No mundo corporativo atual, promover uma boa gestão comportamental é a abordagem gerencial mais relevante, tanto para líderes quanto para coordenados. Os recrutadores buscam cada vez mais por candidatos com bom relacionamento interpessoal, administração de tempo e de conflitos e outros atributos. Para os decisores, é necessário ser flexível e zelar pelo bem estar do time. Entenda mais sobre o assunto neste Conexão Ilimitada.
A mudança geracional implica em transformações nas mais diversas instâncias. Hoje, a maleabilidade para conciliar a vida profissional e pessoal é indispensável para 94% dos trabalhadores, conforme estudo da Randstad. Além disso, 61% recusariam uma oferta caso esse equilíbrio não fosse possível. Assim, fica clara a necessidade de sustentar um ambiente saudável e moldável. “Essa é a liderança do futuro e até do presente. É preciso investir em autoconhecimento e gestão comportamental. Para quem está buscando uma colocação no mercado também, você precisa conhecer suas forças e seus pontos de melhoria”, aponta Tatiana Marzullo, fundadora da A+.
O bem estar no trabalho pode ser aplicado em outras instâncias, oferecendo acolhimento e apoio psicológico para pessoas vulneráveis ou quem esteja passando por momentos difíceis. Em consonância a uma pesquisa da Capita, 49% dos colaboradores não confiam no líder imediato para conversar sobre um problema de saúde mental. Não obstante, 45% consideraram deixar um emprego devido ao estresse. Por isso, as lideranças devem estar atentas aos funcionários e saber como ampará-los.
Alinhe a cultura organizacional e as habilidades do time
Os impactos de uma administração emocional positiva são observados desde a prática da cultura organizacional até a conquista das metas. Para isso, foque nas habilidades naturais e alinhe os valores. Segundo um estudo realizado pela Great Place To Work, desde 2004, todos os locais considerados ótimos para trabalhar têm uma rotatividade bem menor em relação à média nacional - são 23,1% de demissões sem justa causa contra 40,2% nas demais empresas.
Isso reflete, mais uma vez, como é significativo adotar medidas humanizadas e prestar uma atenção maior a esse âmbito. “A primeira coisa é entender qual a situação atual e ter uma definição clara do futuro de sucesso. A partir desse diagnóstico e, face aos resultados almejados, ao valor a ser criado pela organização e às estratégias definidas, podemos estabelecer quais são os componentes prioritários dessa implementação e criar um plano integrado de desenvolvimento, para um processo consciente e intencional com diversos elementos trabalhando por toda a companhia, desde os mais altos níveis até a base”, explica Suzana Azevedo, sócia fundadora da Quantum Development, sobre a promoção desse tipo de coordenação.
Qual o perfil buscado pelas empresas?
Assim como a ascensão das soft skills, a diversidade e inclusão também é uma pauta em evidência. Por isso, além de coordenar os membros emocionalmente, é imprescindível combinar perfis distintos para construir novos caminhos frente aos desafios. Afinal, de acordo com o Instituto Identidades Brasil, para cada 10% de aumento na pluralidade étnico-racial, há um incremento de quase 4% na produtividade. Paralelamente, a cada 10% de gradação na variedade de gênero, a produção cresce em quase 5%.
No entanto, entre as características requisitadas, existem alguns traços emocionais os quais dialogam diretamente com a indispensabilidade dessa supervisão afetiva. Hoje, profissionais com capacidade de autogestão, adaptabilidade e resiliência, são muito bem vistos na disputa por uma vaga - isso porque a técnica pode ser ensinada, mas as outras aptidões são inatas.
“As principais competências comportamentais avaliadas hoje são inteligência emocional, ou seja, gerenciar as suas próprias emoções e a dos outros; comunicação eficaz, se expressar de maneira clara, objetiva, se adaptando ao público alvo, além de ser um bom ouvinte. Trabalho em equipe, colaboração, compreendendo e respeitando diferentes perfis envolvidos. A habilidade de se ajustar, aprender rapidamente e lidar bem com as mudanças e incertezas e a resolução de problemas de forma eficiente”, salienta Camila Ferreira, head de pessoas & cultura na F360. Sendo assim, se conhecer é indispensável para conseguir evidenciar as qualidades em destaque no seu perfil. Para os decisores, identificá-las é o caminho para conduzir com empatia um quadro de contratados.
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