Em um cenário de competição acirrada no mercado, enfrentar o desafio de manter os colaboradores por períodos prolongados dentro da mesma empresa é uma das questões primordiais para os empreendimentos e os profissionais de Recursos Humanos. Com mudanças nos estilos de vida e nas prioridades, os brasileiros agora buscam oportunidades além de simplesmente suprir suas necessidades básicas. Eles estão interessados em companhias preocupadas com seu bem-estar, saúde e reconhecimento.
Os colaboradores não estão satisfeitos
Segundo um estudo conduzido pela Robert Half, 64% dos participantes planejam mudar de emprego em 2024. Dentre os motivos, estão o desejo de desenvolvimento, elevação salarial, melhores benefícios e a preferência por modelos de atuação remoto ou híbrido. Isso serve como um alerta para os gestores.
Para o gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil, Wander Luiz, "o turnover afeta os processos e os resultados de uma corporação, acarretando perda de tempo e custos financeiros. Atualmente, encontrar talentos qualificados é uma tarefa árdua. Portanto, é crucial prestar atenção em seus subordinados, para compreender seus níveis de satisfação e descobrir maneiras de mantê-los engajados".
Nesse sentido, o Nube realizou uma pesquisa com mais de 8 mil jovens e perguntou “Qual dessas situações é a mais desmotivante?”. As respostas foram:
- 56,47% - Nunca ser reconhecido pelo meu trabalho
- 14,46% - Ser contratado para um tarefa e atuar em outra
- 12,37% - Fazer as mesmas atividades de um colega com um salário maior
- 8,76% - Acumular funções de outras pessoas
- 7,64% - Realizar atividades diferentes de minha formação
Considerando essas razões, o executivo destacou algumas sugestões para reter o time. Confira:
Desenvolvimento profissional:
A perspectiva de avanço na carreira figura entre os principais impulsionadores de uma cultura corporativa positiva. "Proporcionar oportunidades de capacitação, programas de treinamento internos, apoio financeiro para cursos universitários ou aprendizado de novos idiomas são aspectos essenciais", destaca o gerente.
Bem-estar e saúde:
Após os desafios enfrentados nos últimos anos, as equipes de RH não podem negligenciar o debate sobre bem-estar e qualidade de vida no ambiente de trabalho. "Esses fatores estão diretamente relacionados ao engajamento, satisfação e produtividade", argumenta Luiz. Portanto, é válido promover hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas, campanhas temáticas e facilitar o acesso a medicamentos, planos de saúde, entre outros.
Remuneração competitiva:
"Se o salário recebido não está alinhado com o esforço e capacidade, vão atrás de vagas mais bem remuneradas". Portanto, aumentos periódicos e bonificações por resultados fazem os membros se sentirem valorizados e, consequentemente, entregam mais de si.
Conforme levantamento da GoAhead, o ambiente saudável e emocionalmente estável é prioridade para 48%. Para 51%, esse aspecto facilita o dia a dia de trabalho. Quando pensam no "emprego ideal", 52% esperam benefícios como plano de saúde, gympass, entre outros. Na prática, apenas 30% das organizações correspondem a essas expectativas. Ainda, 43% dos respondentes gostariam de receber cursos de capacitação e, para 42%, a vaga ideal deveria oferecer aprendizado constante. No entanto, 30% dos participantes não têm essa sorte no cargo atual.
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