Desde o ínicio desse ano, a nova classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) categorizou a Síndrome de Burnout como doença ocupacional, deixando de ser tratada apenas como um distúrbio e passando a ser reconhecida como “estresse crônico de trabalho, não administrado com sucesso”. Nesse sentido, não apenas as empresas precisam desenvolver campanhas para essa finalidade, mas também todo e qualquer colaborador necessita de estar atento aos sinais em si mesmo. Portanto, conheça dicas e descubra como funciona a ginástica do cérebro!
Como funciona se eu perceber sinais de Burnout?
Para o advogado do escritório VC Advogados, Sérgio Gonçalves, o cuidado deve partir de todos. Sendo assim, as corporações precisam ter cautela e oferecerem um espaço saudável para os seus funcionários. “As empresas devem estabelecer um programa de prevenção de riscos adequado, oferecendo um ambiente de trabalho limpo, organizado, bem ventilado e iluminado, com móveis em formato ergonômico”. Outro ponto importante é estimular canais de comunicação interna entre gestores e empregados, como forma de aproximar esse diálogo e tornar a repartição um recinto leve, respeitoso, transparente e agradável para todos.
Conforme levantamento do Ergonomic Trends, 69% dos cooperadores atuantes à distância informaram apresentar sintomas de Burnout. Além disso, 63% deles estão mais propensos a solicitar um atestado enquanto 13% se sentem menos confiantes com seu desempenho. Ainda, 84% dos millennials relataram cansaço excessivo, demonstrando um impacto maior nessa geração. Em geral, esse adoecimento custa às organizações cerca de 190 bilhões de dólares por ano.
Segundo Gonçalves, as companhias devem adotar em seus programas de compliance meios de prevenção ao assédio e à fadiga física ou mental, evitando cobranças desnecessárias, jornadas de trabalho excessivas, remunerando corretamente as eventuais horas-extras ou concedendo compensações com folgas e atrasos. Bem como, respeitando os intervalos legais e os descansos semanais e anuais.
De acordo com Carla Dolezel, reitora da Faculdade Instituto Rio de Janeiro (FIURJ), as metas de cumprimento de tarefas precisam construir objetivos para serem desafiadoras, porém com possibilidade de execução para não se tornarem exigência em demasia. “É importante destacar: a responsabilização das empresas no Judiciário deverá se basear em laudo médico para comprovar como o colaborador sofre com o estresse crônico de trabalho, além do histórico e da avaliação do ambiente laboral, incluindo relatos de testemunhas”, afirma Carla.
Quanto ao diagnóstico, o advogado alerta sobre o direito do trabalhador à emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) pela instituição e o encaminhamento desse indivíduo para realização de perícia ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), onde será verificada a necessidade ou não de egresso. “Caso o afastamento seja superior a 15 dias com percepção de auxílio doença acidentário pelo INSS, após o retorno, esse colaborador terá direito à estabilidade provisória pelo período de 12 meses subsequentes, não podendo ser dispensado sem justa causa, sob pena de a empresa ser obrigada a pagar indenização relativa aos salários”, assegura Gonçalves.
Entretanto, os especialistas ressaltam o quanto é imprescindível promover campanhas educacionais internas sobre saúde, incentivando condições de bem-estar, como terapia, prática de meditação, yoga, entre outros. Em vista disso, o terapeuta e filósofo clínico, Beto Colombo, destacou como no cotidiano empresarial a pressão por performance pode levar a um desgaste emocional. “Muitas pessoas são exímias profissionais, já conheci doutores em planejamento estratégico, os quais não sabem planejar suas questões pessoais e existenciais”. Tendo isso em vista, confira algumas dicas de como se cuidar melhor, prestar mais atenção aos sinais de Burnout e também melhorar seu rendimento no trabalho.
Dicas de como se cuidar melhor para evitar o Burnout
- Faça diariamente exercícios físicos:
A prática de exercícios físicos auxilia diretamente na nossa saúde física e mental. Responsáveis por liberar a tensão dos músculos, aliviando sintomas de estresse e promovendo sensações de conforto, realizar essas atividades deve ser parte da rotina. Sendo assim, também é possível ter um impacto positivo no sono, um dos principais sintomas da síndrome ocupacional.
- Tenha uma alimentação balanceada:
Em suma, uma boa alimentação baseia-se na ingestão de nutrientes e vitaminas adequadas ao cotidiano, tendo em vista o quanto comer bem é essencial para ter uma melhor qualidade de vida. Para atingir um ganho nutricional balanceado, é preciso destacar alguns pontos, como variedade de alimentos, equilíbrio no prato e a quantidade. Dessa forma, tem-se a energia necessária para enfrentar o dia.
- Organize a sua rotina:
Uma das principais indicações para evitar o esgotamento é prestar atenção no dia a dia, em suas atividades diárias. Caso sua atuação seja em home office, por exemplo, tente estabelecer um horário para dar início e também finalizar suas funções. Ademais, algumas pausas curtas após horas de trabalho fazem bem para evitar o estresse e relaxar um pouco.
Ter cuidado aos sinais de exaustão demanda autoconhecimento. Todavia, existem técnicas para deixar a mente mais atenta, com um raciocínio, memória e assertividade maior. Nesse cenário, a ginástica para o cérebro é uma técnica desenvolvida, a qual já auxiliou mais de 200 mil brasileiros.
Entenda mais sobre a ginástica para o cérebro
Primeiramente, para entender a concepção nos apoiamos na neurociência, mais precisamente dois conceitos fundamentais: neuroplasticidade e metacognição. A primeira é reconhecida por ser a capacidade dos neurônios de alterarem suas funções e se adaptarem a mudanças ambientais. Isso porque o cérebro está constantemente fazendo ajustes, desde a maneira como processa a informação até a maneira como desenvolve novas aptidões.
Essas adaptações levam a transformações sinápticas individuais, remodelando o encéfalo (centro do sistema nervoso) e levando a consequências funcionais. “A metodologia da ginástica para o cérebro age como estímulos ambientais para criar experiências e desafios focados em reorganizar sistemas neuronais para aperfeiçoar uma série de habilidades”, detalhou a neurocientista do SUPERA, Livia Ciacci.
Para isso, a metacognição é o processo de aprender a relação com as maestrias de planejamento e regulação da própria tarefa, em função de determinados objetivos. Na prática, esse termo diz respeito à estar consciente dos processos mentais e vivências. Por exemplo, ter clareza acerca de uma dificuldade com certo aprendizado para superar esse obstáculo mediante outros caminhos.
Consoante a Lívia, “para desenvolver e exercer a metacognição, nós utilizamos um pacote cognitivo conhecido como ‘funções executivas’, trata-se de um conjunto de habilidades para permitir ao indivíduo direcionar comportamentos, avaliar sua eficiência, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras, e dessa forma resolver melhor os problemas”. Para saber mais, o Método SUPERA oferece a metodologia a partir de quatro anos e não tem limite de idade.
Por fim, para sempre estar por dentro das tendências corporativas e obter indicações para o seu crescimento pessoal e profissional, o Nube é seu aliado. Continue acompanhando nosso blog e conheça as redes sociais. Enfim, não se esqueça: conte conosco!