Um dos principais motivos das empresas é criar um lugar de trabalho favorável para todos exercerem suas funções. Porém, em alguns casos, o medo amedronta muitos colaboradores nessa rotina. Passar muitas horas do dia em um local “pesado” impossibilita o seu desenvolvimento e acaba sendo prejudicial para ambas as partes. Por isso, a presença de um bom líder para propiciar uma atmosfera mais leve, acaba sendo fundamental.
Ao não seguir esses moldes, danos são causados e refletem nas ações dos trabalhadores. Muitos não atingem os resultados esperados, vivem desmotivados, contam os minutos para encerrar o expediente e essas vivências recaem sobre a sua própria vida pessoal. Podendo ter riscos de não ter boas noites de sono, ficar ansioso, ter estresse, ser pessimista e entre outros sentimentos florescidos pelas experiências na organização.
De acordo com uma pesquisa feita pela Talenses Group, com 590 líderes no Brasil, as principais razões para saídas de funcionários foram abuso de poder (58%), manipulação emocional (54%), comunicação agressiva (45%), abordagem autoritária (39%), excesso de controle (31%), não reconhecimento pelo trabalho dos colegas (27%), ausência de feedback construtivo (24%), falta de disposição para ouvir (16%), assédio (moral e/ou sexual) (4%) e falta de ética (2%).
Esses pontos podem ser vistos de diversas formas. “A liderança tóxica não é apenas sobre chefes temperamentais ou autoritários. Ela se manifesta de várias maneiras, além de criar um ambiente de trabalho permeado por medo, desconfiança e ansiedade, onde os funcionários se sentem desvalorizados e desmotivados”, afirma Luciana Lima, especialista em liderança e gestão de pessoas.
O estudo ainda revela a igualdade neste impacto, com 56% das mulheres e 55% dos homens considerando a possibilidade de deixar seus empregos devido a uma gestão prejudicial. Ou seja, nesse caso, não há uma seletividade em cobranças, recai sobre um todo.
Quando há tolerância nesses aspectos corre o risco da instituição perder o seu capital humano mais valioso e a sua posição no mercado. Trazendo malefícios não apenas para o bem-estar do grupo, mas para o conjunto como um todo. Quando isso é visto, os objetivos não são conquistados. Dessa forma, o crescimento é paralisado e a cultura organizacional do local abalada.
Criar estratégias para introduzi-las neste meio é essencial para o combate dessas práticas na esfera corporativa. “A melhor forma de combater a gestão repressiva nas corporações é estabelecer como princípio básico a liderança não ser apenas sobre alcançar resultados e metas, e sim sobre gerir pessoas. Além de deixar claro, não criar uma filosofia de medo, ter comportamento abusivo e ser autoritário”, afirma Sandra Cipriano, gerente de inteligência de marketing do Nube.
Como combater a gestão tóxica?
Existem algumas formas de gerenciar a sua equipe de maneira saudável para valorizar a satisfação de cada colaborador. Algumas delas são:
- Manter boas relações;
- Estar aberto ao diálogo com o seu time;
- Ser transparente com as pessoas;
- Uma boa liderança.
De acordo com Luciana, ações precisam ser tomadas para ter uma melhora. “As empresas devem tomar medidas concretas para lidar com esses desafios e promover ambientes de trabalho mais saudáveis e inclusivos. Essas iniciativas não apenas oferecem aos funcionários uma plataforma para reportar comportamentos prejudiciais, mas também asseguram um espaço para as preocupações serem tratadas de forma séria e eficaz”, pontua.
Quando isso é inserido no meio corporativo, as ouvidorias, por exemplo, asseguram um ambiente de trabalho mais ético, transparente e sustentável, fortalecendo a cultura organizacional do local. Por isso, o papel da chefia é de extrema importância para supervisionar e guiar as pessoas a um caminho positivo e não ao retrocesso.
Por meio dessas ações, a melhor forma é trabalhar com a transparência e manter o seu time motivado para alcançar grandes resultados. Mediante isso, o ambiente ficará mais leve e você receberá bons feedbacks da sua equipe.
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