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A síndrome de Burnout, começou a ser descrita em 1974 por um médico americano. Porém, somente em janeiro de 2022, ela foi considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma enfermidade ocupacional (ou seja, relacionada à jornada do funcionário).

De acordo com a ISMA (International Stress Management Association), cerca de 30% dos empregados brasileiros sofrem de Burnout, palavra de origem inglesa a qual significa, literalmente, queimar-se por completo. No sentido figurado, é o nome dado pelos diversos indicadores apresentados em situações de estresse e exaustão no local de trabalho.

O país, neste cenário, é o segundo do mundo em números de pessoas afetadas pela doença, ficando atrás apenas do Japão. Esse dado, pesquisado pela ISMA, vai ao encontro com outra realidade: segundo a OMS, o Brasil tem o maior número de casos de ansiedade, condição aparente na síndrome do esgotamento. Ademais, com base em uma pesquisa da Delloite, 77% dos entrevistados ao redor do globo sofrem desse mal.

Saber o significado e quais são os sinais dessa enfermidade são fatos importantes, principalmente para identificar em seus colegas ou a si mesmo. Por se tratar de um distúrbio, ele deve ser sanado por psicólogos e psiquiatras. Caso não seja cuidado, problemas relacionados ao consumo exagerado de álcool e narcóticos, confusão mental, insônia e até depressão (exemplos das consequências desse transtorno) se intensificarão.

Na voz da especialista 

Ouvida pela TV Nube, a psicóloga clínica Veronica Iavazzo compartilha quais são os fatores, sintomas e efeitos da Burnout.

  • Quais são as causas?

 Por se tratar de uma doença ligada diretamente ao ambiente profissional, os motivos resultantes têm origem no convívio do funcionário durante o expediente. Nesse sentido, essa patologia aparece pelo nervosismo crônico gerado por sobrecarga de tarefas (com destaque para quem exerce dupla jornada), assédio moral e físico com rotinas desgastantes pela alta intensidade da ocupação. Exemplo disso é visto na lista de funções com maiores taxas de Burnout: professores, enfermeiros, médicos, advogados e socorristas (como policiais e bombeiros) possuem maiores propensões para desenvolver o transtorno.

  • Como são os sinais e efeitos?

 Se o emprego toma mais de 90% da vida de alguém, certamente esse indivíduo apresenta insônia, irritabilidade, lapsos de memória, menores atividades sociais, ansiedade e isolamento. Todos os sintomas apresentados são evidências de Burnout. Esses indícios podem ser ainda associados à dor de cabeça, pessimismo e depressão. Por isso, é imprescendível se auto avaliar, verificando se seu dia a dia no serviço não está interferindo em sua qualidade de vida. Se estiver, terá sua saúde mental e física comprometida. Além disso, ter empatia ajuda no bem-estar de seus parceiros: conhecendo as manifestações, veja se alguém ao redor está apresentando-as e notifique com cuidado o afetado.

Tipos de Burnout

Segundo uma matéria da revista empresarial Inc., por conta desse distúrbio ser tão complexo, psicólogos o categorizam em três tipos diferentes, variando em razões e consequências:

  • Burnout de sobrecarga

 Neste tipo, a pessoa trabalha demasiadamente, seja por vontade própria ou por demanda. Mais comumente, essa variante é vista em sujeitos ambiciosos. Eles riscam sua sanidade mental e integridade física em busca do sucesso. Para lidar com o estresse, quem tem esse mal costuma exibir ou reclamar dessa rotina intensa.

  • Burnout do sub-desafio

 Já nesta categoria, o acometido fica entediado, não vê oportunidade de aprender e não se sente valorizado no ofício. Somado a isso, devido à falta de paixão e de vontade na carreira, as consequências são o afastamento da posição, comportamento mais cético, discordância com frequência e a ausência de tomar responsabilidades.

  • Burnout da negligência

 Em razão da falta de suporte da empresa e dos colegas, os atingidos por essa espécie de esgotamento se sentem obsoletos na equipe. Além disso, eles tendem a ser desmotivados e passivos em ordens e opiniões recebidas durante o exercício do cargo.

O que fazer se eu estiver com a síndrome do esgotamento?

A Burnout gera diversos efeitos negativos para a saúde do funcionário e, por isso, exige-se cautela no processo de diagnóstico e tratamento. Lembre-se de procurar médicos e especialistas na área mental para confirmar o laudo e recomendar procedimentos.

Outro aspecto de destaque é quando o indivíduo não detecta em si ou descarta a possibilidade de ter a doença. Aliás, existe o receio da pessoa em notificar o RH ou algum posto de supervisão, temendo ser criticado. Para resolver bem a situação, escute com vontade as opiniões e avisos de seus familiares e amigos. Não se esqueça de procurar atendimento, pois assim sua equipe conduzirá o cenário visando seu melhor. Ainda, caso haja reconhecimento positivo para a síndrome, o afetado tem, por lei, licença médica. Poderá até ser afastado por invalidez quando o quadro é gravíssimo.

Finalmente, é valioso dedicar tempo para você. Não deixe o expediente tomar o seu dia, e inclua nas suas tarefas descansos, exercícios físicos e sociais. Uma rotina nova com essas atividades adicionadas é uma ótima forma de prevenir e até mesmo tratar esse distúrbio.

 

Agora você sabe mais sobre a síndrome de Burnout. Porém a informação nunca é demais! Visto isso, caso você queira ampliar ainda mais seu conhecimento, continue acompanhando o nosso blog e a TV Nube para não perder nenhum conteúdo. Estudante, está procurando por vagas? Então chegou ao lugar certo! O Nube te ajuda a encontrar a melhor vaga para você, basta clicar aqui!

Veja mais dicas neste Minuto Carreira, da TV Nube! 

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