O mercado de trabalho sofreu transformações significativas nos últimos anos. Contudo, uma coisa é certa e não mudou: um profissional de sucesso não apenas consegue um bom retorno financeiro, mas ama seu trabalho. Para isso, é preciso estar aberto ao novo e se dedicar. Sobretudo, estagiários e aprendizes devem estar alinhados a essa dinâmica. Continue lendo e entenda melhor sobre o assunto!
As empresas mudaram
A pandemia colocou em pauta as fragilidades humanas e impactou de maneira significativa também o olhar das empresas para com seus colaboradores. “Ou seja, foram necessárias grandes transformações, sobretudo em relação à cultura organizacional. Nesse sentido, a Skill Economy veio como uma alternativa para enfrentar o novo mercado”, diz o consultor de soluções educacionais corporativas na D2L Brasil, Alexandre Campeão.
Em tradução livre o termo significa economia de habilidade e trata-se de um conjunto de aptidões esperada dos trabalhadores de uma determinada indústria ou setor. Essas destrezas ajudarão a companhia a melhorar seus indicadores de performance. Por isso, cada vez mais os recrutadores têm buscado soft skills. Inclusive, segundo pesquisa mundial da Michael Page, 91% dos profissionais são demitidos por problemas comportamentais. Ou seja, a ausência delas.
Apesar da aceleração tecnológica, a high tech não substituirá a mão de obra, logo as características humanas são mais valorizadas. “A inteligência humana, o pensamento analítico e a criatividade, as máquinas ainda não são capazes de reproduzir, mas exigirão novas competências para comandar os sistemas cada vez mais complexos”, alerta o consultor.
“Como resultado desse processo, temos o surgimento de profissões novas, por exemplo, analistas de ética, advogados especialistas em proteção de dados, analistas de cibercidade, atendente virtual de pacientes, analistas de comunicação com máquinas, arquitetos especializados em projetar home office e muitas outras”, complementa ele. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 65% das crianças de hoje, trabalharão em áreas ainda inexistentes.
Novas necessidades
Sendo assim, tal Skill Economy na era digital tem a mudança como a nova constante, a inovação é o novo padrão e a habilidade a nova moeda, afirma Campeão. “Antigamente as capacidades eram, basicamente, uma sessão dentro do currículo das pessoas, mas hoje são a chave para se manter competitivo”, continua.
Então, pensando em retenção, atualmente, as organizações já estão se mobilizando para criar e impulsionar uma cultura de aprendizagem continuada - conhecida como lifelong learning. “Para dar conta de tanta demanda, quem já está na atividade precisará se adaptar às necessidades da entidade ou mesmo pessoais, enquanto plano de carreira. Se as instituições não enxergarem a importância dessa transformação, terão muitos desafios em atração, engajamento e manutenção de talentos”, expõe o consultor de soluções educacionais corporativas na D2L Brasil.
Nesse contexto, o tradicional know-how técnico já não é suficiente. As corporações procuram persuasão, inteligência emocional, criatividade, etc. “Portanto, é interessante disponibilizar ferramentas para promover esse desenvolvimento. Para isso, é preciso personalizar a gestão, compreendendo as aspirações individuais e atribuições a serem melhoradas”, conclui Campeão.
Comece pelo autoconhecimento
Logo, para se alinhar às novas demandas dos negócios, é preciso autoconhecimento. Todos os dias, tomamos decisões - algumas corriqueiras, como escolher almoçar um prato balanceado ou um fast food e outras mais complexas, como definir qual será a próxima etapa profissional, por exemplo.
Pensando nisso, o escritor Uranio Bonoldi, chegou a três pilares valorosos para ser mais assertivo nas escolhas, principalmente em relação à carreira: informação, emoções e valores. “Recolher informações e dados para entender o contexto no qual uma decisão será tomada, sua origem, seus riscos e suas oportunidades, é uma forma de se preparar para agir. O segundo ponto é o emocional, afinal, faz parte também lidar com frustrações, medos, sonhos, ambições, etc. A questão principal é equilibrar a balança. Por último, o embasamento precisa ser em seus princípios”, explica.
Essas são avaliações fundamentais a serem feitas. “Costumo brincar: se eu não puder comentar sobre uma decisão durante o jantar com minha família, é porque a deliberação não está de acordo com as minhas questões éticas e isso garante o princípio da boa convivência”, comenta o especialista em alta gestão.
Portanto, é essencial manter as rédeas de nossa vida e, por isso, o primeiro passo é identificar seu perfil. “É possível aprender estratégias e técnicas para aumentar essa margem de sucesso. Apesar de errarmos, ao estarmos conscientes e bem posicionados diante das alternativas colocadas, enfrentamos eventuais falhas com mais tranquilidade. Assim, também compreendemos de maneira clara onde nos equivocamos e corrigimos”, discorre o autor.
Fazendo da maneira certa, as decisões são assertivas
Ao encarar essa situação com prudência, seguimos o caminho com mais leveza e segurança. “O ambiente dos negócios, com suas pressões e prazos desafiadores, acaba por nos incentivar a tomar veredictos notórios automaticamente. Isso nos tira o tempo para organizar as ideias e refletir”, enfatiza Bonoldi.
Todas essas ponderações podem ser feitas ao idealizar uma jornada laboral, na transição ou mesmo na reciclagem. “No hall das alternativas a uma determinação, então, devemos isolar as emoções e usar a razão. Quais as consequências? Quantas pessoas serão beneficiadas? São questões fundamentais a se fazer, pois quanto melhor as respostas, maior a chance de ser um discernimento assertivo”, ressalta o escritor.
De acordo com ele, até mesmo a deliberação é um processo de aprendizagem. “Quando fazemos escolhas consistentes e alinhadas conosco, ganhamos confiança e ficamos mais confortáveis e rápidos ao fazer as próximas. Fazer isso de forma inteligente e eficaz é uma das maestrias mais essenciais para o sucesso profissional”, afirma.
A necessidade de estarmos à altura de um mercado de trabalho em constante transformação e modificado por novas estratégias e modelos de gestão, nos leva a fazer juízos de alto impacto, com o risco de sofrermos se não for feito de maneira correta. “Portanto, devemos ter em mente: por onde queremos caminhar, qual a maneira e fazer com isso respeitando nossa moral”, finaliza Bonoldi.
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