Em tempos de pandemia, a palavra mais adequada para definir a situação vivida pela população é: adaptação. Foi necessário aprendermos novamente a viver e conviver em sociedade de forma distante. Tudo mudou, nossas relações interpessoais, convivência familiar, rotina e o nosso serviço. Lidar com tantas novidades pode ser uma tarefa difícil, principalmente se considerarmos a sobrecarga extra.
A estratégia do home office foi adotada por 46% das empresas brasileiras, de acordo com o site Agência Brasil. Esse número é alto e representa a quantidade de pessoas afetadas pelo novo cenário. Dessa maneira, uma grande parcela da população foi diretamente impactada pelos novos formatos de convivência, substituindo o escritório tradicional.
Segundo matéria do site Agência Câmara de Notícias, em debate na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, Patrícia Toledo, representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), citou um levantamento sobre o assunto. "Em 2020 e 2021, 70% dos trabalhadores afirmaram trabalhar além de sua jornada contratada. Existe aí uma tensão, inclusive, em manter o nível de rendimento diante dessas novas exigências, causando uma série de doenças”
Nos últimos anos, a Síndrome de Burnout ou de Esgotamento Profissional ganhou destaque por se tornar mais recorrente na população. Esse distúrbio emocional gera sintomas de exaustão extrema, estresse, esgotamento físico e desgaste, resultante de atividades competitivas, intensas e com nível alto de responsabilidade. O maior motivo é um expediente excessivo e as maiores vítimas são os profissionais mais pressionados e cobrados nos seus empregos.
Os principais métodos de tratamento variam, podendo ser feitos com psicoterapia, em alguns casos, medicamentos ansiolíticos e o mais importante, mudanças no estilo corporativo e de vida. A última é a principal e primeira ação a ser tomada. O colaborador não pode continuar insistindo em um ritmo extremo, mesmo com a ajuda de remédios, não há cura sem a transformação.
Para o jornalista e personal branding, Wagner Thiele, a atividade remota por si só já é desafiadora, ainda mais no momento vivido. “Saber exatamente onde está cada coisa, diferenciar trabalho, casa e não tornar isso tão permeável é o maior desafio do home office” explica o especialista. Segundo ele, é necessário estabelecer o lugar sagrado, ou seja, onde você vai realizar suas funções dentro de sua casa.
Buscando te ajudar nesse processo de evitar a sobrecarga e o cansaço extremos, trouxemos aqui cinco dicas para você não se tornar uma vítima do escritório remoto:
1 - Estabeleça limites: é extremamente importante reconhecer suas fraquezas e entendê-las. Dessa forma, você não irá passar do ponto ideal para a sua rotina e seu indivíduo.
2 - Se mantenha organizado: faça planejamentos de tudo, liste suas atividades e tente criar um padrão de realização delas, divida as funções para vários dias e não se atarefe além da conta no final.
3 - Saiba dizer não: em alguns casos, temos medo de negar algum pedido, mas isso só aumenta a nossa demanda e gera mais angústia.
4 - Aproveite seu dia fora do expediente: há momentos para se divertir e produzir, utilize os de descontração sem moderação. Curta com seus amigos, familiares e desfrute da sua própria companhia.
5 - Respeite o seu tempo: estamos vivendo em circunstâncias fora do normal, é compreensível não sermos produtivos todo segundo. Aceite isso e evite cobranças além do necessário. A motivação para produzir mais pode estar atrelada ao exigir menos de si mesmo.
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