O universo laboral é desafiador para muitos e, com a alta concorrência, esse contexto se mostra cada vez mais real. Dessa forma, diversos destinos são citados, mas alguns em específico brilham os olhos dos candidatos, levando-os a buscar por oportunidades distantes da sua terra natal. Ainda, uma nova tendência é das marcas enxergando o potencial de uma atuação expandida, criando filiais. Aprenda mais sobre o tema agora!
Brasileiros procuram oportunidades no exterior
Muitos brasileiros estão deixando o país a cada ano e alguns destinos são os mais desejados, como é o caso dos Estados Unidos e Portugal, segundo lista da Maps.Interlude de 2024. O Canadá, um dos locais com melhor qualidade de vida no mundo, está na nona posição. “O país valoriza a diversidade e a inclusão, reconhecendo a contribuição de imigrantes para o desenvolvimento econômico e cultural. Existe a possibilidade de ir para lá já contratado por uma entidade com tudo pago. Geralmente o pré-requisito para isso é ter formação superior”, destaca Daniel Braun, especialista em imigração para o Canadá e fundador da Meegra.
Segundo uma pesquisa realizada pelo BMI (Business Marketing International), 6 a cada 10 brasileiros gostariam de estudar fora, entre as mulheres o número ainda aumenta para 7. Todavia, no meio empresarial, essa procura também é grande, pois, somente entre janeiro e maio deste ano, 4.179 vistos L dos EUA foram emitidos para cidadãos do Brasil. O resultado da AG Immigration mostra uma elevação de 14,4% sobre os cinco primeiros meses de 2023.
O destaque dos EUA para empresas e profissionais
Fica claro, então, como entidades nacionais têm internacionalizado suas marcas para os Estados Unidos, pois o documento é destinado para a transferência de executivos de multinacionais e abertura de negócios em território norte-americano. “Em alguns casos, quando já há uma operação americana da corporação, também pode ser utilizado para levar funcionários do Brasil”, explica a empresária Leda Oliveira, CEO da AG Immigration. Todavia, ele garante uma permanência com duração de, apenas, 5 a 7 anos. “É comum, porém, depois de um tempo, o beneficiário solicitar a residência permanente”, acrescenta. Somente no ano passado, 28.050 brasileiros receberam o green card, o maior volume já registrado.
De acordo com dados do Departamento de Trabalho americano, os EUA têm, hoje, 8,1 milhões de vagas abertas. No entanto, são 6,6 milhões de pessoas desempregadas. Mesmo nessa situação, organizações buscam o território para expandir, e o Brasil se destaca como a segunda nação mais recebendo a permissão, atrás apenas da Índia. “Os salários lá são muito elevados em comparação com nossa terra natal, então, profissionais altamente qualificados acabam sendo atraídos por esse cenário”, explica a especialista.
A língua inglesa como um impasse
Consoante pesquisa da Viva América, com 457 respondentes, 92,1% dos cidadãos saindo do país não tem inglês fluente e a maioria deles não se sente confortável com a língua em situações corriqueiras do cotidiano. Assim, somente 20,1% deles afirmaram ter confiança nesse sentido, em reuniões das escolas de seus filhos, por exemplo, para realizar uma apresentação no trabalho (21,2%), ou conversar com o médico durante uma consulta (25,4%).
Tais resultados são preocupantes e mostram certa falta de preparo dos candidatos, pois, para fazer uma entrevista de emprego fora, apenas 34,8% disseram se sentir aptos. “Muitos imigrantes têm qualificação para ocupar posições pagando bem aqui nos EUA, mas a dificuldade de se comunicar impede a eles progredirem em suas carreiras ou tenham mais oportunidades. Por isso, não raramente, vemos trabalhadores com anos de estudo em vagas de entrada no meio laboral”, aponta Rodrigo Costa, CEO da Viva América.
Nesse sentido, um relatório do Brookings, se faz relevante. Lá, é nítido como imigrantes fluentes ganham 17% a 135% mais. “O processo imigratório não exige qualquer conhecimento nesse viés, mas é essencial para, uma vez aqui, se desenvolver. O problema é, muitas vezes, a tendência de ficar perto de seus conterrâneos, por facilidade de adaptação, formando comunidades em cidades específicas, onde você pode fazer muitas coisas em português. Isso acaba dificultando o aprendizado”, analisa o executivo. Todavia, 43,5% dos respondentes fizeram curso do idioma, por pelo menos seis meses, antes de viajar.
Acesse o nosso Instagram @nube.empresas e confira dicas, informações e a cobertura da TV Nube sobre eventos focados no RH. Também divulgamos vagas e demais conteúdos focados em candidatos em @nubevagas. Para contratar estagiários e aprendizes, entre em contato conosco. Esperamos por você!