Desde o começo de nossas vidas, partilhamos uma rotina em comum. Lidar com perfis distintos se torna um desafio diário, seja em casa, ou na rua. Por vezes, é possível dar mais atenção a um ou outro indivíduo, levando em conta as afinidades. Contudo, quando se trata do mercado de trabalho, não há escapatória, é preciso enfrentar as disparidades. Pensando nisso, o Nube – Núcelo Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa, com a seguinte vertente: “Como é trabalhar com pessoas de diferentes idades?”. Veja o resultado.
O estudo ocorreu entre 1 e 12 de fevereiro e contou com a participação de 12.491 jovens de todo o Brasil, entre 15 e 26 anos. Para satisfação dos mais experientes, 95,07% dos respondentes consideraram essa convivência bem positiva. Assim 80,05%, ou seja 9.999 participantes, disseram ser “muito bom, pois há troca de conhecimentos”. Outros 1.876 (15,02%), afirmaram ser “bom, apesar de exigir paciência, pois cada geração tem opiniões distintas”.
Para o analista de treinamento do Nube, Marcelo Cunha, esse panorama assinala a essência do comportamento da Geração Y, marcada pela vontade de crescer, apesar do ímpeto de conquistar imediatamente o êxito. “Eles buscam informações e conhecimentos a todo momento e gostam de compartilhar. Justamente por isso, não desprezam a vivência com os demais. Ao contrário, procuram sondar os veteranos, tentando encontrar novas rotas para o esperado triunfo profissional”, comenta.
Todavia, na contramão desse cenário, 101 jovens (0,81%) apontaram o lado negativo do convívio, ressaltando ser “ruim, pois os mais vividos não entendem os iniciantes”. Apesar de em alguns casos isso realmente acontecer, é preciso buscar um ajuste harmonioso, pois a construção de afinidades é fruto de um diálogo conjunto sobre as expectativas de cada um. “O desenvolvimento de uma relação interpessoal ocorre quando se entende quais pontos são importantes para o outro e, principalmente, quando se aceita as diferenças para assim somar os esforços”, garante o especialista.
Com uma visão neutra, 515 votantes (4,12%) ficaram divididos sobre as vantagens de partilhar o ambiente de trabalho com colaboradores de diferentes idades e mentalidades. Para eles, isso “depende da atividade e do departamento”. Contudo, é importante ressaltar o fato das tarefas serem possíveis para todos. Na verdade, o sucesso está na capacidade de ajustar suas características de acordo com a necessidade do projeto sob sua responsabilidade. “A fórmula não é impor o “como eu faço!” e sim em entender o “como esperam que eu faça?”. A Geração X apenas precisa ficar atenta com excessos teóricos ou com a possível resistência a novas ideias. Em contrapartida, a Y deve conter a ansiedade e ponderar mais as decisões”, explica Cunha.
Em suma, é importante reconhecer a diversidade como elemento chave para se manter competitivo e chegar ao sucesso. Por isso, é fundamental respeitar opiniões, valorizar as diferenças, ter um olhar apurado, uma escuta ativa para a multiplicidade e para o novo, sempre com humildade para aceitar alternativas.
Lembre-se: no mundo, em casa ou no ambiente corporativo, existem muitas verdades, logo, não se prenda a apenas uma!
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