Sua empresa tem enfrentado uma redução na eficiência de suas equipes? Muitas vezes, esse problema não está relacionado à qualidade e competência dos colaboradores. Na verdade, pode ser resultado de um fenômeno chamado “quiet quitting" (demissões silenciosas, do inglês), responsável por afetar inúmeras companhias Brasil afora. Esse fato maligno é oriundo de uma falta de alinhamento entre o funcionário e sua ocupação. Como produto, o indivíduo perde o interesse e o prazer na labuta, passando a produzir o mínimo necessário – na esperança de ser demitido. Quer entender como esse cenário surge e qual a melhor maneira de lidar com cada perfil de colaborador? Acompanhe a matéria a seguir!
Raízes do quiet quitting
A motivação por trás desse evento não possui um padrão ou fórmula mágica. Todavia, ao analisar o panorama de forma mais ampla, é possível identificar algumas consistências. Os equívocos podem residir tanto na corporação quanto no indivíduo. Em essência, o desencontro ocorre quando o cidadão deixa de ser compatível com a rotina e cultura do estabelecimento. Para muitos, essa mudança de sintonia pode começar já no processo de seleção. De acordo com o levantamento da EDC Group, 11,9% dos respondentes são adeptos à prática. Desses, 47,53% são compostos por profissionais com cargos abaixo das lideranças e 52,47% por gestores. Ou seja, trata-se de uma problemática generalizada, sem posições em maior desprestígio evidente.
A tendência de priorizar uma escolha criteriosa é cada vez mais valorizada no mundo dos negócios. Além de proporcionar satisfação aos novos colaboradores, ela traz inúmeros benefícios para a organização. A felicidade é um dos melhores estímulos para engajar uma equipe. Portanto, a mentalidade empresarial clama por renovação e precisa se libertar das "tradições" do passado, como o acúmulo de funções e demandas. “A força de trabalho brasileira tem uma grande tendência de sobrecarga. Dos estagiários até os presidentes, todos assumem além do previsto em seus cargos. Quando compreendemos o recorte por gênero, 59% das mulheres estão esgotadas, frente aos 57% dos homens’’, analisa Daniel Campos Neto, CEO da EDC Group.
Há também quem interprete o quiet quitting como um sinal de desengajamento, responsável por levar o trabalhador a se rebelar silenciosamente contra o empreendimento. É como se fosse uma espécie de manifesto, um protesto silencioso de insatisfação em relação as suas condições de ofício. No entanto, essa prática não é saudável para nenhuma das partes envolvidas. Esse panorama exemplifica a desproporcionalidade na distribuição das tarefas e a falta de incentivo corrente às companhias. “No momento, não podemos considerar as demissões silenciosas um risco para o mercado. Temos a oportunidade de aprender como esse fenômeno tem se desenvolvido em outros países e aprimorar a forma de gestão do quadro de contratados em nossas instituições”, explica Campos Neto.
Desencontro entre perfil e empresa
A incompatibilidade entre o colaborador e o ambiente organizacional é uma das principais razões por trás das demissões silenciosas. Nesse sentido, utilizar metodologias capazes de identificar o comportamento laboral de cada indivíduo se mostra uma alternativa interessante. Uma abordagem perfeita para a ocasião é a Avaliação DISC, responsável por examinar os aspectos de Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade da pessoa. Esse teste psicométrico e comportamental, desenvolvido pelo psicólogo Dr. William Moulton Marston, busca identificar as características fundamentais de um profissional por meio de uma série de perguntas com abordagem teórica. Para compreender como o quiet quitting pode se manifestar em personalidades diferentes, veja a lista abaixo:
Dominância (Alto D): indivíduos com esse fator como guia de sua personalidade tendem a buscar constantemente metas e desafios. São pessoas dinâmicas, inclinadas a evitar procedimentos formais e minuciosos. Estão sempre ligadas à ação e não descansam até o momento quando todos os objetivos forem alcançados. “Por apresentarem um serviço eficaz, com imediatez, seu foco está sempre nos resultados”, pontua a especialista em recrutamento, Gabriela Mative. Portanto, caso o ecossistema laboral seja muito estático, frio e altamente planejado, elas devem desenvolver antipatia ou aversão a ele.
Influência (Alto I): esse é o cenário para quem busca agregar a todos, disseminar suas ideias, expandir fronteiras para além da estação de labuta e não suporta ficar em silêncio. São movidos por grande liberdade e criatividade aguçada. Logo, tem como foco estimular cada vez mais o relacionamento interpessoal com seus colegas. Além disso, busca a frequente troca de ideias para se manter inovador”, complementa Gabriela. Portanto, se o ambiente for muito isolado, com funções isoladas socialmente, introspectivas e pautadas no planejamentos de dados, os indivíduos com esse perfil tendem a ficar desmotivados.
Estabilidade (Alto S): essas são seres agarrados à harmonia e em busca por locais onde haja escuta ativa, empatia e relações favoráveis. Elas têm um forte apego à estabilidade e tranquilidade no ambiente de trabalho – daí a sua denominação. “O importante aqui é a segurança na entrega de demandas, inovando ou não. O único critério solicitado é estar de acordo com o solicitado”, adiciona a especialista. Portanto, a incompatibilidade ocorre quando a organização é caracterizada pela imprevisibilidade. Um ambiente em constante mudança, com conflitos, indisposições e outros obstáculos, pode semear dúvidas na mente dessas pessoas.
Conformidade (Alto C): esse perfil corresponde à maioria dos engenheiros de plantão. Em outras palavras, são indivíduos metódicos, sistemáticos, planejadores e detalhistas. Eles vivem em um mundo governado por manuais, regras, listas, cronogramas, prazos e etapas, seguindo cada passo cuidadosamente. “A palavra ‘arriscar’ não existe no vocabulário desse perfil. Por isso, exige constância nas ações e a busca inesgotável pela precisão”, indica Gabriela. Assim, para evitar qualquer desalinhamento, deve-se procurar um expediente assertivo e bem definido. Caso a organização não seja disciplinada e não tenha processos bem definidos, a falta de motivação se torna um resultado esperado.
Gostou das dicas? Então, atente-se às carências dos colaboradores, procure metodologias para reverter a situação e, claro, compartilhe o conteúdo com os amigos! A hora para renovar a atuação da sua empresa é agora, basta ter iniciativa. Quer mais toques como esse? Continue nos acompanhando em nosso blog e nas redes sociais. Ah! Não esqueça de conferir o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Para aproveitá-lo ao máximo, deixe sempre as notificações ligadas. Mantenha seu cadastro atualizado, atenda às nossas ligações e consulte o seu e-mail para não perder nenhuma novidade.
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