O mercado está em constante renovação e os estagiários de hoje serão os líderes de amanhã. A Geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, já soma mais de 30 milhões de brasileiros, de acordo com dados estimados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste momento, a maioria está deixando a universidade e ingressando na vida laboral, com idades entre 18 e 25 anos. Saiba como coordená-los neste Conexão Ilimitada.
Até 2025, eles serão 27% da força operária global, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. Por isso, é preciso estabelecer diálogos e prepará-los para ocuparem posições na gestão de empresas. Contudo, cerca de 40% deles gostariam de deixar seus empregos dentro de dois anos, conforme matéria do CNBC; essa inconstância é uma preocupação, considerando o perfil “nem-nem” e sua pouca consideração por cargos de liderança.
No entanto, alguns atributos são extremamente positivos e podem beneficiar funções em ascensão, principalmente aquelas envolvendo modernização. “Já nasceram com a tecnologia nativa. Também conseguem realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, mexendo no computador, celular e verificando chat. Outras gerações o fazem, mas essa já nasceu com isso de berço. É a mais inclusiva de todas, muito preocupada com a diversidade e com as causas sociais”, comenta Mayra Oliveira, supervisora de pessoas e cultura na G2. Por isso, a preocupação com os valores é muito presente na busca por uma colocação. Dificilmente um colaborador desse grupo fará parte de uma companhia com posicionamentos convergentes aos seus.
Segundo um levantamento realizado pela School of Life, 66% dos entrevistados prezam por um ambiente acolhedor. Isso, junto à flexibilidade para conciliar outras atividades, são aspectos exigidos. “Prezam muito pela saúde mental, então não adianta só ter um salário legal e benefícios, se de fato não tem o principal: a tranquilidade, poder sair do trabalho e descansar. Esse é um ponto de atenção para respeitar também os momentos no qual a pessoa talvez não esteja muito bem. É claro, as demandas precisam ser entregues, as organizações possuem objetivos para serem batidos e, consequentemente, o funcionário deve ter responsabilidades. Os gestores conciliarem essa jornada de vida pessoal e profissional faz toda a diferença”, aponta Luiz Menezes, fundador da Trope, consultora de Geração Z.
Sobre as motivações, a gerente de desenvolvimento organizacional da Construtora Tenda, Leila Rosa, aponta: “Alguns pontos são comuns. Um deles, sem dúvida, é a possibilidade de expressar suas crenças e características pessoais, sem se sentir tolhido de alguma maneira na sua identidade. Outra questão super relevante é atribuir qual o impacto do ofício e da empresa para a sociedade. Isso tem bastante valor, especialmente para os mais jovens”, destaca.
Por fim, é preciso ser um líder exemplar, empático e cordial. Compreenda os incentivos da sua equipe e promova trocas equivalentes entre todos os níveis hierárquicos. O espaço para inovações deve permanecer aberto, ainda mais quando analisamos o potencial criativo desses indivíduos. Assegure a aplicação do lifelong learning para mantê-los inspirados e reconheça os feitos positivos. Não se esqueça: são socialmente engajados e sempre almejam por um propósito capaz de impactar de forma significativa.
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