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Segundo estimativas do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), estão abertas em todo o Brasil cerca de 15 mil oportunidades para estudantes de ensino superior, médio, tecnológico e de pós-graduação. E esse número pode aumentar, já que há empresas que ainda não começaram a escolher os candidatos.

Ainda de acordo com o Nube, os estudantes mais procurados são os de administração de empresas: 40% das vagas são destinadas a eles. Outros 21% dos estágios disponíveis são para alunos de comunicação social, 8% para a área de engenharia, 6% para cursos relacionados a informática e 4% para a carreira de direito.

Reposição
"No primeiro trimestre é comum haver muitas oportunidades porque as empresas abrem vagas previstas em seu orçamento anual", explica a gerente de treinamento do Nube, Carmen Alonso.

Já no meio do ano, explica ela, o que puxa o aumento das oportunidades é o fato de muitos dos estudantes que já ocupam vagas se formarem. É nesse período, também, que grandes empresas nacionais e multinacionais dão início a grandes processos seletivos para seus programas de estágio, que, em geral, começam em janeiro do ano seguinte. "Diferentemente de quando a empresa oferece vagas pontuais que precisam ser preenchidas rapidamente, estes são processos grandes, que começam com testes online, passam por dinâmicas de grupo e entrevistas", explica a consultora da Companhia de Talentos, Juliana Uchinaka.

"Ao contrário das empresas que oferecem vagas durante o ano todo, conforme sua necessidade, nesses casos, podem ser contratados até 50 estagiários, de diversas áreas de atuação", diz Juliana.

Revisão do currículo
Carmen lembra que o período de pausa no meio do ano pode ser aproveitado pelos estudantes para rechear o currículo ou até atualizá-lo. "É um bom momento para fazer cursos de férias, de curta duração e rever o que fez de relevante no semestre letivo que valha a pena ser mostrado no currículo", afirma ela.

Na seleção, cada empresa tem um nível de exigência técnica e acadêmica, conforme sua necessidade. Mas fazer cursos extracurriculares na área de atuação e falar uma segunda língua são exigências quase certas. Porém o "candidato ideal" existe. Segundo Carmem, é importante que o estudante se prepare para conseguir apresentar-se bem em público e conter o nervosismo quando fala. "Não existe um modelo específico a ser seguido. Depende do que cada empregador espera do candidato", afirma.

A solução é agir naturalmente, e não se tornar um "robozinho" em dinâmicas de grupo. "Nas entrevistas não tem certo ou errado. O aspecto comportamental é avaliado junto com o preparo acadêmico", diz Juliana.

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