A inclusão de pessoas com deficiência é um tópico em ascensão, não apenas no universo empresarial e sim em um cenário amplo. Mesmo com um caminho árduo para garantir a equidade dentro das companhias, o home office abriu um novo leque de possibilidades. Saiba mais sobre isso nesta edição do Conexão Ilimitada.
Debate aquecido
Desde o começo da última década, a participação da sociedade nas redes sociais fomentou diversos debates acerca de preconceitos, desigualdades e dificuldades enfrentadas por certos grupos. Nesse cenário, foi se debatendo cada vez mais a atuação de deficientes nas organizações.
Padrões inalcançáveis
De acordo com Kátia Vasconcelos, presidente da ABRH-ES, quando partimos da ideia de enxergar o ser humano como o centro de qualquer empreendimento, é fundamental considerar a pluralidade na formação do quadro de profissionais. “O fato de no mercado ainda faltar oportunidades para pessoas com deficiência está relacionado ao nível de exigência sempre descrito para as vagas abertas”, comenta.
Para a especialista, essas oportunidades sempre foram descritas em cima de certos padrões de normalidade, conformidade e igualdade. “Esses moldes não consideravam pessoas fora desses parâmetros”, explica Kátia.
Cenário nos escritórios
É possível compreender com mais profundidade esse cenário ao analisar alguns dados. Segundo o último Censo do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 24% da população brasileira têm alguma deficiência.
Mesmo assim, apenas 1% dos cargos de liderança em todos os segmentos de atuação são ocupados por cidadãos dessa comunidade. Como é possível mudar esse cenário e garantir uma representatividade maior para o mundo dos negócios?
Possibilidades com a tecnologia
Para Fernando Lemos, supervisor do programa Estratégia APD, o maior desafio para quem tem esse perfil está no próprio trajeto de deslocamento entre a residência e o escritório da entidade. “Essa é uma grande barreira. O serviço por trabalho remoto vai ajudar esse indivíduo para fazer suas tarefas em casa com preparo, treinamento e ferramentas oferecidas pela contratante vão contribuir para o desenvolvimento nessa ocupação”, defende.
Quem conseguiu uma chance
Kaique Nascimento possui deficiência intelectual leve e mobilidade reduzida nos movimentos do lado esquerdo de seu corpo. Por conta de um projeto promovido pela APD - Acompanhante de Saúde da Pessoa com Deficiência, ele conseguiu uma oportunidade.
Hoje, ele atua como empacotador e conta como é importante ser tratado com igualdade no contexto profissional. “Eles me apresentaram o programa e eu me interessei. Me sinto, mesmo com minhas deficiências, capaz de trabalhar”, conclui.
Toda empresa tem a chance de garantir a diversidade dentro de seus times. Com isso, o reflexo para a sociedade fica mais claro e todos saem ganhando. Saiba mais sobre a diversidade e o pensamento estratégico. Sua companhia é plural?