Com a paralisia e caos na saúde trazido pela Covid-19, houve uma ruptura na formação da moçada, trazendo consequências no futuro próximo. Afinal, sem a mesma temperatura da atividade econômica, esses estudantes estão sendo inseridos em um mundo sem empregos, sem educação formal e com muito menos recursos disponíveis. Assim, como fica essa primeira inserção no mercado de trabalho?
A importância
O estágio, por exemplo, cumpre um papel importante de inclusão social, pois insere esses iniciantes no mundo corporativo, oferecendo uma renda para a manutenção do ensino e até mesmo das necessidades domésticas. “Por isso, assumimos como estrutura corporativa apoiar esse grupo entre 18 e 24 anos a se encontrar em suas carreiras. Optamos também por apoiar aqueles ‘jovens a mais tempo’ - pessoas acima de 50 anos”, explica o diretor administrativo do Grupo Novo Mundo, Antônio Teodoro.
Dessa forma, a melhor forma é abrir espaço para a transformação. “Nosso objetivo é sermos os pilares de uma ponte de inclusão, retirando-os da informalidade e da falta de capacitação técnica e emocional para um modelo no qual seremos suas escolas da vida, com carreira e, principalmente, futuro”, expõe o dirigente.
Segundo João Paulo de Oliveira Masiero, formado em Ciência da Computação pela Faculdade de Informática (Fipp/Unoeste), o estágio como monitor na Fipp o ajudou a desenvolver capacidades de comunicação e interação com pessoas. “Ele trabalha a habilidade de entender e ser entendido. Como líder de desenvolvimento, o período na função me ajudou muito em conseguir fazer a equipe seguir com suas próprias ideias, cabendo a mim apenas a orientação e organização delas”, diz.
O egresso lembra com orgulho da oportunidade. “Estávamos sempre à disposição de todos os alunos. Nossa tarefa era ajudá-los em dúvidas sobre as matérias, além de acompanhar os professores em sala de aula para colaborar em dúvidas nos momentos de execução das atividades”, complementa o recém-formado. Atualmente, Masiero desempenha a liderança da SmartHint, empresa na qual é sócio e gerencia um time de desenvolvimento de Inteligência Artificial.
Benefícios
A modalidade foi criada para inserir esses rapazes no mercado de trabalho e eles colocarem em prática os conhecimentos adquiridos em classe. Sendo assim, as companhias precisam direcionar um colaborador com formação ou experiência profissional na área cursada pelo estagiário, para orientá-lo e supervisioná-lo.
Além disso, existem os benefícios do formato. Para as organizações, o ato não gera vínculo empregatício. Logo, ficam livres de pagar encargos trabalhistas, tais como FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias e eventual multa rescisória. O vale-alimentação ou a assistência médica, por exemplo, também não são compulsórios, mas se a companhia quiser oferecer, não caracteriza vínculo também.
Já para os estagiários, além do tão sonhado start no universo laboral, esses estudantes têm a carga horária reduzida em máximo de seis horas diárias e 30 semanais para ajudá-los a conciliar o aprendizado e o trabalho. Além disso, recebem a bolsa-auxílio quando o modelo é curricular (isso é, obrigatório), auxílio-transporte, recesso remunerado e seguro contra acidentes pessoais.
Nesse período também o objetivo é criar a cultura da efetivação, pois o indivíduo está em busca de sua admissão e a chance de evolução na jornada profissional. Por isso, o tempo máximo atuando na mesma instituição não pode exceder dois anos, exceto, quando se trata de uma pessoa com deficiência (PcD).
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Você já sabia dos benefícios do estágio?