As redes sociais fazem parte de nossas vidas e da nossa rotina, no entanto também se tornaram fatores de avaliação no mercado de trabalho. Sua postura nesse espaço virtual pode proporcionar pontos positivos e negativos para a carreira. Como isso acontece? Entenda mais sobre o assunto, ao longo desta matéria.
Multiplicando-se exponencialmente na última década com o avanço das aplicações e soluções telemáticas. Algumas plataformas, como Facebook, LinkedIn, WhatsApp e Twitter, estão crescendo com a integração de novas funcionalidades. Além disso, novas redes surgiram nesse período e continuaram melhorando. É o caso do Instagram, Telegram e TikTok.
Enquanto isso, marcas antigas como Orkut e MSN desapareceram em meio a muitas novidades. O crescimento da web também mudou a forma como nos comunicamos e interagimos com ela on-line. É difícil imaginar há dez anos, quando as pessoas usavam amplamente e-mail e mensagens de texto para trocar informações pessoais, a existência de aplicativos de namoro como Tinder e Happn.
Outra grande mudança é: até o início dos anos 2000, as empresas não utilizavam muito a Internet para vender ou posicionar suas marcas. Sem anúncios patrocinados no feed, os stories impulsionados. Embora o comércio eletrônico já estivesse bem estabelecido, também foi afetado positivamente pela popularidade das mídias sociais.
Além disso, deve-se notar a crescente em número de usuários, praticamente triplicando em dez anos. Menos de um bilhão de pessoas em todo o mundo se registraram nessas plataformas em 2010, de acordo com a empresa de pesquisa Statista. Em 2020, esse número aumentou para 3,6 bilhões de usuários, enquanto a previsão para 2025 é de 4,41 bilhões de usuários.
Resultado de tudo isso, nossas vidas estão cada vez mais expostas. Logo, deve haver um maior cuidado sobre as opiniões expressas para não gerar uma má imagem profissional.
Na voz da especialista
Para Thaís Leonel, CEO da WSI Tecnologia Online e consultora de marketing digital, quando falamos sobre a rede social no mercado de trabalho, precisamos pensar para além de Instagram, Facebook e Tik Tok. Por exemplo, o Linkedin é uma excelente forma de conectar empresas e candidatos. Nele, você pode enunciar todo o seu perfil, experiências, conquistas, além de formação acadêmica e demais cursos.
O valor dessa rede se deve ao fato de ser um dos principais meios de networking. Lá, estás permitido a se conectar com empresas e outros especialistas, descobrir oportunidades, aprimorar sua marca pessoal, compartilhar conhecimento e aprender sobre novas tendências na indústria.
Consoante a ela, “essa é uma ferramenta muito interessante para você se destacar. Em paralelo a isso, deve haver cuidado com a postura e a imagem postada”. Afinal, é crucial ter prudência para não arcar com o risco de gerar danos à sua reputação. Certificando-se de sempre estar de acordo com as normas do app.
Segundo a pesquisa internacional de mercado de trabalho 44% das empresas desclassifica candidatos pelo comportamento nas redes sociais. Contudo, em levantamento do Nube, 88% dos jovens afirmaram tomar cuidado com suas publicações na internet.
Estão todos de olho em você!
Pode ou não acontecer, mas alguns recrutadores olham as redes sociais dos candidatos para saber mais sobre sua personalidade, interesses e histórico. Esse artifício permite a eles fazer uma análise mais profunda do candidato e se preparar melhor para conversar durante a entrevista. Além disso, pode ajudá-los a confirmar informações, bem como avaliar seu perfil digital para decidir se estão alinhados aos valores da instituição.
Conforme relata Carolina Martins, psicóloga e Linkedin TopVoice, algumas empresas olham sim o posicionamento do candidato no Twitter ou Facebook caso encontre. Então, nas palavras dela: “é imprescindível tomar cuidado para não se envolver em questões polêmicas, racistas, machistas, homofóbicas, ou qualquer tipo de posicionamento não pertinente”.
Em coletânea recente do portal Pensamento Corporativo, as estatísticas demonstram: 72% dos recrutadores analisam postagens, interesses, ideologia, interações, valores morais, empresas seguidas e até as conexões. Na maioria das vezes, assim é definido os parâmetros comportamentais do indivíduo. Logo as redes devem ser utilizadas para o lado bom.
Como fazer bom uso das redes sociais?
De acordo com Thiago Amaral, co-fundador da Bagy, a solução está em trazer conteúdo de qualidade e conseguir gerar valor para se tornar uma autoridade no ramo. Em suas palavras: “muitas pessoas, ao começar a vender um produto ou serviço, ficam receosas em postar seus métodos para não se frustrarem, ou mesmo serem copiadas".
O efeito disso, na verdade, é o contrário. Você não precisa se expor 100%, basta entregar um conteúdo de valor para você conseguir se tornar uma referência e gerar interesse de seus clientes e seguidores em acompanhar seu trabalho.
É prestigioso usar suas redes sociais para mostrar quem você é como especialista. Compartilhe conteúdos relevantes relacionados ao seu setor, siga empresas e outros profissionais da sua admiração, participe de discussões pertinentes, use palavras-chave para se destacar nas buscas e conecte-se periodicamente com os principais players do mercado. Outras boas dicas são:
- Cuidado com as fotos: poses sensuais, de roupa de banho, com bebidas alcoólicas, fumando, usando drogas ou em situações constrangedoras não são bem-vindas, pois não causam boa impressão.
- Atenção ao conteúdo: piadas grosseiras, conteúdo explícito, fanatismo, sexismo, palavrões, notícias falsas e opiniões violadoras da leis e/ou direitos humanos não devem ser adicionados ao seu feed;
- Vida pessoal: Você brigou com seu parceiro? Ou tem amigos te devendo? Com raiva de seu chefe ou colegas de trabalho? Bem, a web não é o lugar para abordar ou provocar tais questões. A chamada “roupa suja” não ajuda, tanto na vida pessoal, quanto na profissional e ainda passa a ideia de não possuir inteligência emocional para lidar com conflitos.
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