Durante a expansão da Covid-19 e o isolamento social forçado, o home office foi uma alternativa encontrada para movimentar o mercado mesmo em tempos de crise. Atualmente, depois do controle da doença, muitos locais apresentam dificuldades de trazer os contratados de volta ao ambiente físico, após um longo período 100% on-line. Essa realidade coloca em xeque o futuro desse modelo, seja para aprendizes, estagiários ou efetivos. Saiba mais sobre o contexto e quais seus desdobramentos.
Uma tendência em ruína?
Apesar de, nos últimos anos, o teletrabalho ter se tornado popular no mundo corporativo, com o fim da pandemia e a volta à normalidade, essa tendência tem caído em declínio. No início deste ano, a IBM, nos Estados Unidos, exigiu dos empregados de atuação remota e moradia distante da sede a se mudarem para cumprirem o regime híbrido. Além deles, outras grandes firmas decidiram adotar políticas de retorno ao presencial, implementando sistemas de monitoramento.
Essa decisão é, muitas vezes, justificada por uma queda de rendimento, mas pode ser incentivada por outros fatores. “Está sendo motivada muito mais por um conflito de gerações. Líderes acostumados a trabalhar no escritório, herança do modelo industrial e homens sem conseguir conciliar o dia a dia do lar com a rotina profissional. Nunca medimos a produtividade dos funcionários e sim as horas trabalhadas”, indica Daniela Klaiman, CEO da FutureFuture.
Conforme pesquisa da Robert Half, 71% dos entrevistados pretendem trocar de área de atuação, segmento ou profissão, para receber um salário mais alto, qualidade de vida, benefícios atrativos, oportunidades remotas ou híbridas. De fato, visando reter e atrair talentos, determinados estabelecimentos estão focando em uma modernização dos espaços com propostas inovadoras, criando atrativos de incentivo ao time para comparecer. “A medida deveria ser por ‘entregas’, mas os gestores de hoje não sabem liderar dessa forma. Para isso acontecer, é necessário redesenhar toda uma cultura para medir efetivamente a produção dos subordinados, em todos os seus níveis, além de novas tecnologias permitindo uma conexão melhor e mais próxima”, conclui Daniela.
A flexibilidade em destaque
É interessante analisar o quão significativo é, para os colaboradores, contar com atrações chamativas para uma melhor vivência laboral. Isso porque, a flexibilidade segue como um tópico principal. De acordo com o LinkedIn, em 2023, 80% dos recrutadores relataram esse como um fator importante na hora de contratar. Já consoante a McKinsey Global Institute, a economia global pode ter um ganho de US$ 13 trilhões até 2025 com a adoção de modelos maleáveis.
As relações presenciais são importantes para criar vínculos entre os colegas, porém ainda há a necessidade de uma liderança inspiradora, processos eficientes e uma cultura respeitosa, aspectos insubstituíveis por bonificações. “O escritório deve ser um lugar onde as vantagens da interação humana floresçam, indo além do antigo e maçante convencional. É necessário buscar um equilíbrio entre a interação e a versatilidade, considerando sempre o bem-estar”, comenta Bruna Lofego, CEO & founder da CWK Coworking.
No geral, a onda em andamento é de uma volta gradativa ao tradicional comparecimento às salas palpáveis de ocupação, mas é crucial cada instituição avaliar sua situação atual e como passará por esse processo. “Precisamos ir além das superfícies e criar uma área de promoção de uma liderança eficaz, processos claros e uma cultura de valorização da qualidade de vida. Somente assim será possível construir um futuro de fato engajador e satisfatório”, finaliza Bruna.
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