Com o isolamento social, o medo e as perdas, decorrentes da crise sanitária do coronavírus nos últimos anos, a sociedade mundial entrou em um contexto de fragilidade, diretamente ligado ao estado de bem estar. Dessa forma, a frequência da população em consultas com psiquiatras e psicólogos também se elevou, trazendo à tona o tema com ainda mais convicção. Como lidar com esse problema? Quais os maiores impactos? Entenda mais agora, neste Conexão Ilimitada.
Saúde mental: um assunto em foco
A saúde mental dentro das organizações é um tema ganhando mais atenção desde a pandemia da Covid-19, pois causou a elevação da ansiedade e depressão em 25% em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste ano, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima uma média de 12 bilhões de dias de trabalho perdidos devido a problemas relacionados, os quais custam à economia global quase US$ 1 trilhão.
Desde 2020, a busca por atendimento psicológico on-line cresceu mais de 40%, enquanto no Google, as pesquisas sobre o tema aumentaram quase 90%. Mesmo após a fase mais branda das transmissões e com o fim da quarentena, a terapia continua sendo demandada pelos brasileiros. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, 53% dos brasileiros pioraram seu bem-estar entre os dois primeiros anos da proliferação da doença. “A saúde mental é importante porque quando é afetada prejudicada diretamente as relações de trabalho, produtividade, engajamento e motivação. Isso acaba colocando em risco a carreira e o emprego”, explica Gabriel Portella, psicólogo e diretor da Núcleo Joy.
Conforme o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, cerca de 209.124 pessoas estiveram afastadas do ofício devido a transtornos psicológicos, entre os quais depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer. Em 2021, foram registradas 200.244 saídas, apresentando um acrécimo de 4,24%. “Ser produtivo é muito importante para o cérebro, mas tudo tem um limite. Então, para mim, com isso e autoconhecimento, tem-se ferramentas para não cair em armadilhas, estresse crônico e Burnout. Assim, se consegue saúde mental desempenhando um trabalho efetivo e com qualidade de vida”, pontua Nathalia de Paula, psicanalista clínica e co-fundadora e gestora do Lumina Instituto.
A mudança de hábitos e costumes pode fazer toda a diferença
Conforme uma pesquisa feita pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), entre maio e junho de 2020, o consumo de álcool aumentou 42%, enquanto mais da metade da população de 33 países relatou maior ansiedade. Esses dados demonstram uma mudança no comportamento e na rotina, tudo isso devido as circunstância psicológicas.
Nesse sentido, houve uma frequência considerável na presença da tecnologia como fator decisivo no serviço em saúde, colocando em alta as startups abordando o assunto. Segundo um estudo da Liga Ventures e PwC Brasil, a quantidade de healtechs subiu 16,11% nos últimos dois anos, comprovando uma preocupação geral em cuidar e prevenir impasses relacionados.
Todavia, o ato de ir em busca de ajuda profissional tende a ser visto como extremo e decisivo para muitos, criando certa barreira para essa abertura. Assim, ciente disso, o psicólogo e médico clínico geral, Roberto Debski, dá algumas dicas práticas de cotidiano para as pessoas se atentarem e voltarem as precauções para si mesmas. “Cuide das suas emoções, olhe para si, priorize-se durante o dia. Tenha tempo para atividades pessoais, hobbies e desenvolvimento pessoal. Mantenha a sua mente ativa, estudando e lendo. Relacionamentos afetivos e interpessoais também são muito importantes para nos mantermos bem, principalmente quando o tempo passa, a idade vai chegando e é essencial ter uma rede de apoio“, indica o especialista.
A saúde mental em um contexto laboral
No final de 2022, a OMS lançou novas diretrizes globais relacionadas ao meio laboral. As recomendações destacam a relevância de ações para enfrentar rotinas insalubres, cargas de ocupação pesadas, comportamentos negativos e outros fatores criando angústia. Elas também foram explicadas em termos de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e suas organizações, nos setores público e privado.
A ação amplifica questões sociais mais amplas, com abalo negativo, incluindo discriminação e desigualdade. O bullying e a violência psicológica,“mobbing”, são as principais queixas de assédio no local de atuação, mas também são indicadas melhores maneiras de acomodar as necessidades dos colaboradores em suas condições. Nesse sentido, intervenções de apoio ao retorno empresarial, para sujeitos em situações graves, facilitando a entrada no emprego remunerado, se destacam.
O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, publicado em junho, mostrou cerca de um bilhão de pessoas vivendo com algum transtorno mental em 2019, correspondendo a 15% dos adultos em idade ativa. Atualmente, após todas as análises reforçadas, esse número é ainda mais agravante, tendo em vista como esse valor, hoje, se limita a apenas depressão e ansiedade. A piora resulta em uma superioridade de 25% dos novos casos. Contudo, mesmo com tanta angústia e apreensão circulando em torno da temática, ainda parece ser um tabu em meio ao universo empregatício falar sobre, apesar de já ser uma discussão mais frequente se comparado a períodos passados.
Uma pesquisa realizada pelo instituto britânico de saúde mental Mind, revelou como 90% dos afastados do ofício devido ao estresse não o citaram como razão de sua ausência. Em uma realidade onde os indivíduos passam mais tempo no escritório ante em casa, um espaço organizacional saudável é aquele no qual existe uma identificação do contratado com a cultura da firma. Isso inclui um fomento à relação de companheirismo e confiança entre os colegas de equipe.
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