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Liderança e saúde mental: pilares de uma empresa 

Notícia | 29/10/2024

Carolina Amaral

A liderança, apesar de ser a meta de muitos, é um cargo de enorme responsabilidade e traz consigo dificuldades ímpares. Atualmente, uma das maiores dores dentro da sociedade diz respeito à saúde mental e, no mercado de trabalho, esse fator é ampliado, depositando um foco nas empresas para a promoção do bem estar de seus colaboradores. 

No entanto, nesse cenário, o tema está diretamente relacionado à produtividade e os locais sem a devida atenção ao assunto terão problemas acentuados de turnover, engajamento e clima organizacional. Logo, é crucial ampliar o conhecimento no âmbito para gerar espaços mais abertos e aconchegantes aos times. Faça isso agora com o auxílio do Nube!

 

Bem estar dos times e empresas

De acordo com pesquisa, de 2023, da FGV‘, 45% dos respondentes admitiram redução de horas ou ausência de jornada devido ao psicológico. No levantamento, 54% admitiram ter sofrido com algum transtorno e 63% disseram não ter apoio dos superiores para lidar com a doença. Em relação às consequências, quase 60% se desligaram pelo mesmo motivo. Ainda, 56% dos participantes revelaram conhecer pelo menos uma pessoa afastada devido a tais razões. 

“Em um ambiente onde as pessoas são mais ativas, o aprendizado acontece, aumentando o nível de desempenho e realização pessoal”, comenta a psicóloga organizacional, Patricia Ansarah. Para ajudar a chefia a identificar sinais negativos no estado das equipes, a especialista destaca quatro pontos:

  • Preparação dos gestores: treinamento é crucial para identificar comportamentos atípicos, alfabetizando a marca para entender os sintomas aparentes.
  • Estimulação de diálogo: as entidades podem usar os indicadores a seu favor, acompanhando com atenção a performance e o comportamento interno, como o absenteísmo e, a partir disso, buscar a conversa constante.
  • Escuta ativa: quando há uma boa relação entre o gestor e a equipe, a comunicação é favorecida com uma boa relação, sendo recomendado falar sobre o tema, além de educar sobre emoções e doenças.
  • Flexibilização de horários: a adequação da carga ao escopo do funcionário pode incentivar a aproximação, com um horário flexível ou período de home office.

 

Confiança no time: pilar de bem estar

Um alto nível de engajamento contribui para maior qualidade, rendimento e lucratividade. Todavia, a ansiedade e depressão são inibidores desse sentimento. Segundo pesquisa da Cogent Business & Management, baixos níveis nesse sentido levam a diminuição da moral e da produtividade, aumento da rotatividade, maiores índices de acidente e grandes perdas financeiras. Por outro lado, indivíduos alegres relatam 74% menos estresse, 106% mais energia, eficiência 50% maior, 13% menos dias de afastamento, 29% mais felicidade e 40% a menos de chance de terem Burnout.

Nesse contexto, uma cultura de confiança gera maior colaboração entre os membros, maior permanência e diminuição de emoções ruins. Esse tipo de ação, quando pautada pelos superiores do negócio, tem o poder de romper ciclos tóxicos e criar ambientes seguros. Para fortalecer o processo, alguns passos tendem a se sobressair:

  • Reconhecimento de esforço e conquistas: a neurociência comprova um forte efeito da condecoração na disposição dos colegas. De acordo com um estudo da Great Place to Work, receber um obrigado genuíno pode elevar até 69% a probabilidade de melhora nas entregas e dedicação, pois é visto como um incentivo.
  • Desafios contínuos: quando indivíduos de um mesmo grupo atuam juntos para alcançar um objetivo em comum, a atividade cerebral coordena os comportamentos de maneira mais eficiente, facilitando a cocriação de soluções inovadoras. Todavia, para isso, é imprescindível dar o suporte adequado para lidar com a complexidade do projeto, pois, se o prazo for curto ou as exigências estiverem acima da capacidade técnica, isso só vai causar o efeito contrário. 
  • Liberdade interna: o microgerenciamento, ou seja, autonomia para a realização das tarefas, leva a um desenvolvimento dos subordinados e convencimento sobre seu potencial.

 

Liderança é responsável por guiar o grupo

No geral, administrar gente não é uma tarefa fácil, sendo crucial manter a comunicação assertiva e transparente, com conversas individuais, delegação de demandas de forma clara, além de manter canais abertos para relacionamentos. O local também precisa ser  o mais saudável possível, com empatia, respeito e cultura de feedback ativa. Por fim, estar a frente significa ser inspirador. Logo, é preciso entender o funcionamento e, se necessário, recalcular a rota para guiar os subalternos.  

“Liderar pessoas não é uma ciência exata. Vai além de apenas delegar e cobrar resultados, até entender as precisões da equipe, gerando entusiasmo e positividade para extrair o melhor de cada um. Um bom gestor torna-se referência mesmo diante das adversidades, porque abre espaço para os erros serem compartilhados e transformados em oportunidades de crescimento”, finaliza Patrícia Sanchez, head de pessoas na Up.p.

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