Estima-se ser essa a maior crise desde a Segunda Guerra Mundial. Cerca de 38% da força de trabalho global, o equivalente a 1,25 bilhão de pessoas, está empregada em setores muito afetados pela paralisação das atividades, conforme estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Sendo assim, correm o risco de ficarem desempregados próximos meses.
É preciso impulsionar o mercado
Nesse sentido, o recente boletim da OIT sobre o impacto da crise sobre o mercado corporativo, mostrou a importância de medidas para proteger também os empregos informais. O documento, propõe uma resposta em quatro pilares: estímulos à economia e ocupação laboral, apoio às empresas e à manutenção da renda e proteção dos colaboradores nas companhias. Bem como, a prática constante de diálogo com os diversos setores da sociedade para a busca e implementação de soluções.
Com isso, mesmo em meio a pandemia podemos observar corporações dando andamento na aquisição de talentos. De acordo com a diretora executiva e co-founder da GTO RH, Thaís Mendes, isso pode ser em primeira circunstância nos setores em linha de frente porque atendem atividades de primeira necessidade. “Estamos falando de área da saúde, supermercados e farmácias. O segundo cenário é composto por negócios sem muito impacto das rotinas operacionais como telecomunicações e energia. Esses demandam muito e até mais diante dessa situação”, explica.
Em vista disso, as organizações devem ter em mente seu papel social de empregadoras. Além do mais, segundo a gerente de RH da Routeasy, Noemi Fukusig, esses novos profissionais recém chegados ajudam a construir melhores produtos e trazem ideias para superar a crise.
Adaptando o onboarding ao “novo normal”
Contudo, é muito importante adaptar todo o processo de onboarding para receber esses novos integrantes. São muitas as maneiras como videoconferências semanais, atualização do andamento da empresa para todo o público interno ou happy hour virtual para melhor conexão entre o staff. “Com essas pequenas coisinhas conseguimos manter nossa cultura de estar perto um do outro”, comenta a gerente.
A head of agile transformation office de uma cooperativa de energia, Luna Chan, foi contratada em meio a pandemia do Covid-19. Todo o processo ocorreu de maneira on-line, inclusive sua integração com o time. A socialização organizacional foi completamente dentro do “novo normal”, assim, ela explica: “você recebe o computador na sua residência e começa a fazer toda a acomodação e bate papo com as pessoas de forma remota”.
Dar a volta por cima requer um primeiro passo
Portanto, para sobreviver a esse período turbulento e instável, os líderes precisam atentar-se para além das fronteiras laborais. “Não temos tempo para lamentar, reclamar ou buscar por culpados. Nem sentar passivamente e aguardar até o fim da crise. Precisaremos de colaboração, inteligência, agilidade e compaixão para repensar o atual curso das nossas instituições”, expõe o cofundador e CEO da ClassApp e do Escolas Exponenciais, Vahid Sherafat.
Para o CEO, optar por demissões e corte de salários pode trazer consequências negativas a médio e longo prazo. “Essa ação gera um ciclo vicioso de aprofundamento do colapso por consequência da descapitalização de uma parcela maior da população. Bem como, da contaminação de um segmento da indústria para outro inicialmente pouco afetado, como um efeito dominó. No entanto, a maioria dos empresários não tomaria essa decisão por afinidade e, sim, por desespero ou falta de uma estratégia temporária para atravessar esse momento, sem realizar as perigosas demissões”, reflete.
Por isso, esse assunto é indispensável para empreendedores e gestores. Então, quer saber mais sobre o tema e começar a mudança no seu negócio? Assista a nova matéria do programa “Conexão Ilimitada”, da TV Nube! Acompanhe também nossas redes sociais para ficar alinhado ao mundo corporativo e a carreira.