Como decidir qual caminho seguir profissionalmente? Essa dúvida assola a vida de muitos jovens brasileiros e pode até ser causa para desenvolver a ansiedade e outras complicações. Afinal, esse momento é visto como decisivo para o futuro e, para auxiliar nesse sentido, receber orientações especializadas pode ajudar. Entenda!
Dúvidas são constantes
De acordo com Dâmaris Cristo, psicóloga e especialista em desenvolvimento pessoal e carreira, a juventude pode enfrentar maiores dificuldades para decidir qual direção tomar por dois motivos. O primeiro problema, para ela, está relacionado a ausência de instruções quanto a isso em sala de aula. “Não há informações realmente relevantes durante toda a jornada escolar capazes de levar o indivíduo a conhecer os aspectos da vida profissional, antes de definir uma área”.
O segundo está relacionado às questões práticas ligadas à rotina dentro de cada possibilidade de atuação, ou seja, a falta de experiências prévias. “Chega-se à hora de eleger um ramo sem nunca ter trabalhado no setor e isso dificulta muito o processo”, complementa a especialista.
Vencer a ansiedade é um desafio
Embora essa já seja uma escolha desafiadora, considerar os efeitos do coronavírus é essencial para pensar no futuro assertivamente. Afinal, segundo pesquisa do Conselho Nacional da Juventude, a ansiedade durante esse tempo atingiu 60% da juventude e para vencer os obstáculos, é preciso bastante preparo e dedicação.
De fato, construir a trajetória envolve vários aspectos e o autoconhecimento pode ajudar a evitar a mudança de rumos. Para se ter uma ideia, conforme levantamento do Inep/MEC, apenas 36,7% dos calouros em universidades públicas e privadas terminam suas formações. Uma boa parte deles toma a iniciativa de ir para outra via por falta de compatibilidade.
Dicas para ser mais assertivo
De acordo com Karoline Hasse, head de pessoas e cultura da PhoneTRack, por si só, esse período no qual é cobrada a designação para a carreira já gera tensão. Por isso, ela destaca como algumas atitudes podem auxiliar quem está indeciso a tomar uma atitude assertiva quanto a isso.
A primeira dica dada é conversar com quem já atua na área de interesse há mais tempo. “Assim, você conseguirá ter uma visão realista da profissão e não romantizada, algo comum de se acontecer. Outra coisa é pensar quais tipos de atividades você gostaria de executar pelos próximos cinco ou dez anos”.
Vencer a angústia é possível
Para ela, pensar nesse futuro de médio e longo prazo tira aquela carga de enxergar a escolha como algo definitivo, ou seja, para a vida inteira. “Nem sempre isso é verdade, porque as pessoas mudam de interesse ao decorrer do tempo”, compartilha. A angústia pode ser reduzida ao seguir as orientações passadas. Essa circunstância gera muita insegurança e questionamentos, ocasionando uma pressão conectada com a cobrança geral. Segundo um levantamento promovido pela Cmov, 82% dos adolescentes brasileiros não sabem ou têm dúvidas sobre quais serão suas ocupações.
Quem contou com auxílio especializado
Raul Prosdócimo Souza é estudante e estagiário de relações internacionais. Atualmente, no terceiro ano da graduação, ele relata ter contato com a ajuda especializada para definir quais direções iria seguir. Hoje, contente com a estratégia, ele diz: “eu recomendo esse processo para qualquer jovem com o desejo de começar bem no mercado de trabalho, de se conhecer um pouco mais, saber os pontos fortes e fracos. Acho um dos melhores investimentos feitos na minha vida”.
Saber qual caminho seguir é essencial. Contudo, sempre existirá a oportunidade de mudar sua escolha se você perceber compatibilidade maior com outra área. Mantenha a calma e confie no seu potencial.
