É preciso incentivar a diversidade e inclusão (D&I) nas universidades e nos cargos de gestão no mundo corporativo. Sobretudo, é importante as empresas se preparem para a chegada de todas as pessoas com workshops, treinamentos, ações internas e etc. O foco deve ser todos se sentirem bem e acolhidos.
A importância da inclusão
Segundo estudo realizado pela consultoria internacional Boston Consulting Group (BCG), sobre vivências e dificuldades da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho global, cerca de 77% dos profissionais brasileiros já foram discriminados em seus ofícios. Isso reforça a necessidade das lideranças criarem políticas afirmativas capazes de construir espaços mais seguros para os colaboradores.
Para a CEO e fundadora da Newa Consultoria, Carine Roos, as companhias e, em especial as chefias, precisam ter esse dever de criar atmosferas inclusivas e acolhedoras para todos, em especial os grupos minorizados. “Elas precisam desenvolver competências de empatia e compaixão para estarem presentes às necessidades de seus funcionários, liderando uma verdadeira transformação cultural dentro das organizações”, diz.
Conforme a CEO da CKZ Diversidade, Cris Kerr, mais de 60% das entidades ainda não têm estratégias de D&I. “Quem possui esses programas, muitas vezes encontra alguns desafios em engajar e estimular o grupo, pois a média gestão resiste. Isso pode acontecer porque essas pessoas não se sentem incluídas e inseridas na jornada da multiplicidade”, afirma.
Por conta disso, muita gente não considera o mundo corporativo um lugar seguro, até porque as administrações não cultivam o debate aberto e sadio sobre o assunto. “Dispor oportunidades de trocas mútuas entre os indivíduos é um dos primeiros passos para a construção de um meio positivo para a equipe. Capacitar os internos sobre diversidade é essencial”, aponta a CEO.
Capacitação interna
A capacitação, seja dos “cabeças” ou liderados, reflete afirmativamente no escopo de toda instituição. “Afinal, quando um cooperador não se sente bem dentro do seu trabalho, ele não consegue exercer bem as suas atividades. No entanto, quando há a chance de falar e o protagonismo, o recinto torna-se mais propício à inovação, criatividade, felicidade e o sentimento de pertencimento”, complementa Carine.
Essa transformação no relacionamento com todos os níveis de gerência se torna natural quando a marca investe em uma transformação cultural, deixando de lado o modelo de “comando e controle”. Assim, adere-se a novos valores, desconstruindo crenças limitantes. Esse é apenas o primeiro passo, porém, representa um avanço para o início de grandes mudanças e ganhos para as corporações”, expõe Cris.
Veja só: de acordo com pesquisa realizada pela Gartner Group, organizações com a mão de obra plural têm um maior desempenho dos contratados e ainda registram 12% de aumento na intenção de permanecer na função. “Por isso, reforço a importância de treinarem seus influenciadores para o tema, principalmente para saberem identificar os vieses inconscientes”, complementa a CEO da CKZ Diversidade.
Pensando nisso, também, o Nube foi convidado pelo MPT - Ministério Público do Trabalho a fazer parte do pacto social para melhorar a inclusão de jovens universitários negros no mercado. Além do mais, existe uma categorização de vagas especialmente dedicadas a D&I, as quais são sinalizadas no painel de vagas.
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