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Promoção, um bom salário, cargo de liderança, eficiência, ter um gestor competente ou harmonia com os colegas de equipe. Muitas são as opções para avaliar o ambiente profissional. Para saber a opinião do público jovem, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou entre 16 de dezembro de 2013 e 3 de janeiro de 2014, uma pesquisa com o tema: Para você, o que significa ser feliz no trabalho? O resultado surpreendeu - a remuneração já não é o fator mais relevante.

Um total de 7.791 votantes, de 15 a 26 anos, escolheu dentre as opções: "Alcançar altos cargos e ter status", "Conseguir conciliar vida pessoal e profissional", "Satisfação pessoal com seu desempenho", "Ganhar muito dinheiro" e "Ter um relacionamento saudável com os colegas".

Com 53,01% dos votos, a alternativa "Satisfação pessoal com seu desempenho" foi a grande preferida. A jornalista de Renascença Loidi Ferst, 27 anos, concorda com esta opção. "Acredito que seja a satisfação pessoal com meu desempenho, porque assim o restante vem junto, é uma consequência", constata Loidi.

A segunda colocada, "Conseguir conciliar vida pessoal e profissional", também teve peso significativo nos números, com 27,94% dos votos. Em terceiro e quarto lugar ficaram, respectivamente, "Ter um relacionamento saudável com os colegas" (9,87%) e "Alcançar altos cargos e ter status" (6,83%).

Para a universitária Patrícia Misturini Dalla Costa, 20, conciliar a vida pessoa e profissional é sinônimo de felicidade em um emprego.  "Porque eu tenho que ter um tempo para mim e para o meu trabalho. Se eu estou bem pessoalmente, o meu desempenho profissional consequentemente estará bom também. Eu não me importo com status, acho que isso não mostra se meu trabalho é bom ou ruim. Tem muita gente que tem status e não faz nada de bom", defende Patrícia.

A chefe de cozinha Anaine Veronese, 26, concorda com o segundo lugar da pesquisa. Para ela não adianta somente trabalhar e não ter tempo para usufruir a renda adquirida com seu ofício. "É preciso trabalhar muito para crescer e ganhar dinheiro, mas se eu não tiver tempo para aproveitar a vida, não adianta de nada todo o esforço", comenta Anaine.

Pessoas se sentem motivadas com tarefas desafiadoras

Para Marcelo Cunha, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, quem a selecionou se sente motivado quando encontra, em sua rotina, tarefas desafiadoras dos próprios limites. "Esse perfil precisa ter confiança em relação às atividades atribuídas, ser competente para sua função e contar com um acompanhamento capaz de reafirmar sua credibilidade", afirma.

Contrariando velhos paradigmas, a possibilidade com menor índice de aderência (2,35%) foi "Ganhar muito dinheiro". Cunha justifica: "atualmente, a recompensa financeira é vista exatamente como consequência do desempenho profissional". Portanto, o trabalho é encarado como necessidade de autorrealização e, o bem-estar econômico, como fruto natural dos bons resultados.

É perceptível: novos valores estão em jogo atualmente. Segundo Cunha, dentre eles estão o reconhecimento, imediatismo, curiosidade e busca por superação. "Esses aspectos são influenciados pela maneira como os jovens são criados hoje. Um bom exemplo são as redes sociais, pois reforçam a exposição e a procura por destaque", finaliza.

Ordem dos resultados demonstra amadurecimento

A especialista em Recursos Humanos de Francisco Beltrão Melissa Faust analisou a pesquisa, e ressaltou que a ordem de classificação das alternativas escolhidas demonstra uma maturidade dos profissionais que responderam. Para ela, eles entenderam que o dinheiro e cargos é consequência. "E, posso apostar que maioria dos participantes já encontrou o que realmente gosta de fazer e de que forma o seu trabalho lhe traz satisfação, além do salário", constata a especialista.

Essa geração quer crescimento rápido, reconhecimento, status e liderança. Para isso, eles buscam conhecimento, estudam muito, pois nasceram em mundo digital de fácil acesso à informação. Melissa comenta que quando este jovem percebe que seu chefe (da geração anterior) não tem a mesma velocidade para assimilar novos conhecimentos, ele passa a considerar que tem capacidade para assumir maiores responsabilidades.

"Os valores de imediatismo se tornam negativos quando este jovem, que tanto almeja assumir um cargo de liderança, começa a achar que já está pronto, que experiência não é importante, que não tem mais nada a buscar e que os colegas 'mais velhos' não têm nada a lhe ensinar. O fato é que ser um líder bem sucedido não depende da idade e dos anos de experiência, mas sim da maturidade do profissional, da clareza que ele tem sobre como lidar com as pessoas e envolve-las em objetivos comuns", orienta a especialista.

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