A pandemia da Covid-19 obrigou funcionários de diversos setores a exercerem suas funções longe do escritório das firmas, tornando as vagas oferecidas neste modelo muito populares durante quase dois anos. Assim, o começo de 2020 trouxe uma nova realidade a qual impacta diretamente estagiários, aprendizes e trabalhadores no geral. Contudo, apesar da predileção pelo teletrabalho nos últimos tempos, há debates sobre essa opção ainda ser a preferida no mercado. Entenda mais sobre essa questão agora!
Uma queda nas predileções do teletrabalho
Três anos após o início da crise sanitária, a qual acarretou em profundas transformações nas relações de trabalho, a discussão a respeito do modelo ideal não chegou a um consenso e tem trazido desafios. Cresce a quantidade de locais com o retorno integral, porém, há profissionais os quais não abrem mão da flexibilidade do híbrido e estão dispostos a buscar um novo posto na impossibilidade de uma atividade ao menos parcialmente remota.
Com o isolamento social, advindo de uma tentativa de controle da doença, criou-se um cenário onde se imaginava para o futuro haver as vagas a distância ampliadas para os anos seguintes. Porém, o movimento de volta aos escritórios tem ganhado força. De acordo com uma pesquisa do Nube com 14.638 participantes, a maioria (62,93%) considera essa uma boa alternativa para firmas em tempos de crise; assim como 13,30% não tem contato com a modalidade, mas é o tem como sonho. Para 10,07%, atuar dentro da corporação é melhor para vivenciar o ambiente e 9,58% considera uma excelente opção para quem mora longe. Uma minoria (4,12%) sente vontade de atuar no molde, mas não tem equipamentos adequados nem Internet de qualidade.
Uma alternativa para balancear a rotina é o serviço híbrido, uma junção de ambas as opções. Com o coronavírus, muitas entidades passaram a dividir a semana entre o escritório e as casas. Hoje, mesmo com o retorno ao novo normal, algumas delas ainda continuam a exercer essa alternativa. “Em termos gerais, as empresas possuem o direito de estabelecer as condições de emprego fornecidas aos empregados e caso o funcionário se recuse a exercer sem motivo pertinente, pode ser excluído do processo seletivo”, explica a advogada Ana Paula Cardoso, do escritório Aparecido Inácio e Pereira.
De olho nos contratados
No Brasil, as ferramentas para monitoramento podem utilizar diversos mecanismos, como acompanhamento de páginas acessadas e programas executados pelos mesmos. Além disso, alguns softwares realizam checagens periódicas da localidade, por meio do computador corporativo. Todavia, essa checagem não é prevista por nenhum tipo de legislação, ou seja, não há nada regulamentando ou proibindo esse tipo de prática. Assim, o indicado é buscar uma composição amigável entre as partes.
Outro ponto crucial nesse viés é possuir um bom planejamento, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com a preservação de informações confidenciais, além de manter a transparência e o diálogo, a fim de informá-los sobre essas políticas. “A comunicação é fator essencial em qualquer ofício. Então, caso a ação seja realizada por parte da firma, é vital os colaboradores saberem e entenderem as diretrizes do mesmo”, esclarece a especialista.
O híbrido tende a ser o ideal para a maioria
Segundo a 24ª edição do Índice de Confiança Robert Half, a mescla de períodos remotos e presenciais ainda é preferido pela maior parte dos entrevistados, tanto na visão das organizações quanto na opinião dos subordinados. Entre as companhias, 59% estão funcionando em modelo híbrido, 33% exigem a presença diária no escritório e apenas 8% seguem totalmente on-line. Do lado dos empregados, 76% consideram a volta parcial como o molde ideal de atuação, enquanto 18% indicam o home office integral e somente 6% o físico full time. “Os trabalhadores anseiam por formatos flexíveis. Assim como o mundo, as pessoas mudam e o ofício também. A forma de ocupação tornou-se um fator decisivo, capaz de impulsionar pedidos de demissão e mudanças em prol de mais bem-estar, qualidade de vida e saúde mental. Nota-se como também há uma valorização do contato e a interação”, destaca Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.
Conforme a pesquisa, o retorno 100% levaria 38% da população economicamente ativa a buscar um novo cargo. Em contrapartida, seguradas pelas justificativas de enfraquecimento da cultura organizacional, percepção de queda na produtividade e dificuldades com a gestão remota, vem crescendo o número de instituições planejando retomar as atividades assim. Em relação a essa escolha, houve um aumento percentual de três pontos no comparativo com o último trimestre.
Fica cada vez mais evidente, no entanto, como os desafios de adaptação às transformações da sociedade proporcionaram barreiras no recrutamento de formandos qualificados, além de obstáculos na retenção de talentos. Segundo o ICRH, 39% dos responsáveis por essa seleção já estão vendo funcionários buscarem uma nova vaga depois da entidade decidir pelo retorno e 23% têm o receio disso acontecer no futuro.
O cenário torna-se ainda mais complexo ao levar em consideração a taxa de desemprego entre os qualificados, aqueles a partir dos 25 anos com ensino superior completo. Consoante o ICRH, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, o índice de desocupação nessa categoria foi de apenas 4,1% ao final do primeiro trimestre de 2023. A taxa geral, incluindo essa categoria de cidadão, foi de 8,8%. “Enxergo os últimos anos como uma comprovação de como uma gestão assertiva pode ser feita de perto ou longe da equipe. A boa governança, é responsável por determinar o nível de compromisso com o serviço. O anseio por flexibilidade definitivamente veio para ficar e os estabelecimentos contando com esse diferencial serão os mais desejados, admirados e reconhecidos. Portanto, para contar com os melhores, capacitar e adequar a administração a essa nova realidade deve estar no topo das prioridades”, finaliza Nogueira.
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