Ao decorrer da pandemia da Covid-19, com a necessidade de manter a medida do isolamento social, muitas pessoas começaram a realizar especializações on-line para ocupar o tempo. Nesse sentido, as habilidades técnicas foram bem exploradas e desenvolvidas no período, com a inscrição em cursos, graduações e pós. Porém, a população não esperava ser tomada por uma onda de fragilidade mental, devido a isso, as exigências do mercado foram moldadas e as competências comportamentais ganharam um grande destaque, dentre elas, a inteligência emocional (IE). Então, veja nesta matéria, como desenvolver esse quesito pode contribuir com o seu desempenho no estágio ou aprendizagem.
O que são as competências comportamentais?
Em outras palavras, são reconhecidas como soft skills, esse termo tem se tornado recorrente no mercado de trabalho, por isso, é fundamental compreender a sua participação por completo. Elas representam capacidades a respeito da conduta, ou seja, como você se porta em diferentes situações e atribuições. Ao contrário das hard skills, não são aplicadas nas graduações ou em qualquer ensino técnico regular. Para a visualização das oposições ficarem claras, a primeira compete ao pensamento crítico, adaptabilidade e outras. Já a segunda refere-se à aptidão de fazer uso de uma ferramenta como Excel, por exemplo.
Dentro da empresa, ou na vida profissional, dedicamos uma grande parte do nosso dia e desempenho. Sendo assim, mesmo com expertise para executar bem as atribuições, ela precisa ser conectada com as características humanas. Logo, o equilíbrio entre ambas ganhou incentivo e é visado desde os processos seletivos. Uma pesquisa feita pelo palestrante Andrea Iorio, com 264 RHs – 70% são de empresas com mais de 500 operantes em 20 setores da economia brasileira –, ele buscou ter um maior panorama sobre o assunto. Um dos resultados foi: para 93% dos respondentes, é melhor o candidato ter soft skills, mesmo sem conhecimento técnico suficiente, esse perfil tem mais chances quando comparado com a situação contrária.
Em consonância com isso o professor e doutor Rafael Ávila, da plataforma Qualifica Cursos, instrui como essa ligação é essencial para compor a formação sistêmica da vida. “São muitas as doenças da contemporaneidade relacionadas ao estresse e ao nosso estilo de viver, algumas delas vem nos impactando física e emocionalmente, então é preciso mais atenção com essas duas dimensões integradas”, diz o especialista. Ainda segundo esse mesmo levantamento, 82% declararam a existência de um gap maior na presença das competências socioemocionais entre seus colaboradores. Por fim, somente 42% afirmaram promover um programa de treinamento em função dessa destreza em suas organizações.
Afinal, quais são as soft skills mais exigidas pelo meio empresarial?
Para listar os itens com propriedade, o LinkedIn, com base em seus dados, apontou as sete mais requisitadas no mercado. Além disso, a sua análise frisou como, para 89% dos avaliados, a falta dessa evolução interpessoal afeta o sucesso de uma contratação. Então, veja quais tópicos acrescentar para a construção da sua carreira ser assertiva. Em primeiro lugar, se destacou a inteligência emocional, em seguida a criatividade, adaptabilidade, resolução de problemas, gestão de tempo, capacidade de lidar com diferentes gerações e a diversidade no quadro de funcionários.
A inteligência emocional têm grande destaque no desenvolvimento do mundo corporativo
Essa noção é bastante valorizada pelo seu alto impacto nos indivíduos, a revista Você S/A alertou, por meio de uma apuração, como 87% das pessoas fracassam pela ausência dela. De acordo com a TalentSmart, ela é um fator com grande influência na sua performance e explica 58% das atitudes tomadas no alcance do sucesso. “A capacidade de coordenar e controlar as emoções, comportamentos e estabelecer relações ‘suaves’. O Aristóteles definia esse aspecto de maneira muito precisa, ele descreveu como a rara habilidade de ficar zangado com a pessoa, grau, hora, pelo propósito e maneira certa. Isso é a inteligência emocional, entender os aspectos subjetivos do seu eu e como você os orienta, mede e os usa em cada momento”, define Heni Ozi Cukier, deputado estadual de São Paulo.
Apesar de seu significado ser direito, dentro da IE é encontrado outras vertentes para alcançá-la por completo. Então, Cukier explica a sua subdivisão:
Autoconhecimento: esse item é super importante, pois está atrelado a confiança, não é possível se sentir seguro sem analisar os fatores. Isso é, saber quais são seus desafios, ameaças e o ambiente do qual está inserido. Para criar essa visão, é necessário obter entendimento sobre a realidade. No entanto, hoje, nós temos uma série de elementos bloqueando esse acesso da compreensão.
Autoconsciência: é a capacidade de descrever e perceber as emoções, como tristeza, ansiedade, angústia, medo, raiva e outros. Ela me permite identificar e classificar coisas como essas. Isso resulta em uma clareza para avaliar os efeitos causados na sua desenvoltura e qual aspecto tem regido as decisões e atitudes. Sem noções desse tipo, fica impossível bloquear, ressignificar ou controlar os efeitos gerados pelas sensações. Para desenvolvê-la, em primeiro lugar, é preciso aceitar a existência de sentimentos bons e ruins, pois todos eles têm uma utilidade.
Autogestão: por fim, essa parte diz respeito ao poder de assumir a responsabilidade por seus atos. Como também, ter discernimento para controlá-los. Logo, a partir dela, a liberdade e autonomia para agir é dominada.
Existem maneiras simples e eficazes de incentivar essa prática de autocuidado dentro das organizações
Em função das dificuldades causadas pela carência desses requisitos, as corporações podem tomar como uma política interna de cuidado e gestão. Afinal, a desmotivação de um pode atingir uma equipe por completo. “O autocuidado é uma questão de saúde individual, mas também coletiva. As práticas para aprimorar a saúde das pessoas, como a yoga, meditação, a atenção à alimentação ou busca por melhores momentos para o lazer e o descanso são medidas auxiliares nos processos de cura como e na prevenção dos problemas. Quando estamos falando de treinamento e desenvolvimento além de cursos de capacitação profissional, é preciso ter objetivos claros, mudança na cultura organizacional e sobretudo critérios para sua escolha e implementação. É notório o quanto ainda a sociedade precisa valorizar esses assuntos e como o mercado de trabalho está precisando de qualificação para ministrá-los", finaliza o professor.
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O Nube entende a importância de questões comportamentais, por isso, incentiva o seu desenvolvimento e a conquista da técnica a partir da gestão e orientação presentes no estágio.