O reconhecimento e sucesso de uma organização não dependem de uma única pessoa, logo, manter uma equipe com o mesmo perfil e vivências idênticas não faria sentido para multiplicar a experiência e o contato do nome com o público. Nesse sentido, a diversidade tem se mostrado com um tópico além de um bom tema a ser discutido, mas sim, uma atitude a ser aplicada em diversas vertentes de uma companhia. Logo, espera-se uma composição com múltiplas características desde a aprendizagem, o estágio até os cargos de direção. Então veja, nesta matéria, como essa consideração é essencial para a evolução da empresa.
Promover a diversidade no ambiente corporativo faz parte das políticas de ESG
A sigla representa os conceitos Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). Em suma, eles são três pilares fundados em 2004, mas hoje, ditam o futuro do mercado. Isso porque, as políticas acerca desse tópico são essenciais para a sobrevivência humana nos próximos anos. No entanto, ao contrário de um senso comum, esse conceito não trata apenas das iniciativas verdes de sustentabilidade.
A segunda letra “S”, dispensa uma tradução, pois não trata de uma palavra complexa. Ela diz a respeito da vertente social, as quais são influenciadas e geradas pelas entidades na própria sociedade. Nesse sentido, a diVersidade e inclusão (D&I) é uma maneira das companhias contemplarem esse quesito. Além de ser uma forma de empregar pessoas com mais dificuldade, ela é fundamental no combate a inúmeros preconceitos, os quais, por muitos anos, ditaram o meio empresarial. Como por exemplo, as discriminações raciais, LGBTQIAP+ , exclusão geracional entre outras barreiras.
Ao ponderar como esse quesito tem ditado o futuro das corporações, é imprescindível manter uma cultura organizacional com a consideração de todos os tópicos. Isso porque, de acordo com uma recente pesquisa global da Accenture, fazer parte do quadro de funcionários de uma companhia focada nessas ações é o objetivo de 88% dos jovens brasileiros entre 15 e 39 anos. Dentro desse grupo, 60% almejam alcançar oportunidades em corporações com esse direcionamento nos próximos dez anos.
As organizações têm voltado atenção suficiente para a diversidade e inclusão, ou tem sido apenas mais um tópico?
No intuito de medir o quanto isso é aplicado nas organizações, o próprio Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), fez uma apuração. A partir da pergunta: “as empresas estão preocupadas com diversidade e inclusão?”, a maioria das respostas aponta para a presença dessa ação. Com 25.505 entrevistados, 37,69% diz como isso ainda pode melhorar muito, 27,01% não enxerga esse cuidado em todas companhias, já 23,78% afirma e coloca isso como algo perceptível em vários setores. Ao contrário dessas métricas, 7,36% vê a situação longe do ideal e, apenas, 4,15% põe a condição como não existente.
Além desses números, de acordo com um relatório publicado pela PwC, 76% das empresas têm colocado D&I (diversidade e inclusão) como estratégia prioritária para seus negócios. Porém, somente 22% dos colaboradores afirmam ter ciência sobre os esforços implementados em suas próprias companhias sobre o assunto.
Segundo Amanda Diaz, diretora de cultura na Keeggo não devemos segmentar essa questão em um ponto. “Quando falamos de diversidade, não estamos mencionando apenas pautas raciais; aliás, é um assunto bem mais amplo. É preciso pensar para além dos grupos minorizados, mas considerá-la também em termos de vivências pessoais, interseccionalidades as quais agregam na construção de ideias. Nós sempre tivemos esse cuidado porque queremos um time diverso, não apenas para cumprir protocolo, mas com o intuito de deixar isso enraizado em nossa cultura. Afinal, acreditamos como isso produz um ambiente mais plural e enriquecedor e, consequentemente, gera resultados melhores”, conta.
As ações de diversidade e inclusão tem um alto potencial de transformação e geração de benefícios
Em um relatório sobre Diversidade e Inclusão nas Organizações, realizado em 2022 e publicado pela Deloitte, 94% das empresas afirmaram como as práticas de D&I trazem benefícios aos negócios. Nessa mesma linha de pensamento, o PHD Rafael Ávila, da edtech Qualifica Cursos, lista cinco vantagens de promover essa atmosfera em sua corporação:
- Promove a inovação
Nos últimos anos, nunca se falou tanto sobre a necessidade de inovar, seja para driblar a concorrência ou mesmo para criar a própria identidade na arena competitiva global. Para uma empresa alcançar isso é preciso o maior entendimento sobre a dimensão da ideia, pois requer a contextualizar sobre uma sociedade plural, mesmo possuindo o próprio público bem delineado, afinal, ele também é difuso e está sob variadas perspectivas. Desse modo, possuir colaboradores diversos significa usufruir de habilidades, experiências e conhecimentos mais amplos. Esses são elementos considerados imprescindíveis para inovar.
- Contribui para a resolução de problemas e tomada de decisões
Os grupos formados por indivíduos com diferentes experiências, conseguem pensar diversas propostas para a solução de problemas. Isso de uma maneira mais rápida para a tomada de decisão, segundo um levantamento da Harvard, o qual contrasta resultados com indivíduos cognitivamente semelhantes.
- Estimula o engajamento
As pesquisas têm mostrado como o engajamento dos colaboradores é intensificado por meio da diversidade e da inclusão. Ao serem mais acolhidas, as pessoas automaticamente são mais motivadas e produtivas nas empresas. Isso gera senso de pertencimento e, consequentemente, contribui para entregas mais completas e ágeis.
- Reduz a taxa de turnover
Quando os profissionais estão sendo considerados no ambiente de trabalho, é menos provável a busca por outras oportunidades. Inúmeros estudos recentes têm comprovado a procura por qualidade de vida como fator preponderante nas escolhas dos aspirantes contemporâneos e do futuro.
- Melhora o relacionamento com cliente
Instituições formadas por equipes mais diversificadas conseguem promover diálogos sinceros com a sociedade, representando-a, não somente pela imagem, mas pelos valores formados por pessoas reais. O público é dotado de informações para identificar falsos sentidos.
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