As habilidades socioemocionais estão cada vez mais em alta no universo empresarial. Isso porque gestores e especialistas em RH percebem, na rotina corporativa, como, além de ter domínios técnicos para cada função, é preciso gerenciar seus sentimentos, saber dialogar e desenvolver outros aspectos para ter destaque. Quer saber mais? Então leia esta matéria!
Um dos segredos para recrutar pessoas qualificadas é entender a importância das soft skills, segundo Fernanda Pauletti, gerente de RH da KingHost. “Quando buscamos por alguém da área de tecnologia para trabalhar com a gente, por exemplo, sempre tentamos equilibrar avaliando tanto o perfil técnico, quanto o humano de cada um dos candidatos. Prezamos pelo cuidado, qualidade de trabalho e relações interpessoais, focando em quem tem os valores pessoais alinhados com os da empresa. Isso é fundamental para construirmos um ambiente saudável, com boa conexão e engajamento”, conta.
Explicando os conceitos
A expressão em inglês “Soft Skills” se refere ao conjunto de competências da personalidade e comportamento do indivíduo. “Dentre elas, estão: inteligência emocional, habilidade de se relacionar com os outros, saber como lidar com situações inesperadas, entre outras. Nesse contexto, quem consegue aprimorar tanto o lado profissional, quanto o pessoal, possui diferencial na sua carreira”, destaca.
Direcionamento centrado nas pessoas
Para a especialista, essas capacidades são valorizadas no momento da seleção de novos talentos. “Também incentivamos os colaboradores a potencializá-las durante sua trajetória. Principalmente porque temos um direcionamento focado em pessoas, chamado de “people-centric”, ou seja, estamos nos adaptando às mudanças da sociedade”, compartilha.
Mudança de valores nos negócios
Antigamente, as companhias tinham um foco maior e direito aos produtos oferecidos. “Elas estavam preocupadas em serem eficientes, exclusivamente, para produzir um serviço bom e distribuí-lo, até porque naquela época não havia tanta concorrência entre elas. Depois, com o avanço da globalização, as empresas focaram no cliente e veio a era do "customer-centric", na qual o poder de escolha era algo em evolução, ganhando bastante força”, explica.
Finalmente, com a Internet e a tecnologia, abriu-se um espaço para se trabalhar o lado humano nos empreendimentos, porque entenderam como a construção de relacionamentos sólidos gera mais frutos para quem investe nisso. “Se pararmos para pensar, faz bastante sentido entidades serem voltadas também para o aprimoramento do lado individual dos talentos, ou seja, atentas às soft skills”, diz.
De acordo com a especialista, existem diversas pesquisas reforçando como essas características trazem mais foco, engajamento, motivação e produtividade em times. “Temos o privilégio de poder observar isso na prática. Isso por meio de treinamentos realizados para o desenvolvimento de lideranças, análise transacional, comunicação não-violenta e outros. Além disso, é fundamental reforçar: é preciso também desenvolver habilidades a mais para acompanhar e liderar todas as pessoas”, conclui.
Para conseguir estagiar, Luciana Matos foi avaliada, principalmente por seus pontos fortes relacionados às suas atitudes. “Participei de uma dinâmica em grupo, na qual tive de, junto com os colegas, bolar soluções para gerenciar uma crise”, conta. Para ela, esse tipo de análise faz a diferença, principalmente para vagas de estágio. “Muitos estão atrás da primeira experiência, então não temos muita bagagem teórica para ser avaliada, então o comportamento conta muito”, finaliza.
Saiba quais características desenvolver para conseguir uma vaga. O Nube acredita em seu potencial!