Entre os propósitos mais comuns para os colaboradores, aprender algo ou aprofundar conhecimentos em determinada área está sempre entre as prioridades. No universo profissional, a tecnologia segue como um dos setores mais promissores para quem busca crescimento e boas oportunidades. Quais as habilidades mais desejadas em 2025?
Inteligência Artificial lidera o ranking
De acordo com um levantamento do DataCamp, 60% dos brasileiros pretendem aprender sobre Inteligência Artificial (IA). O ano de 2024 foi marcado pela consolidação da ferramenta no cotidiano da população. Apesar de ser desenvolvida há mais tempo, só agora ela se popularizou e passou a ser amplamente utilizada em diferentes vertentes. A prova disso está nas buscas realizadas no Google Brasil: o termo “curso de IA” teve uma elevação de 238%.
Para o COO do DataCamp, Martijn Theuwissen, os brasileiros passaram a compreender melhor o papel dessa tecnologia em suas rotinas. “Se antes gerava receio e era vista como ameaça em algumas profissões, agora é encarada com mais otimismo. Há uma percepção crescente de como essa novidade pode abrir portas”, explica.
Ele também destaca como a IA está cada vez mais integrada a diferentes setores, inclusive aqueles ligados à comunicação. “Praticamente todos os núcleos digitais estão incorporando-a para otimizar processos e aprimorar resultados”, acrescenta. O aprendizado contínuo se torna, portanto, um diferencial importante para quem deseja evoluir na carreira e se destacar no mercado de trabalho.
Os colaboradores têm desejo de desenvolvimento
Recentemente, o Fórum Econômico Mundial realizou um estudo para investigar os principais fatores de influência no universo laboral, as competências exigidas pelos contratantes e as estratégias adotadas pelas organizações diante dessas transformações. A expansão do acesso digital era considerada uma das tendências mais impactantes por 60% dos entrevistados. Dentre as tecnologias, destacam-se a IA e o processamento de dados (86%), a robótica e automação (58%) e o setor de energia, incluindo geração, armazenamento e distribuição (41%).
Além disso, nos próximos cinco anos, os principais fatores para moldar o mercado global incluem fragmentação geoeconômica, instabilidade financeira, mudanças demográficas e a transição para práticas sustentáveis. “Todos esses elementos podem influenciar diretamente a produtividade e impulsionar a necessidade urgente de capacitação profissional”, afirma o diretor da Fundação Dom Cabral, Hugo Tadeu
Diante desses aspectos, a pesquisa prevê tanto a eliminação quanto a criação de novas ocupações: 92 milhões de empregos atuais deixarão de existir até 2030, mas 170 milhões de postos de trabalho serão gerados. Dentre as carreiras em declínio, o estudo destaca:
- Trabalhadores dos serviços postais
- Caixas bancários e funções correlatas
- Operadores de entrada de dados
- Atendentes e caixas do varejo
- Assistentes administrativos e secretárias executivas
Já quando se analisa as profissões em alta, as principais são:
- Especialistas em Big Data
- Engenheiros de Fintech
- Profissionais de IA e Machine Learning
- Desenvolvedores de software e aplicativos
- Especialistas em segurança da informação
Em diversas nações da América Latina, a principal barreira das empresas é a deficiência em qualificação profissional. De acordo com a pesquisa, 37% das habilidades dos colaboradores brasileiros precisariam ser atualizadas e quase 90% das corporações planejavam investir no aprimoramento de suas equipes nos próximos cinco anos
Nesse contexto, 58% dos empreendimentos pretendiam contratar pessoas com novas competências e 48% planejam requalificar funcionários para migrarem de funções em declínio para cargos em ascensão. Por isso, valorizam habilidades como:
- Pensamento analítico;
- Resiliência, flexibilidade e adaptabilidade;
- Liderança e influência social;
- Criatividade e inovação;
- Autoconhecimento e motivação;
“Esse avanço exige uma reestruturação na abordagem da gestão de pessoas, indo além de processos burocráticos e controles rígidos para uma atuação mais estratégica”, defende Tadeu. De acordo com o especialista, os líderes precisarão reformular a forma como avaliam, treinam e promovem talentos, deixando os times alinhados às novas demandas.
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