Apesar de melhorarem a capacidade de delegar e administrar o tempo, quem está se preparando para assumir um cargo de gestão tem dificuldade para ser criativo e é workaholic. Esses são os dados adquiridos no estudo feito pela psicóloga Maria Lúcia Rodrigues. Contudo, o resultado mais relevante é: o desafio de 60% dos líderes está relacionado à comunicação.
De acordo com Rafael Souza, diretor de serviços da XGEN, essa questão tem total relação com conexão. “Se você consegue se conectar com outras pessoas, sua percepção de comunidade melhora, sua habilidade de criar um trabalho em equipe é aprimorada, a influência aumenta e a produtividade vai à estratosfera”, pontua.
Ainda segundo o especialista, os gestores só conseguem alcançar os seus objetivos porque trabalham e interagem com outros indivíduos e, para isso, o requisito é manter uma comunicação constante. “Se as mensagens não forem claras e bem recebidas, o processo de liderança pode estar comprometido. É a capacidade de dirigir, instruir, compartilhar e inspirar os seus colaboradores”, completa. Pelo relacionamento estabelecido, o líder conhece sua equipe e proporciona-lhes crescimento.
Portanto, é fundamental investigar quais barreiras estão atrapalhando esse processo. Veja alguns, listados pelo especialista:
1. Filtragem: ocorre quando o emissor manipula a informação de modo a agradar ao receptor. Nesse caso, é preciso deixar o colaborador à vontade para se abrir na conversa.
2. Erros de percepção: interpretações e divagações são comuns. Evite mensagens muito longas, faça perguntas, solicite feedbacks e seja claro.
3. Excesso de informação: o diálogo deve ser adequado ao outro, pois cada pessoa tem a sua maneira de assimilar questões. Fique atento a isso!
4. Defesa: quem se sente ameaçado, tende a reduzir sua capacidade de conversar eficazmente, ficando na defensiva. Evite reuniões em um dia estressante e não use, de forma alguma, sarcasmos ou insultos.
5. Linguagem: para a mensagem ser entregue com clareza, não tema repetir-se. Aposte também em exemplos e ilustrações da vida real.
Thalma Araújo, estudante de direito, na Universidade Federal de Bahia, em Salvador, se considera uma pessoa sempre disposta a compreender as pessoas e, por isso, se denomina comunicativa e empática. “Não só com o seu líder, mas com todos os colegas. Manter um diálogo saudável e produtivo, deixa mais fácil entender um ponto de vista diferente do seu”, considera. Para ela, esse exercício é fundamental para lidar com opiniões contrárias e praticar o respeito.
Derrubar algumas barreiras é desafiador, mas recompensa. Afinal, é preciso criar um ambiente de abertura e franqueza, não hostilizar as diferenças de interpretação e fomentar as trocas. Certamente, os resultados serão benéficos a todos. Não esqueça de fazer nosso curso gratuito sobre Falar em Público, aprimore suas habilidades e boa sorte!