A realidade das mulheres no mercado de trabalho brasileiro ainda não atingiu o grau de maturidade desejado. Apesar de uma significativa mudança na conduta de muitas empresas do país, ainda há muito a ser desconstruído, principalmente em relação à maternidade. Por isso, independentemente se estagiária, aprendiz ou gerente, deve haver a equidade de tratamento e valorização em relação aos homens.
O cenário corporativo
De acordo com dados da Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre elas atingiu 17,9% no 1º trimestre de 2021, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Apesar do cenário se agravar em decorrência da pandemia, esse público sempre teve uma permanência menor no ofício, principalmente pela opção de serem mães. Ainda, segundo pesquisa Panorama Mulher 2019, 52% das genitoras afirmam terem sido confrontadas no emprego durante a gravidez ou ao voltar da licença-maternidade.
Já consoante com a pesquisa do Insper, 19% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras são ocupados pelo público feminino. No setor de construção civil, os números são mais animadores. Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, a delas nessa área cresceu cerca de 50% nos últimos anos. Na Gafisa, por exemplo, 46% do quadro de colaboradores são moças. Na gestão, elas correspondem a aproximadamente 40% dos cargos da entidade.
Para a vice-presidente de RH da Gafisa, Sheyla Resende, os internos são a base de toda companhia, por isso, é fundamental termos um olhar cuidadoso e individual para cada um. “A maternidade é um momento muito especial e a dupla jornada da mãe merece uma atenção especial. Ter um ambiente organizacional harmônico ajuda a minimizar os obstáculos encontrados, além de incentivar a profissional a continuar prosperando em sua carreira”, comenta.
Na prática
Um exemplo desse incentivo é a Amanda Caribé, 35 anos, ela começou na Gafisa como estagiária de marketing, depois engravidou e contou com o apoio da instituição durante toda sua gestação. Antes mesmo de retornar ao trabalho, recebeu a grata surpresa de sua promoção. “Esse meu retorno significaria muito para minha carreira. Fiquei receosa porque a gente sabe o quanto é um tabu engravidar no mundo corporativo”, afirma.
A preocupação relatada por ela é compartilhada pela maioria do grupo, pois a maior parte das saídas se dá sem justa causa e por iniciativa do empregador. Entretanto, a experiência dela foi totalmente na contramão das estatísticas. “Fui muito bem recebida e acolhida, os superiores me deram a oportunidade de ficar em casa para me preservar e cuidar da minha saúde, pois grávidas são um grupo de risco. Em nenhum momento me senti deixada de lado”, complementa.
A rede de apoio é muito importante, não só dentro de casa, mas também no ofício. “Fui extremamente amparada, vista, sendo tratada com igualdade e com minha história dentro da marca sendo reconhecida. Isso foi preciso para eu entender como está tudo bem porque estou participando de um projeto grandioso. Um dia meu filho vai se orgulhar de mim”, finaliza Amanda.
Portanto, a força delas é sinônimo de aumento do potencial criativo, empático e inovador. Além de quebrar barreiras históricas, novas fronteiras também estão sendo superadas. Isso é resultante da ampla visão de diversidade, compreensão da pluralidade e dessa inclusão.
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