A busca por um propósito tem sido uma preocupação constante para as empresas. A cobrança por um posicionamento claro, também. Hoje, como nunca antes visto, os consumidores passaram a enxergar esses fatores como motivos imprescindíveis de seleção para suas compras e interações com diferentes marcas.
O que as pessoas querem das empresas?
Esse fato é exposto no estudo elaborado pela Ilegra, empresa global de design, inovação e software. Intitulada “Panorama Ilegra: futuros plurais”, a pesquisa analisou as principais tendências já presentes - e as ainda por vir - em diversos setores do mercado. Entre elas, está a necessidade crescente por marcas transparentes, justas e com propostas claras de inclusão, além da melhoria da vida em sociedade com a ajuda da tecnologia.
Posicionamento é essencial
O posicionamento institucional também é um dos pontos de destaque. Segundo o levantamento, a busca por organizações capazes de tomar partido em diferentes causas cria uma sensação de aproximação do público com a entidade, unindo visões e ideologias dos grupos sociais.
Tendências foram impulsionadas
A pandemia também acelerou as tendências. Adesão massiva ao home office, expansão do e-commerce e delivery, por exemplo, são exemplos claros disso. Novos modelos de negócio baseados no trabalho autônomo popularizados por startups como iFood, Uber e Rappi já concorrem com grandes instituições de forma igual.
Ideias para colocar em prática
O estudo se baseia em tendências já aplicadas pelo mercado. Ideias como soluções personalizadas para cada consumidor, grupos multidisciplinares resolvendo problemas complexos e utilização de dados com transparência e responsabilidade são cada vez mais necessárias na realidade atual.
Sociedade atual
“A sociedade está mais exigente e preocupada em se relacionar com os empreendimentos com visões em comum de forma rápida, eficiente e sustentável”, afirma Caroline Capitani, VP de design e inovação na Ilegra, responsável pela coordenação do estudo. “As companhias precisam reinventar seu papel e encontrar sua própria forma de contribuir para o ecossistema”, diz.
Mundo do trabalho
A relação entre colaboradores e contratantes é o novo ponto de atenção no ambiente profissional. Diante disso, aproximar talentos com expertises diferentes para reduzir o desperdício durante o desenvolvimento (Modern Agile) passa a ser uma das prioridades para gestores em todo o mundo.
Troca de vivências
Larissa Morais, estudante de administração, em Ribeirão Preto, valoriza muito o compartilhamento de vivências diversas em seu estágio. “Interajo com pessoas de todas as idades e níveis e isso me proporciona diversos aprendizados essenciais para construir meu futuro. Isso faz toda a diferença para a formação”, comenta.
Ainda de acordo com ela, estar em um time plural pode exercitar habilidades relacionadas à comunicação e à empatia. “Ter contato com perfis de diferentes origens, realidades e características te abre os horizontes para muitas possibilidades. Fica mais fácil aprender a se colocar no lugar do outro”, conclui.
A responsabilidade com o emprego, estágio ou aprendizagem agora também invade a vida das equipes, não apenas dos seus espaços de trabalho. “Entendemos como, adicionar experiências, alcançamos inúmeras conquistas. Nosso levantamento vem para somar nesse momento, guiando o leitor a uma reflexão sobre seu atual papel, de forma a inspirá-lo em seus novos propósitos”, afirma Caroline.
Na área de tecnologia, o destaque está na possibilidade de análise do público por meio de dados. Assim, organizações podem antecipar comportamentos de consumidores. Além disso, popularizam-se as soluções personalizadas para cada indivíduo e ganho de escala não é desculpa para evitar customização. A pesquisa também evidencia como o design centrado no usuário não é mais suficiente, então ele deve ser focado no ecossistema, o chamado life centered design.
Qual o futuro do mercado de trabalho?