Diante dos complexos desafios enfrentados pelo mundo no último ano, desde a pandemia, invasão da Ucrânia, a maior inflação em décadas e os temores de uma recessão iminente, é compreensível as organizações se encontrarem hiperativas. No entanto, sem o equilíbrio certo, focado nos indivíduos e sua saúde mental, operar um negócio saudável não é viável. A maioria das pessoas gasta cerca de 8h no trabalho, durante as quais costumam cometer grande parte de seus erros alimentares. Isso, somado a fatores psicológicos, influenciam diretamente no desempenho profissional e mental. Nesse sentido, é interessante se inteirar do tema e possíveis cuidados. Faça isso agora!
A ligação da alimentação com o bem estar no trabalho
As empresas em todos os lugares estão sempre procurando novas maneiras de atrair e reter talentos, bem como manter seus funcionários satisfeitos. Contudo, certas vezes, o básico é esquecido e não recebe a devida importância. Normalmente, a nutrição não é um assunto imediatamente associado às marcas, porém o seu impacto no bem-estar dos colaboradores, assim como nos resultados da corporação em geral, são significativos.
Ter bons hábitos nesse âmbito é essencial para manter um peso saudável, bons níveis de energia e uma mente equilibrada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende uma alimentação de qualidade como sendo vital para um sistema imunológico forte. Logo, é relevante pensar no dia a dia dos escritórios e na falta desse tipo de acompanhamento. Tendo em vista como a ingestão de doces causa nervosismo e irritação, assim como tomar muito café têm ligação direta com a desidratação, levando a dores de cabeça, seria de interesse tanto do empregador, quanto do beneficiado, uma atenção com esses cuidados. Assim, os funcionários são levados a manter seus níveis de energia, evitar enxaquecas e controlar o estresse.
Comidas com muito sal, açúcar e gordura saturada aumentam o risco de baixa produtividade. O consumo de grandes quantidades desses mantimentos pode diminuir drasticamente a eficiência e a motivação. Pesquisas mostram como isso afeta o rendimento em até 20%. No geral, não é fácil mudar os costumes, mas os estabelecimentos podem ter um papel educativo para os seus contratados.
Assim, o oferecimento de lanches saudáveis, como nozes, frutas, grãos de bico torrado ou mesmo chocolate amargo são boas opções para aumentar a energia e a felicidade de um time. Da mesma forma, grupos de compartilhamento de receitas ajudam, também, no fortalecimento de laços entre os colegas. Outra dica são programas corporativos de nutrição, com orientação e incentivo ideais para mudar de vida.
O home office atualmente
O trabalho em casa, disseminado diante do período pandêmico, evidenciou ainda mais um desequilíbrio nas instituições. Embora eliminasse longos deslocamentos e oferecesse aos trabalhadores mais tempo com a família, para muitos, a linha entre serviço e lar começou a se confundir, criando uma sensação de excesso de ofício e esgotamento. Além disso, o isolamento e a solidão profissional começaram a impactar diretamente, afetando a saúde mental e as relações como um todo. “É fundamental as organizações considerarem o estado dos seus subalternos numa perspectiva holística, englobando mente, corpo e espírito, de forma a construir e cultivar ambientes empáticos, diversos e inclusivos”, pontua Daniel Scarafia, VP Latam da Hitachi Vantara.
Após a expansão do coronavírus, a população passou a dedicar um tempo para repensar suas visões dentro do local laboral, em vez de simplesmente suportar as mudanças. Ao mesmo tempo, as organizações devem demonstrar um compromisso com eles, a partir de uma cultura de compreensão. Dessa maneira, os líderes podem criar o tipo de experiência positiva necessária para gerar sujeitos felizes e entusiasmados com suas contribuições e tarefas.
Em 2020, a Gallup percebeu como a maioria da sociedade ativa com menos de 40 anos estava "desengajada" em suas ocupações e quase dois terços "não estavam progredindo". Logo, procuram por uma nova oportunidade, um recomeço. Nesse sentido, os gestores devem apoiar e se envolver uns com os outros para entender o papel do empreendimento e as necessidades dos envolvidos. “A partir daí, muitas opções podem ser tomadas, como criar grupos de recursos, desenvolver novos programas e iniciativas de benefícios de saúde, enfatizar o desenvolvimento, criar uma cultura organizacional a qual permita flexibilidade para pausas e práticas promovendo o bem-estar fora do ambiente de trabalho”, exemplifica Scarafia.
Novas ferramentas de gestão fazem toda a diferença
De acordo com um estudo realizado pela Digital.com, 60% da força bruta nos Estados Unidos utilizam algum tipo de ferramenta capaz de acompanhar as atividades realizadas pelos funcionários em suas casas. Após a implementação desse tipo de programa, 81% dos negócios observaram um aumento no rendimento geral. Diante desse cenário, uma outra pesquisa realizada no mesmo país demonstrou como a demanda por esses tipos de ferramentas cresceu 78% em janeiro de 2022, quando comparada ao mesmo período de 2020, e 75% no primeiro trimestre do ano passado em comparação a 2019.
Porém, para tudo ocorrer da melhor forma, torna-se necessária a observância quanto aos tipos de métodos adotados, sem vigilância, mas com uma busca pela transformação da cultura organizacional para uma ocupação colaborativa, sem se fazer necessário um monitoramento individual. Trata-se de um artifício podendo garantir até mesmo uma maior flexibilidade, autonomia e segurança para todos estarem aptos a atuar como preferirem, enquanto a companhia ultrapassa as barreiras do conservadorismo e garante seu crescimento exponencial.
“Sabemos como a transformação digital já vem acontecendo há algum tempo nas entidades, mas ganhou muito mais força nos últimos dois anos, quando os negócios tiveram de se adaptar rapidamente a uma nova modalidade. Realizar o gerenciamento de gente, equipes inteiras, garantindo as taxas de produtividade e engajamento não é tarefa fácil se realizada de forma presencial, então, quando pensamos à distância, torna-se algo muito mais desafiador e traz insegurança. Enfim, como seria possível ter a certeza de todos terem aderido e se familiarizado com os novos métodos? Essa jornada não é algo a ocorrer tão rapidamente e o fator humano é peça-chave a ser considerada neste caminho”, finaliza Alline Antóquio, diretora executiva e especialista em Google da Gentrop.
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