Desde o começo da pandemia, o home office foi a solução encontrada por muitas instituições para driblar a nova realidade e continuarem operando. Porém, esse novo sistema trouxe também alguns desafios para os funcionários, como a falta de estrutura, administração de tempo, problemas de ansiedade, distância física entre os colegas, entre outros. Por isso, o trabalho híbrido vem se destacando e atraindo a atenção desses colaboradores.
Nesse novo método, as pessoas têm a oportunidade de escolher o local para praticar suas atividades, seja em casa, coworkings ou no escritório, por exemplo. Os resultados demonstrados são positivos nos quesitos produtividade, segurança e engajamento. Segundo pesquisa da Mercer y Whale Com, 82% dos funcionários dariam preferência ao teletrabalho se pudessem escolher uma forma de atuar e 63% se sentem mais eficientes nessa modalidade.
Exemplos de casos bem-sucedidos
Diante dessas vantagens, o modelo híbrido já está sendo implementado por muitas corporações, como é o caso do banco inglês, Standart Chartered. A instituição planeja adotar esse sistema de trabalho para mais de 90% de seus 85 mil funcionários nos próximos três anos. Outro exemplo é a Ambev, com 90% do seu time desejando operar dessa maneira.
A importância da tecnologia
No entanto, para a fundadora da Solides, Mônica Hauck, é preciso muito planejamento e treinamento para a produtividade desses colaboradores não ser afetada. “Para tanto, os líderes devem ficar cada vez mais próximos de sua equipe, entender suas reais necessidades e manter uma boa relação para se sentirem motivados. Com isso, a tecnologia passou a ser a grande aliada das instituições”, afirma.
Por meio de recursos inovadores, é possível realizar treinamentos e happy hours, reuniões a distância para manter a comunicação entre todas as áreas, acompanhar as atividades diárias e implementar softwares de gestão: “assim os profissionais podem se manter engajados e comprometidos com o propósito da empresa e entregar bons resultados. Além disso, a flexibilidade de horários deve ser prioridade das companhias”, ressalta Mônica.
Relações mais humanizadas
A especialista comenta ainda sobre a importância de criar uma relação mais humanizada com a equipe para proporcionar momentos de bem-estar e manter uma comunicação cada vez mais ativa entre gestores, líderes e equipe. “Porém, acima de tudo é preciso ter foco, disciplina e muita organização de todas as partes envolvidas. Isso fará toda a diferença nas relações de trabalho’, destaca.
Change Management - Mudar a gestão
Para Viviane Vicente, consultora de comportamento organizacional e competência cultural, a habilidade do momento será a de change management. “As rotinas de avaliação, necessidades de colaboração, oportunidades de mentoria e aprendizado já haviam sido adaptados para o meio virtual, porém exigirão uma nova adaptação, para ocorrerem em um ambiente híbrido”, aconselha.
De acordo com ela, é importante os liderados serem incluídos nas discussões e terem clareza quanto aos processos decisórios: “dessa maneira, sua realidade será fielmente retratada e expectativas não serão construídas sobre falsas premissas. Líderes devem manter a seriedade, demonstrar resiliência e ter sensibilidade em relação à situação particular de cada membro da equipe frente à pandemia”, finaliza.
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