A comunicação humanizada, sobretudo com empatia, é uma habilidade cada vez mais necessária no ambiente corporativo. Afinal, espaços com maior abertura ao diálogo, propiciam um caminho conciliador e promovem maior conexão das equipes. Continue lendo e entenda melhor sobre o assunto.
A base é o relacionamento interpessoal
As relações entre as empresas e colaboradores mudaram drasticamente nos últimos anos, isso não é novidade. Então, por conta do distanciamento decorrente da pandemia, a reinvenção da interação dentro dos escritórios se tornou uma estratégia primordial para garantir a continuidade dos negócios.
Como aprendemos, os colaboradores devem ser os protagonistas das táticas corporativas. “É preciso remodelar o olhar interno com lentes voltadas à empatia e sensibilidade, motivando cada um para entregar seu melhor, independentemente do nível hierárquico ou conhecimento técnico”, diz o sócio da Wide, Ricardo Haag.
“Diante de uma geração marcada pela ampla consciência individual e seu valor como integrante de uma comunidade, saber como lidar com cada perfil se tornou essencial – assim como integrá-los aos times em prol de uma atuação colaborativa e com relações próximas”, continua o executivo. Então, aqui entra a empatia!
De acordo com o CEO na WFA Auditoria e Consultoria, André José Valério, essa é uma capacidade de se colocar no lugar do outro. “Ao estender isso aos contratados, a gente consegue aceitar e flexibilizar algumas situações e com isso, aumentamos o vínculo humano”, afirma.
O que as gerações pensam sobre?
Segundo o relatório Empathy Monitor, essa característica tem impacto direto na produtividade, lealdade e engajamento dos funcionários. Veja:
- 77% dos trabalhadores sentem-se dispostos a operar mais horas para um local mais empático;
- 92% dos profissionais de recursos humanos (RH) consideram um espaço agradável, um fator crucial para a retenção de talentos;
- 80% dos Millennials deixariam o emprego atual se seu escritório se tornasse menos compreensivo e entre os Baby Boomers, esse número é de 66%.
Ou seja, a cada nova geração, a liderança se torna mais desafiadora. “Diante de constantes mudanças, o carisma, a proximidade e a confiança serão as grandes chaves de sucesso, principalmente para quem assume esse papel. A gestão no futuro, depende de um aprendizado contínuo para atrair candidatos cada vez mais qualificados para o seu destaque no universo corporativo”, expõe Haag.
Sendo assim, conforme a analista de treinamento da Crescer, Bianca de Moraes, o clima organizacional sempre vai impactar de alguma forma como as pessoas agem naquele meio. “Quando essa questão é saudável - o agente se sente ouvido e respeitado - isso fará toda a diferença na satisfação. Inclusive, muitas pessoas, hoje, não visam mais só a remuneração em si, mas também a felicidade e qualidade de vida no serviço”, alerta.
Para isso, o gerente de operações na Bematize, Thiago Américo, ressalta a importância de se empenhar na comunicação: “ela precisa ser muito clara e objetiva para ambas as partes entenderem o esperado. Assim, esse bom diálogo, a empatia e a produtividade trarão ótimos resultados e cada um é fundamental para isso”, conclui.
O papel do líder
Veja só: felizmente, a boa gerência e influência são habilidades possíveis de serem adquiridas. “Logo, para se destacar e adentrar essa nova era da administração, todo ‘cabeça’ deve ser um ponto de convergência e alinhamento entre o emocional de todos e os interesses dos acionistas. Um intermediário no caminho a ser percorrido para as expectativas de todos serem atendidas e mantidas a longo prazo”, observa o sócio da Wide.
Segundo um estudo da Gallup, um “chefe” assertivo tem influência de até 70% no engajamento dos internos com o negócio. “Todavia, grande parte ainda não está preparada para isso. É preciso entender a fundo o perfil e preferências de cada um – e, acima de tudo, como unir e transformar estas diversidades em competências promissoras para o desenvolvimento das transações”, continua Haag.
Portanto, tal senso de pertencimento e o propósito para o crescimento da companhia são fatores primordiais e devem integrar os RHs, analisa ele. “Quando bem desenvolvidos, são capazes, até mesmo, de superar a valorização do salário ofertado. Afinal, o legado das entidades já se tornou um fator decisivo para muitos candidatos”, conclui.
Mude suas atitudes diárias
A empatia, portanto, é uma ferramenta indispensável para vivermos em sociedade e não poderia ser diferente dentro do mundo corporativo. Essa prática é essencial para líderes fazerem uma gestão de pessoas e para os colaboradores se conectarem entre si.
Com base nisso, elencamos algumas dicas essenciais para aderir ao dia a dia e dar um up na convivência social. Veja:
- Evite pré-julgamentos;
- Não compare, nem confronte os demais;
- Abandone o tom acusatório, ele causa reações defensivas;
- Explique suas necessidades e demandas com transparência;
- Se coloque no lugar do outro e pratique a resiliência;
- Não tenha medo de expor as suas vulnerabilidades, afinal, todos temos;
- Antes de responder ou atacar, reflita e exercite seu respeito.
Aprendemos muitas coisas com pandemia, isso é fato. Essa herança e as transformações previstas para a próxima década demandarão uma visão mais abrangente e profunda da jornada de experiência do colaborador (EX, sigla em inglês). Logo, a necessidade de priorizar a EX e a CX (customer experience, foco no cliente) seguirá em expansão e evolução. Então estudante, fique atento a isso também na hora de procurar uma vaga de estágio ou aprendizagem.
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