Em meio às mudanças na vida profissional e pessoal vistas nesses últimos anos, se adaptar pode ser um processo doloroso e desafiador, com danos também para a autoestima. Desde 2020, muitos estudantes, estagiários, aprendizes e CLTs se viram diante de uma rotina corporativa adequada às pressas para o remoto, na qual os casos de Burnout aumentaram em níveis alarmantes. Nesse sentido, entender e tentar melhorar o posicionamento sobre sua ocupação é essencial para se manter um profissional ativo e saudável.
Os dados são alarmantes para o cuidado com a saúde mental
O ano de 2021 foi marcado por muitos debates sobre a infelicidade em um contexto geral, principalmente, em relação à ocupação. Nesse cenário, o Burnout foi reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), como doença ocasionada pelo trabalho exaustivo, uma consequência decorrente das horas extrapoladas no cotidiano do home office. Em suma, o transtorno é causado pelo esgotamento físico e mental, trazendo também uma responsabilidade para as empresas perante seus colaboradores.
Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo), em 11 países, o Brasil lidera os casos de depressão (59%) e ansiedade (63%) durante a pandemia. Esses números mostram como a saúde dos brasileiros foi afetada durante o isolamento social e trazem resultados alarmantes sobre o futuro empresarial.
Consoante a Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK, é preciso enxergar a saúde como um ponto vital. “As boas organizações precisam investir no bem-estar dos membros da equipe, para evitarem, futuramente, gastarem com doenças causadas pelo sedentarismo e estresse, por exemplo. Isso também permite diminuir consideravelmente os custos com plano de saúde, absenteísmo e baixa produtividade”, comenta.
Em contrapartida, é uma via de mão dupla. Para a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em psicologia clínica pela PUC de São Paulo (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), sentir-se bem tem sido um obstáculo desde a chegada da Covid-19. “As frustrações comprometeram até mesmo a autoestima, pois muitas pessoas não conseguiram realizar os projetos planejados. Esse aumento nos casos se deu também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de todo o medo e incerteza”, explica.
Dicas para trabalhar a autoestima corporativa
- Faça amigos no trabalho:
Conforme uma pesquisa do Instituto Gallup, é fundamental ter um melhor amigo no ambiente corporativo, pois torna os cooperadores mais felizes e engajados. “Muitas vezes, com a correria do dia a dia, as companhias deixam de lado o incentivo para os times se conhecerem. Uma das formas de mudar esse cenário é optar por programas de gamificação”, indica Camargos.
- Cuide da sua saúde física e mental:
Segundo uma pesquisa da OMS, o Brasil é um dos países mais sedentários da América Latina, quase metade dos brasileiros (47%) não praticam exercícios suficientes para manter o corpo saudável. Nessa realidade, as instituições podem ajudar a transformar os hábitos do seu staff. “É fundamental para os líderes pensar no impacto do bem-estar no potencial humano e a relevância da implementação de iniciativas de qualidade de vida. Por isso, devem disponibilizar momentos de lazer, meditação e confraternização”, aconselha o sócio-fundador da VIK.
- Esteja alinhado com o propósito da empresa:
De acordo com um levantamento, realizado pela Sodexo Benefícios e Incentivos, 53,8% dos entrevistados veem seu propósito de vida alinhado com as atividades atuais. “Além de um salário alto e benefícios, os funcionários querem se sentir uma parte fundamental. Hoje, a vida pessoal e do escritório estão interligadas”, acrescenta Camargos.
- Pratique autoconhecimento:
É essencial entender como você lida com os fatores externos, analisar as possibilidades e procurar aquelas com melhores resultados, as quais contribuem para exercitar o orgulho de si mesmo, ajudando a fortalecer a autoestima. “Quando a pessoa está focada em seus aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente em sua rotina e relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, é possível aprender a gerenciar suas emoções e desenvolver sentimentos positivos sobre si e sobre o mundo”, conclui a psicóloga Vanessa.
Por fim, o Nube compreende como a volta para o escritório, principalmente, pode afetar idealizações e expectativas criadas nesse tempo de crise sanitária, por isso, essa matéria também visa auxiliar nesse processo. Continue acompanhando nosso blog e conheça nossas redes sociais. Não se esqueça: conte sempre com o Nube para alcançar o sucesso!