No atual momento de pandemia e instabilidade, a relação com os sentimentos e emoções podem se intensificar, pois preocupações como a multitarefa e o receio em perder o emprego tomam conta do período pós-expediente. Muitas organizações já se atentam a essa realidade e intensificam o cuidado com seus colaboradores.
Para Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira, um dos principais problemas está no vício no trabalho. “O distúrbio é muito comum e se manifesta ainda mais nessa época. A obsessão é prejudicial para a saúde mental, física e para as relações interpessoais”, afirma.
O termo “workaholismo” derivado do inglês se designa para pessoas viciadas em produzir e é uma das poucas disfunções valorizadas pela sociedade. No entanto, é tão danoso quanto qualquer hábito fora de controle. Para a especialista, os profissionais se entregam a ponto de se esquecerem da vida pessoal. “Os contratados ficam totalmente imersos e deixam de investir nas outras áreas, resultando em mais conflitos conjugais, podendo desencadear depressão, estresse, insatisfação e outros problemas graves”, alerta Rebeca.
De acordo com ela, a busca por uma carreira e vida financeira estável é apenas um dos aspectos conflitantes. Em geral, a maioria dos workaholics precisa se sentir produtivo para reconhecer o valor de seu ofício. Pensando no atual contexto, as empresas devem se responsabilizar pela segurança psíquica dos contratados. Por isso, destaca algumas dicas para evitar o desgaste.
Estabeleça vínculos
As corporações precisam estabelecer um vínculo de confiança com o colaborador. Uma das sugestões de Rebeca diante do atual contexto de home office, por exemplo, é organizar momentos de cafés virtuais em um determinado dia da semana para a troca de ideias e momentos de descontração. “As organizações precisam ser humanas e mostrar a importância daquela pessoa para o time. Práticas desse estilo, são essenciais e trazem muitos benefícios para a carreira”, ressalta a consultora.
Metas e objetivos
Uma das maneiras mais efetivas de evitar o serviço pós-expediente parte da ideia de deixar claro metas e objetivos. “Entenda quais são os fatores atrapalhando suas entregas. Converse e juntos pensem em uma nova estratégia para as demandas”, aconselha Rebeca.
Estresse e Insatisfação
De acordo com pesquisa realizada pelo Nube, mais de 30% dos entrevistados se sentem mais ansiosos e inseguros após o início da crise do Coronavírus. Para a especialista é importante mostrar o interesse em ajudar e ser suporte: “promova ações junto a sua equipe para esse quadro não se ampliar: treinamentos e workshops sobre gestão de mudança, aumento de qualidade de vida e redução de stress são muito efetivos nesse momento.”
Aceite o erro
Uma das principais manifestações do workaholic se dá pela busca incessante do perfeccionismo. Porém, é importante perceber: erros fazem parte do processo de desenvolvimento e aprendizado. Para Eduardo Volpato, CEO Founder do Grupo Volpato, é importante não ter medo de tentar novamente. “Acredite em você! Se não fizer isso, ninguém vai. A frase parece óbvia, não é? No entanto, ao projetar uma identidade poderosa e corajosa você passa a confiar em si mesmo e entenderá: fracassos também fazem parte do crescimento. Quem deixa de tentar por medo de falhar não sai do lugar, não aprende, não se desenvolve e continua infeliz”, aponta.
Pequenas atitudes
Segundo o gestor, a alteração de mentalidade acontecerá por meio das pequenas atitudes. “Para uma mudança verdadeira, é importante se olhar com honestidade e firmeza, entender seus pontos fracos e fortes e transformar seus comportamentos negativos em positivos para alcançar prosperidade e abundância”, finaliza Volpato.
Portanto, se deseja mais dicas e orientações de como manter uma rotina de trabalho saudável e produtiva, acompanhe os conteúdos do Nube! Leia também a matéria A importância de manter a rotina para evitar a ansiedade.