar essa conexão interna? Então veja, neste Minuto Carreira, alguns passos incríveis para alcançar esse resultado.
Valorize suas emoções no cotidiano corporativo
Antes de olhar para dentro e reconhecer seus próprios auges e fantasmas, costuma-se procurar em volta por referenciais de grandeza. A partir disso, monta-se um repertório imaginário, preenchido por rostos ilustres. Assim, pintam-se os primeiros heróis. Eles são os responsáveis por externar ambições particulares, marcar objetivos e fornecer inspiração aos esforços. Entretanto, diferente do projetado pelas telonas, não são seres inabaláveis, trajados de capa e em posse de superpoderes, prontos para derrotar o mal. Pelo contrário, são humanos, passíveis de erros, tristezas e decepções. Todavia, essa percepção realista é facilmente ofuscada pelo brilho da fama. Desse modo, constrói criaturas mitológicas e inatingíveis. Isso dificulta uma valorização interna e pode prejudicar a autoestima.
Para promover essa mudança de abordagem, é preciso retirar ídolos da equivocada posição de pedestal e dividir sua significância com processos internos. Ou seja, deve-se parar de terceirizar metas, objetivos e sensações. Dividir o peso de um grande sonho pode amenizar a dureza da trajetória, porém ela também tem de ser percorrida pelas próprias penas. Por isso, investir em habilidades socioemocionais é a pedida da vez. Tratam-se de um conjunto de saberes utilizados para vencer o desassossego e aprender a lidar com as próprias emoções. A partir disso, amplia-se a capacidade de solucionar problemas e impulsiona-se o autoconhecimento.
As dificuldades sempre existirão – seja na esfera dos negócios ou particular. Por isso, ter a ciência das adversidades e estar preparado para contorná-las quando necessário é chave. A realidade não é como no Instagram, LinkedIn ou TV. Na tela, tudo é perfeito. A prática é onde as coisas também dão errado. O escritor e pesquisador norte-americano, Jim Collins, falava da necessidade de encarar os chamados “the brutal facts”, isso é, a dura, porém factual, face da vida. Para isso, entender a si mesmo e às próprias limitações é inevitável. ”Desenvolver o autoconhecimento é algo fácil, basta procurar um profissional qualificado, como um coach ou mentor”, instrui o professor universitário, Jorge Penillo.
Caso não recorra a um profissional, como desenvolver essa qualidade?
Para Penillo, o aprimoramento dessa soft skill não possui segredos. Segundo o professor, na ausência de condições financeiras para custear um especialista, é possível começar essa caminhada com apenas dois itens: uma folha em branco e uma caneta na mão. A partir deles, deve-se responder a três perguntas chave, as quais serão responsáveis por orientar dúvidas corriqueiras e mistérios escondidos no pensamento, Siga a lista abaixo com os questionamentos sugeridos:
1. Quem sou eu? Diante dessa máxima, metafísica e socrática, deve-se separar diferentes interpretações. Não existe um único e absoluto “eu”. Pelo contrário, como pré-requisito de adaptação e sobrevivência, é natural do ser humano desdobrar-se em distintas personalidades, a fim de atender contextos assíncronos. “Por isso, responda quem é você como pessoa, membro de família, aluno e profissional”, recomenda Penillo. É impossível captar a complexidade do indivíduo em apenas uma persona. Logo, dividir em caixinhas e destrinchar a própria personalidade pode ser o caminho mais adequado para a compreensão.
2. Quais os meus pontos fortes? Aqui reside a imediata artilharia do cidadão. Identificar suas capacidades mais avantajadas significa ter sempre uma, duas ou três cartas na manga para lançar em qualquer situação. Os chamados “pontos fortes” são uma zona de conforto. Eles representam uma base sólida construída para, logo de cara, combater desafios do cotidiano. Logo, quando se apreende acerca de seu tamanho, poder e influência, é possível afirmar – categoricamente – a viabilidade de cumprir uma demanda, projeto ou urgência. Por isso, é bom tê-los bem claros na mente. Dessa forma, poderão ser colocados em prática no instante quando forem requeridos.
3. Quais os meus pontos fracos? Um velho ditado recomenda sempre “ter os amigos por perto e os inimigos ainda mais próximos”. Neste caso, a máxima pode ser transferida para as qualidades de um profissional. Saber a respeito de suas facilidades, como dito, é primoroso e tranquiliza inúmeras batalhas da rotina. Porém, compreender os fantasmas, deslizes, falhas e buracos prova-se ainda mais relevante. Isso, pois cada um dos elementos levantados representa um ponto de melhora. Ou seja, um aspecto prontinho para ser treinado, lapidado, reforçado e, enfim, botado em prática. “Coloque em sua resposta cada detalhe capaz de ser aprimorado”, reforça o professor.
Para saber mais sobre a valorização de soft skills no mercado de trabalho, assista em nosso outro Minuto Carreira, da TV Nube. ]
Benefícios do desenvolvimento comportamental
Apostar nesse know how particular agrega inúmeros benefícios à atuação. De acordo com o Human Capital Institute, uma cultura de desenvolvimento pessoal gera 56% de engajamento e 36% de retenção de talentos. Isso indica como fornecer insumos emancipatórios aos colaboradores não os retira das mãos da companhia, porém dá asas para voar mais leve pela labuta. Ademais, segundo um levantamento realizado pelo Insper Metrics, em parceria com a Good Karma Ventures, a cada R$ 1,00 investido em bem-estar nas organizações, R$ 8,40 são gerados em impacto social. Dessa maneira, alia-se produtividade e responsabilidade dentro do universo institucional. A pegada deixada por cada corporação necessita extrapolar os resultados e partir, também, ao cuidado com o próximo.
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