Atuar fora do país de origem é o desejo de muitos. Todavia, para dar luz a esse sonho, é indispensável ficar atento e se planejar corretamente. Após conseguir a oportunidade, algumas pessoas apresentam dúvidas a respeito dos próximos passos e qual jornada ideal seguir, tendo em vista os trâmites administrativos e financeiros. Ademais, a possibilidade abrange também o home office, uma flexibilidade maior com atividades externas, mesmo sem sair da terra natal. Entenda mais sobre os procedimentos associados e como ter sucesso em cada um deles!
A comunicação em primeiro lugar: a relevância de ser bilíngue!
Quem tem vontade de solidificar a carreira em multinacionais, sejam elas internacionais ou não, necessita se comunicar corretamente além do português. A razão disso vem da grandeza dessas companhias, com clientes e filiais em diversos lugares ao redor do globo. “Quando pensamos em um segundo idioma, o primeiro em mente e na lista de prioridades é o inglês. Trata-se da língua universal dos negócios, então ser fluente é mandatório para todos. Contudo, não é mais o suficiente. O espanhol passou a ser ‘quase’ tão indispensável quanto”, afirma o engenheiro e escritor Denys Vojnovskis.
Essa precisão se justifica, inicialmente, devido à geografia. “Se quisermos fazer negócios com nossos vizinhos, temos de aprender a conversar com eles”, diz. Assim, para os negócios o espanhol se destaca. Outro ponto, vem do fato de muitas entidades estabelecidas em solo brasileiro utilizarem o escritório como sede latino-americana, estando em contato com colegas, clientes e parceiros das nações ao redor. “Assim, a lógica é simples: se o profissional não tiver fluência, não será contratado para o cargo e poderá deixar uma grande chance passar”, afirma.
As burocracias envolvidas em estar fora de casa
Os Estados Unidos é um dos países com maior índice de contratação de brasileiros (67%), segundo estudo da Deel. “Conquistar uma vaga ou um freela na gringa, em especial nos EUA, é uma demanda crescente, mas é importante estar em dia com suas obrigações fiscais e ter muito clara a sua gestão financeira”, comenta Samyra Ramos, especialista de marketing da Higlobe. “Estar atento às mudanças em relação às leis e também sobre a forma de recebimento dos pagamentos é uma parte fundamental desse processo”, acrescenta.
Tendo em mente essas indagações, algumas dicas fazem a diferença:
- Leia o contrato: saber as cláusulas, entender quais são as obrigações, suas e da empresa, analisar o valor salarial, assim como forma e data de pagamento são alguns dos pontos a se observar antes de assinar o acordo.
- Separe os documentos: visando facilitar possíveis burocracias, é indispensável deter sempre em mãos registros como RG, CNH, passaporte, comprovante de residência e de conta bancária. Para isso, o ideal é verificar a validade e qualidade física, assim como ter guardado na nuvem as versões digitais.
- Abra uma conta na moeda estrangeira: receber em dólar é uma das grandes vantagens de estar fora do Brasil. Logo, uma excelente opção é deter um perfil bancário focado nessa demanda, visando agilizar processos e diminuir gastos com taxas de transferência e câmbio.
De acordo com a pesquisa “Futuro do Trabalho”, da Futuros Possíveis, com a Opinion Box, 70% dos entrevistados já consideraram vagas remotas para fora. “O fato da remuneração ser em dólar é um grande diferencial. Com isso, surgem muitas dúvidas de como receber e administrar da melhor forma”, comenta Samyra.
Dessa maneira, trabalhar para empresas americanas requer encontrar novos métodos de organização financeira. Pensando na obtenção do dinheiro, mudanças no mercado impactam diretamente na cotação do dólar, aumentando ou diminuindo o custo. Para uma administração adequada dos lucros, o essencial é observar o cenário e analisar se está favorável para a conversão. Nesse viés, uma boa estratégia é a melhor escolha para definir o momento de transferência.
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