O termo foi empregado pela primeira vez por Neal Stephenson, em seu best seller ‘Snow Crash’, de 1992. Na história, o personagem principal é um entregador de pizza, mas na realidade virtual ele é um samurai. Desde então, esse conceito permeia o imaginário popular. Você, estudante, estagiário ou aprendiz sabia dessa informação? Continue lendo para muito mais curiosidades.
Mark Zuckerberg, empresário e criador do Facebook, enxerga seu novo projeto como uma espécie de "materialização da Internet". "Se você vê, ouve, ou pensa em algo, poderá ser 'tocado', ou então aparecer diante dos seus olhos. No lugar de visualizar os conteúdos, o usuário poderá estar dentro deles em uma experiência nova e muito empolgante".
A ideia inclui a possibilidade de utilizar os óculos tecnológicos capazes de sobrepor a realidade. No lugar de apenas ler uma notícia, ver um filme ou falar com uma pessoa por vídeo chamada, o mundo real e o virtual passarão por uma mistura. A empresa, inclusive, está trabalhando em novos equipamentos para facilitar o controle digital.
Entretanto, essa tecnologia não é exclusiva ou ao menos recente. Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA) já são conceitos conhecidos e amplamente empregados no dia a dia, sem se dar conta, a maioria das pessoas já utiliza alguma delas. Um exemplo típico de RA usado no cotidiano são os filtros do Instagram. As sessões de cinema em 3D podem ser consideradas experiências de RV.
Para Robinson Klein, CEO da Cigam, “nesse ‘universo’ eu posso ter a aparência desejada, estar com quem e onde eu quiser, interagindo, vivendo e sentindo essas novas experiências. Consigo fazer uma exploração por Marte pela manhã, depois ir a uma festa em Nova York, fazer um tour por Paris e tudo isso gastando muito pouco ou quase nada.”
O dirigente ressalta até mesmo a possibilidade de remuneração nos novos mercados surgidos junto à inovação. Será como um mundo contemporâneo com diversas possibilidades e uma conexão interpessoal muito grande.
Em uma retrospectiva quanto a essa existência, é possível perceber como o conceito de “segunda vida” na Internet já está presente em nossas rotinas há algum tempo. Uma amostra disso é o Habbo Hotel, criado em agosto de 2000, o jogo extremamente popular no Brasil durante a primeira década do novo milênio, simulava a existência de um gigante hotel onde os mais de 300 milhões de personagens registrados conviviam, tinham empregos, iam as áreas comuns da hospedaria ou mesmo criavam seus próprios quartos e principalmente, interagiam.
Hoje em dia, outros games mais recentes promovem a experiência de coexistir de forma moderna, o mais famoso desses exemplos é o Battle Royale Fortnite por ter promovido, em abril de 2020, um show virtual do artista Travis Scott, assistido por 12,3 milhões de pessoas ao redor do mundo durante o período de lockdown na pandemia da Covid-19. Ressignificando, àquele momento, o acesso à cultura para os jovens em uma fase crítica da crise sanitária mundial.
Fernando Godoy, CEO da Flex Interativa, pontua como o metaverso ao longo do tempo causará o mesmo impacto provocado pela Internet no nosso meio. “Ele gerará novos empregos, necessidades e conhecimentos. Isso vai impactar também as finanças, pois por intermédio das transações NFT (Token não fungível) cria-se uma nova economia digital, prevista para movimentar cerca de 800 bilhões até 2024”.
Principalmente transformará o ensino, pois uma vivência imersiva das pessoas pode elevar seu nível de instrução, tendo conhecimentos lúdicos com especialistas de qualquer lugar do mundo. Você poderá não somente se conectar com outros indivíduos, mas também educar-se com os elementos tridimensionais, causando uma diferenciação total da forma como nos informamos hoje em dia.
Além do mais, como não há limites geográficos, as transações (como a compra de um terreno) hão de ser feitas com moedas digitais descentralizadas e não por dinheiro fiduciário, como praticado hoje em dia. Os criptoativos assumem, portanto, um papel de grande relevância nesse cenário e tornam-se cada vez mais atraentes para investidores e mineradores. Atualmente, as mais conhecidas são a Bitcoin e a Ethernun, circulando em redes de blockchain, onde operações se concretizam por validações colaborativas.
Alvaro Serpa, discente de Artes e Design pela UFJF, deixa uma dica aos estudantes ingressantes no ramo: “tenha persistência e esteja sempre atualizado das novidades desse universo, pois todos os dias ele se expande mais e criam-se novas oportunidades”.
Segundo levantamento da Gartner, até 2026, 25% da população passarão pelo menos uma hora por dia no Metaverso, seja para trabalho, compras, educação, social ou entretenimento e 30% das empresas já terão produtos e serviços nesse ambiente. Cada vez mais o assunto vem à tona nas redes sociais e com a transformação digital essa realidade ficou ainda mais palpável.
Assim como na rede mundial de computadores, especialistas alertam sobre alguns riscos para usuários e a sociedade. Sendo alguns deles: o assédio, a violação de privacidade, circulação de informações falsas (fake news) e golpes financeiros. Ainda é incerta a faixa etária definida para seu uso, contudo pelos riscos possíveis é muito provável seguir a mesma lógica das demais mídias digitais, permitidas apenas para maiores de 13 anos.
No entanto, há muito caminho pela frente. Segundo a tecnologia disponível atualmente, esse projeto ainda está um pouco distante de se concretizar, pois não há equipamentos com valores acessíveis capazes de materializar a ideia.
Mesmo sendo futurista e relevante, muitos desafios precisam ser superados. Um desses exemplos é o fato do 4G não suportar um fluxo de dados tão alto. Por isso, o 5G (ainda pouco disponível em nosso país) é essencial para habilitar as tecnologias desse universo virtual, em combinação com outras soluções como os sensores de movimento conectados e a inteligência artificial.
Chegou até o fim da matéria? Realmente, esse tema é muito interessante. Não perca tempo e continue se aprofundando nos estudos, afinal conhecimento nunca é demais. Amplie seu aprendizado acompanhando o nosso blog e a TV Nube para não perder nenhum conteúdo.
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