A colocação efetiva de pessoas com deficiência no universo laboral é uma pauta relevante para o progresso social. Tal objetivo envolve desde a adaptação dos ambientes de ofício e das práticas de gestão, até a formação de uma mentalidade reconhecendo o potencial de todos. Esse propósito oferece a contribuição ampliada de habilidades únicas, porém, para ser efetivo, demanda um compromisso coletivo de empregadores, governo e cidadãos, visando eliminar barreiras, garantir acessibilidade e fomentar a valorização das diferenças. Saiba mais sobre o assunto e aprimore o seu negócio!
A realidade de PCD’s no meio laboral
O número de vagas disponíveis para Pessoas com Deficiência (PCDs) cresceu 22,79%, de acordo com dados do Banco Nacional de Empregos (BNE). De janeiro a abril de 2023, estavam disponíveis na plataforma 588 vagas voltadas para esse público. No mesmo período de 2024, o número chegou a 722. Ainda, a quantidade de currículos cadastrados também apresentou aumento, passando de 1.412 nos quatro primeiros meses do ano anterior para 4.675 agora. Um aumento de 231,09%.
Todavia, um levantamento elaborado e divulgado em julho de 2023, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022 (PNAD - IBGE), expôs o Brasil como morada de 17,5 milhões de pessoas com deficiência (PCD) em idade de trabalhar. No entanto, desse grupo, apenas 5,1 milhões estão ativas, trazendo à tona a importância da diversidade nas companhias, com chances igualitárias e acessíveis. “Empresas com o compromisso de criar uma cultura organizacional empática, valorizando as habilidades e contribuições, têm ainda mais chance de alcançar o sucesso”, avalia José Tortato, COO do BNE.
Essa contratação, no geral, apesar de imposta e obrigatória por lei em casos, vai além do cumprimento dessas normas. “A inclusão desse público amplia a variedade de perspectivas, promovendo a inovação e a resolução de problemas. Diferentes experiências de vida trazem abordagens singulares para os mais variados desafios, resultando em soluções mais criativas e eficazes”, comenta Camila Rodrigues, gerente da Employer Recursos Humanos de Campinas. Todavia, para ter êxito nesse procedimento, é crucial ter atenção e cuidado desde o início do recrutamento.
A importância de uma seleção humanizada
O processo seletivo é o momento dos candidatos serem avaliados com minúcia e selecionados aqueles com o perfil mais adequado à circunstância. Todavia, com a correria da rotina e as altas demandas, pode haver uma falta de tato ao decorrer das etapas, trazendo a necessidade de diálogos mais empáticos, transparentes e agradáveis. “Estamos lidando com seres humanos e, portanto, é fundamental conduzir de forma humanizada, acolhedora e empática”, analisa Aliesh Costa, CEO da Carpediem RH.
“Isso proporciona uma experiência mais positiva, aumentando sua motivação em relação à empresa e, pelo lado das organizações, estas conseguem atrair os melhores talentos”, acrescenta. O método visa pelo respeito mútuo, pois possibilita a real compreensão de necessidades, singularidade e expectativas. “O profissional deve ser o centro das avaliações e o gestor precisa lembrar sempre de dar feedbacks construtivos e sinceros, criando um espaço de conversa equitativo”, indica Aliesh. Assim, ela dá 4 dicas para prosseguir com ações nesse viés:
- Relação de parceria: para deixar a pessoa mais a vontade e estimular a transparência, é fundamental compartilhar, em detalhes como vai funcionar cada fase da jornada;
- Escuta ativa: todos merecem ser tratados com equidade e empatia. “Isso inclui ser pontual, ouvir atentamente as histórias e dúvidas, assim como respeitar a privacidade e individualidade de cada um”, orienta a especialista;
- Empatia com o próximo: o recrutador deve colocar-se sempre no lugar do candidato. Ou seja, mesmo sem ser selecionado, um retorno é essencial;
- Redução de formalidades: é interessante reduzir barreiras, optando por atividades mais informais e descontraídas. Esse clima agradável pode ser obtido com jogos, dinâmicas e uma recepção calorosa.
Quando se trata de pessoas com deficiência, a metodologia se mostra ainda mais significativa, pois aborda a todos com máxima aceitação. Isso traz, para as instituições, inúmeros ganhos, pois já é comprovado como equipes múltiplas tendem a ser mais produtivas e engajadas. “Locais investindo em programas de D&I tendem a ter uma melhor imagem pública, atraindo clientes e os melhores talentos, além de demonstrar para os colaboradores seu comprometimento com a igualdade”, finaliza Tortato.
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