Um bom currículo (CV) pode ajudar a te inserir, se destacar ou até crescer com maior eficácia no mercado. Afinal, essa ferramenta, seja física ou digital, é a vitrine de qualquer profissional. Sendo assim, o cuidado em sua elaboração é indiscutível. Sabia disso? Confira essa e mais informações ao longo desta matéria.
Juntar todas as referências pessoais e acadêmicas em uma folha sulfite parece coisa simples, não é? Se você respondeu sim, vale repensar. De todo jeito, o desafio da vez está em como o estagiário pode turbinar o CV para alcançar novos patamares no mundo corporativo.
Nesse quesito, não estamos falando a respeito da concepção técnica do mesmo, mas sobre o desenvolvimento de novas competências. Em síntese, toda lição adquirida durante sua jornada no estágio se converte em conteúdo para colocar no documento.
Na voz do especialista
Virgilio Marques, CEO da FM2S Educação e Consultoria, revela: “Quem desenvolver o maior número de habilidades possíveis como análise de dados, visão sistêmica, inventividade e inovação vai bombar no futuro!". Isso se deve ao fato de capacitar-se nesse sentido visa garantir o know-how para laborar independentemente do cargo.
Além disso, o especialista expõe um dado curioso. De acordo com uma pesquisa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com dados acerca de aspirações profissionais futuras de cerca de 600 mil adolescentes de 15 anos em 79 países e territórios, entre eles o Brasil.
Consoante ao levantamento, a maioria dos jovens sonha com um número limitado de profissões, por aqui 70% das meninas e 60% dos meninos almejam as mesmas dez carreiras. Entre elas: Engenharia; Administração de empresas; Medicina; TI; Psicologia; Licenciaturas; Militar; Design; Advocacia e Arquitetura. Porém, em média, 39% das ocupações citadas pelos participantes, correm o risco de serem automatizadas ao longo dos próximos cinco ou dez anos.
A dica de Virgilio está perfeitamente alinhada com esse cenário, pois instiga-os a se fortalecerem nos mais diversos princípios para se tornarem cada vez mais flexíveis, resilientes e instruídos a ocupar variadas posições nas organizações. Porque, com os avanços tecnológicos assumindo a posição das tarefas manuais, esses talentos sociais exclusivos dos seres humanos, como o pensamento crítico e a compaixão, são fundamentais para a manutenção de um mundo ideal.
Foco do crescimento profissional
Enquanto o futuro do trabalho está entregue às inovações científicas, o perito do amanhã é aquele cujas características humanas são constantemente potencializadas, pontua o blog da FRST Falconi. Nesse contexto, o Fórum Econômico Mundial destaca uma série de aquisições úteis para todo trabalhador de alta performance, não importa em qual indústria, nível ou função. Veja alguns deles:
1. Colaboração
Melhora a empatia e torna o exercício em equipe mais fácil, ágil e eficaz. Ao colaborar e coordenar nossas ações com as dos outros, garantimos o bom funcionamento, seja qual for o projeto. Munidos dessa aptidão, os indivíduos reconhecem ruídos e desenvolvem métodos modernos para se autogerir.
- Inovação
Já existem I.A (inteligências artificiais) capazes de criar obras de arte, mas sua engenhosidade está baseada em algoritmos aptos a analisar e reproduzir criações humanas. Dotado dessa singularidade, é preciso usá-la ao seu favor. Por isso, inovar nas empresas é essencial para se manter ativo e conectado com as necessidades do mercado.
Fortalecer seu poder de aperfeiçoamento é abrir espaço para novas ideias, ensejos e soluções. Na prática, quer dizer explorar pontos de vista díspares, distinguir padrões e criar respostas verdadeiramente inéditas. A criatividade, vale destacar, é inata ao ser humano. Sendo necessário apenas permitir sua manifestação.
- Flexibilidade cognitiva
Em suma, quer dizer estar preparado com raciocínio lógico e sensibilidade para contornar adversidades. A flexibilidade cognitiva permite responder a variados contextos usando seus conhecimentos anteriores, mesmo sem estar diretamente conectados com aquela circunstância.
Fundamentalmente, esta é uma capacidade adaptativa, informada por aprendizados, feedbacks passados e múltiplas perspectivas. Conforme é fortalecida, também aprimora a comunicação efetiva com diferentes interlocutores, facilitando a criação de argumentos mais precisos para cada um.
- Liderança
O bom dirigente deve direcionar esforços para discernir e expandir os atributos fortes e fracos de seus colaboradores e auxiliá-los a crescer. Significa assimilar genuinamente suas motivações, alinhá-las com os objetivos do negócio e tracejar planos conjuntos para expandir o potencial coletivo.
A liderança não é um aspecto burocrático do labor de um gestor, mas sim uma oportunidade para conhecer o outro e se autoconhecer. Essa transformação faz parte do novo tipo de governança, uma atribuição humana focada em identificação, diálogo, co-criação, coerência e transparência para além de metas e indicadores.
- Inteligência emocional
Ter inteligência emocional é abrigar diversas habilidades socioemocionais "sob seu guarda-chuva". Entre as mais importantes estão:
- Autoconhecimento: reconhecer os próprios temperamentos quando eles ocorrem;
- Controle sentimental: adequar a consciência para cada situação vivida;
- Automotivação: dirigir as vivências a serviço de uma realização pessoal;
- Reconhecimento de emoções em outras pessoas: compreender as consternações de terceiros e ter empatia;
- Experiência em relacionamentos interpessoais: interação de qualidade com os indivíduos por meio de saberes comunicativos.
Quem possui um alto índice dessa propriedade sabe reconhecer e lidar com suas próprias condições e aquelas de seus amigos, colegas e clientes. Em seguida, consegue adaptar seu tom de voz, gestos e postura geral conforme a conjunção para obter o melhor resultado.
- Julgamento e tomada de decisão
A competência de avaliar pontos positivos e negativos, perdas e ganhos relacionados com potenciais ações e a definição do caminho mais adequado. Claramente, essa é uma característica valiosa para todo cidadão em qualquer momento da vida pessoal ou corporativa.
Embora o poder de tomar decisões seja inerente, utilizá-lo com plenitude exige prática, disciplina e foco. Considerando a vasta quantidade de dados em trânsito, saber analisá-los e escolher de forma inteligente é peça-chave para ter insights realmente qualificados para transformar os rumos da instituição.
- Negociação
Representa fazer um acordo de troca ou cooperação entre as partes envolvidas. Quando os interesses de cada parte são discordantes, o líder capaz de gerenciar conflitos e determinar prioridades conseguirá reconciliar estas diferenças e chegar a uma decisão comum.
Para negociar bem, é indispensável ter clareza a respeito do ponto de partida e chegada. Sendo assim, constrói-se uma argumentação sólida, capaz de traçar uma rota entre as duas pontas e verdadeiramente levar em conta desejos e anseios do outro lado.
Não é preciso apostar em um jogo de soma-zero e antagonismos. Em seu cerne, intermediar com destreza significa construir uma compreensão mútua quanto a um dado ponto de dissidência e encontrar maneiras de facilitar sua solução, não em impor obstáculos.
Essas são algumas maestrias significativas para potencializar sua ocupação, mas existem muitas outras e você deve estar em constante movimento para identificá-las e incorporá-las ao seu perfil. Dessa forma, seu currículo estará sempre turbinado.
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