Adentrar no mercado de trabalho, seja como empreendedor ou contratado, não é uma tarefa fácil. Isso porque, são encontradas diversas pedras no meio do caminho, contribuintes para a realidade não corresponder com as expectativas. Dessa forma, traçar um caminho para seguir tende a gerar emoções negativas como insegurança, medo e ansiedade. Contudo, estudar bem o âmbitos, entender as possibilidades frente a situação e desenvolver uma perspectiva de sucesso é imprescindível para uma jornada assertiva. Entenda mais sobre o tema e como desenvolver tais habilidades.
Uma parcela considerável da população não tem uma gestão organizada do seu futuro profissional
Sem um planejamento estruturado, alcançar certos sonhos se torna algo mais incerto. Conquistar um cargo de liderança, um emprego em uma empresa admirada ou uma nova posição em uma área de trabalho está diretamente relacionado a se preparar bem. Esse tipo de organização, normalmente, costuma ser feita no início do ano, com novas etapas e experiências pela frente. Todavia, é algo a ser realizado durante toda a vida.
Estabelecer metas, estratégias e critérios para avaliar a trajetória profissional é fundamental para lidar com os desafios comuns em qualquer evolução. Nesse sentido, uma pesquisa da Robert Half deixa clara a importância do protagonismo do profissional em relação à sua carreira, mostrando como 49% dos permanecentes não tem um plano estruturado.
Os dados complementares da 22ª edição do ICRH pontuam 58% das firmas sem intenções de ofício bem constituídas. Dentre as quais sinalizaram possuir, 71% consideram ser claramente comunicado aos colaboradores. Já entre os empregados permanentes contando com esse artifício, 89% revisitaram o seu planejamento no último ano (18% entre os últimos seis meses e um ano, 43% nos últimos seis meses e 28% no último mês).
O levantamento também deixou claro como, em meio aos admitidos para projetos contando com táticas assim, 85% a revisaram em 2022 (10% entre os últimos seis meses e um ano, 45% nos últimos seis meses e 30% no último mês). Sobre os desempregados seguindo essa linha de raciocínio, 82% se atualizaram (16% entre os últimos seis meses e um ano, 36% nos últimos seis meses e 35% no último mês).
Seguir o propósito de ser o seu próprio chefe, ou ter um negócio, é algo, muitas vezes, complexo e demorado, levando a muitos desistirem no meio do percurso. Entretanto, independentemente das motivações para tal atitude, uma escolha como essa deve ser bem pensada e não carregar culpa. No geral, é fundamental uma noção de bem estar e até mesmo um acompanhamento psicológico, para a frustração não reduzir a autoconfiança e nem o impedir de conquistar boas vagas. “Quando somos tomados pelos nossos sentimentos, não conseguimos agir e decidir de forma coerente, alinhada com os verdadeiros valores e objetivos. O ressentimento vindo muitas vezes quando a pessoa desiste de empreender pode afetar sua autoestima, descredibilizando a si mesma e levando-a, inclusive, à autossabotagem”, opina o escritor Uranio Bonoldi, especialista em negócios e tomada de decisão.
As razões para a mudança no cenário são variadas, seja porque as coisas não foram tão bem quanto gostaria, ou então, apenas percebeu ter maior aptidão para outras funções. Seja qual for, a sensação de constrangimento pode aparecer, principalmente na hora de admitir para os outros indivíduos essa nova realidade, longe da administração de uma marca. “É comum a família e os amigos apostarem muito no sucesso, mas isso pode acabar pressionando a manter os negócios. O ideal, portanto, é a decisão ser muito bem refletida, para se ter mais confiança, desconsiderando as opiniões de terceiros. Afinal, as escolhas tomadas são responsabilidade nossa, não podem ser delegadas a mais ninguém”, completa o autor.
O networking é fundamental para crescer
Se o desejo atual é encontrar oportunidades, construir uma rede de contatos sólida é crucial, especialmente com quem pode indicar uma boa chance, conhecendo seus serviços. Da mesma forma, é relevante aumentar os relacionamentos buscando ampliar uma busca em outras áreas de atuação. “Use cada experiência tida como aprendizado. Mostre aos futuros empregadores como essa fase da sua vida contribuiu para torná-lo melhor e como ainda pode agregar para a empresa a qual está se candidatando”, indica o escritor.
Nesse contexto, para as mulheres, poder haver, até, empecilhos a mais, pois os contratempos vão desde o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal até a falta de acesso a recursos e financiamento. No entanto, com a abordagem correta e as ferramentas adequadas, as líderes femininas podem superar isso. Para auxiliar esse processo, Gabrielle Vieira, diretora de operações da FHE Ventures dá sete orientações:
- Defina os objetivos: antes de começar, identifique seu nicho, proposta de valor e intuitos em longo prazo.
- Faça uma pesquisa de mercado: é essencial avaliar tudo para entender o ambiente, conhecer os concorrentes e compreender as necessidades dos clientes.
- Tenha mentores: busque aconselhamento de pessoas com vivências e conhecimento. Redes de networking podem ser recursos fantásticos.
- Gerencie as finanças: certifique-se de ter recursos sólidos e administre seu dinheiro de perto. Mantenha registros precisos e monitore regularmente os fluxos de caixa e as despesas.
- Cuide da saúde mental: isso é essencial para garantir sempre o melhor desempenho. Encontre equilíbrio, estabeleça limites, aprenda a delegar tarefas e tenha tempo para o descanso.
- Seja resiliente: o empreendedorismo pode ser uma jornada complexa, por isso é relevante ser paciente e manter-se motivada e positiva, mesmo diante dos impasses.
- Invista em si mesma: aposte em seu próprio progresso com cursos, workshops e outras oportunidades de aprendizado.
“Todas essas dicas são importantes, mas não garantem o êxito. Portanto, prepare-se. Leia tudo sobre o seu propósito. Dedique-se a aprender o assunto. Desafie-se a estudar durante a vida inteira, tornando-se a melhor do mundo. Persista, o caminho sempre se abre para uma pessoa determinada”, finaliza a especialista.
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