O ambiente de trabalho contemporâneo é caracterizado pela convivência de profissionais de diferentes gerações. Em muitas empresas, as equipes são compostas por pessoas da Geração Baby Boomer, X, Y (Millennials) e Z, cada uma com suas características, valores e formas de trabalhar. Para os gestores, lidar com essa diversidade geracional pode ser um desafio, mas também uma grande oportunidade de crescimento e inovação. Liderar times multigeracionais com sucesso exige sensibilidade, flexibilidade e estratégias eficazes para integrar as diferentes perspectivas e aproveitar as forças de cada grupo. Por isso, veja dicas e conselhos de especialistas!
Quais são as diferenças geracionais?
Antes de aprimorar suas competências de gestão, é fundamental entender as principais características de cada geração. As diferenças de comportamento e comunicação influenciam a dinâmica laboral, tanto positivamente quanto negativamente.
Observe:
- Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964): valorizam a estabilidade e a experiência. Tendem a ser mais formais na comunicação e preferem processos estruturados.
- Geração X (nascidos entre 1965 e 1980): são conhecidos por sua independência e foco em resultados. Buscam equilíbrio entre vida profissional e pessoal, geralmente possuem grande capacidade de adaptação a novas tecnologias.
- Millennials (nascidos entre 1981 e 1996): valorizam flexibilidade, propósito e inovação. Estão muito familiarizados com as plataformas e preferem ambientes de trabalho colaborativos.
- Geração Z (nascidos após 1997): acostumada a um ritmo acelerado e a múltiplos sistemas de interação. Buscam por oportunidades de aprendizado contínuo e apreciam autonomia. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), eles correspondem a 32% da população mundial. No Brasil, são 47 milhões de pessoas nessa faixa etária, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Destes jovens, 48% são economicamente ativos.
- Geração Alfa (nascidos após 2010): cresceram totalmente imersos no mundo digital e chegam agora no mercado como jovens aprendizes, a partir de 14 anos. Eles têm fácil acesso a dispositivos como smartphones e tablets desde cedo, impactando a maneira como aprendem, se comunicam e divertem. Além disso, estão em um contexto de maior conscientização sobre temas como sustentabilidade e diversidade.
Compreender essas qualificações ajuda os gestores a adaptar sua abordagem, comunicando-se de forma eficaz e motivando cada grupo dentro da equipe. Além disso, de acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência e embaixadora da Orienteme, é preciso ser plural. “A construção de um espaço corporativo colaborativo, respeitando as diferenças, pode aumentar a produtividade e fortalecer o senso de pertencimento entre os colaboradores”, comenta.
3 dicas para liderar equipes multigeracionais
De forma geral, as diferenças podem ser vistas como desafios, mas também como fontes de mudança positiva e crescimento. Nesse sentido, especialistas do setor indicam a valorização do intercâmbio de conhecimentos e experiências entre gerações. “Cabe às lideranças o desafio de criar ambientes onde essa diversidade de visões e valores seja um valioso ativo e não uma barreira”, acrescenta Bia.
Por isso, confira algumas dicas valiosas:
1) Fomente o respeito mútuo: crie um lugar para todos se sentirem respeitados, independentemente de sua idade ou experiência. Como líder, é importante mostrar como cada geração tem um valor único a agregar.
2) Foque na contratação plural: é necessário ter uma preocupação em aumentar a presença de pessoas de diversas origens, faixas etárias, classes sociais, crenças e, principalmente, grupos minoritários. “Para aprimorar este ponto, precisamos deixar de achar na premissa ‘one size fits all’ e construir diferentes experiências para distintos grupos de pessoas, fomentando o enfrentamento às desigualdades estruturais e nos atentando aos desafios da força de trabalho multigeracional”, sugere Frederico Lacerda, CEO e cofundador da Pin People. Aqui, começar contratando estagiários é uma ótima estratégia.
3) Invista em desenvolvimento e capacitação: profissionais de gerações variadas têm necessidades de treinamento desiguais. Por exemplo, Baby Boomers podem precisar de atualizações tecnológicas, enquanto as gerações mais jovens carecem de experiência prática ou liderança. Como líder, é fundamental investir em programas de capacitação para atender às demandas de cada grupo. “O fortalecimento de métodos alternativos e diversos de aprendizagem e reconhecimento já é uma realidade para algumas empresas e um objetivo para muitas outras”, complementa o CEO e cofundador da Pin People.
Enfim, liderar equipes multigeracionais exige habilidades de adaptação, empatia e comunicação. Ao entender as características de cada geração e adaptar suas estratégias, é possível desenvolver um ambiente colaborativo, inclusivo e altamente produtivo.
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